O ministro espantalho

Quem é que manda verdadeiramente na saúde em Portugal? As seguradoras, o grupo Mello, ..... Não sei. Mas esse sujeito que vêem na fotografia não é certamente. Tem ar de capacho, age como um capacho e sorri como um capacho. É mais um daquela raça chamada minístro espantalho. Que está lá porque faz falta um objecto de adorno, sem nenhuma função específica, a não ser a de servir o dono afugentando a passarada que espera por umas migalhas ou sementes no campo lavrado. É aquele objecto que tem como missão garantir que toda a plantação vingue e ao mesmo tempo certificar que os pardais continuam no estrato mais baixo da cadeia alimentar. Hoje são as taxas moderadoras no ambulatório e em mais alguns casos. Uns milhões, coisa pouca diz o minístro. Coisa pouca que vamos ser nós a pagar. Diz ele que é para moralizar os serviços. Mas moralizar o quê pergunto eu. Moralizar o facto de eu pagar os meus descontos a tempo e horas e que no fim representam quase 35% do meu rendimento e que quando preciso de uma radiografia, uma análise, uma pequena cirurgia ou uma simples consulta ainda ter de pagar por isso? Moralizar o facto de se pagar 95% das visitas ao hospital. Argumenta o minístro que os casos de Cancro, Sida, Leucemia ou tuberculose continuam isentos. Também era só o que faltava era que o Estado taxasse a morte? Porque é que não se cobra também bilhete nas visitas da tarde, ou se cria um serviço de fotografias para os nascimentos. Porque não taxar também as idas á casa de banho. Cada doente tem direito a ir uma vez por dia á casa de banho. O que for acima disso é sujeito a taxa. Se precisar de argália paga uma taxa suplementar. O banho passa a ser racionado e taxado no caso dos internamentos com mais de 3 dias e com menos de 3 dias o banho é proibido, a bem do controle da despesa.

Demita-se senhor minístro. É um favor que fazia ao país e a sí próprio. É que os espantalhos não sobrevivem muito tempo. Ao fim do 1º Inverno apodrecem e no Verão caiem. Para sempre.