ONI - Fast Food Nation

Existe uma empresa liderada por um tal Mexia que teve funções governativas em governos idos do cherne e do Santana que é um bom exemplo duma política, sem dúvida cristã, pois invoca aquela célebre frase “venha a nós o vosso reino”. Só que estes acólitos afinal bons discípulos de tal gente, e muito espertos, resolveram substituir a palavra reino pela palavra dinheiro. Descobriram também que esta forma particular do evangelho tem muitos seguidores, especialmente nos governos e deputados da nação, mas também na aplicação da justiça portuguesa.
Mas que estou eu a falar? Da ONI. Vejam o caso: fartos da Portugal Telecom e da sua maneira de tratar o público foram muitos os utentes da Internet que aproveitaram as condições bem mais vantajosas que as da PT para passarem para a ONI-Duo em 2005. Mais velocidade Internet, não pagar a taxa de 15 euros, parecia uma boa escolha. Foi o que eu fiz. Mais tarde surgiu o CLIX que para o mesmo tipo de serviço baixava o preço e dava mais velocidade de navegação. Resolvi mudar até porque a ONI estava sempre a querer cobrar-me indevidamente a navegação na happy hour. Foi uma carga de trabalhos pois diziam-me que para sair da ONI tinha que regressar à PT e só nessa altura podia fazer o contrato com o CLIX! (estas são as maluqueiras da tal competitividade que eles falam). Tive que me queixar à Deco, ao Instituto do Consumidor e à ANACOM para finalmente e ao fim de 5 meses de faxes, mails e cartas lá conseguir o feito de passar para o CLIX! Tudo bem.
Só que os gajos da ONI continuaram a mandar facturas! Agora e ao fim de ano e meio de estar no CLIX, com o mesmo número de telefone e tudo, os gajos do CLIX dizem que eu lhes devo quase mil euros pois não tenho pago as facturas que eles diligentemente continuaram a enviar.
E pior ainda: da ONI disseram-me que o Tribunal tem dado sempre razão à ONI e que eles, em consideração à minha humilde pessoa, até facilitavam e davam-me a possibilidade de pagar em suaves prestações mensais. Mais ainda. Depois de pagar tudinho, eu até podia querer meter uma acção contra eles que eles, os da ONI (através da Gesfone), não se importavam.
Resumo: estas empresas de comunicações não se preocupam como vocês bem sabem em prestar um serviço, digamos que razoável, aos clientes. Interessam-se, isso sim, em facturar apenas. E têm já como garantia a lei e os tribunais que lhes reconhecem a razão e a legitimidade de tais cobranças!
Este é, sem dúvida nenhuma, um tipo de economia estilo Fast Food Nation que eu falava no post anterior. Digam-me lá o que é que isto vos parece.

Que hei-de eu fazer?