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terça-feira, janeiro 16, 2007

Babel


Ouvi hoje que o filme Babel tinha ganho o Globo de Ouro, o único apesar das suas 7 nomeações, para melhor filme tornando-se assim o grande favorito para a noite dos Óscars. Já fui ver o filme e passada quase uma semana ainda não consigo dizer se gostei ou não do filme. Se olharmos á moral que o filme represena é deplorável. O amor á família e onde esta tem de estar no centro de tudo. Mas se olharmos á forma quase brilhante como 3 histórias em 3 continentes diferentes, passadas em espaços temporais ligeiramente desfazadas são apresentadas não podemos de dar o mérito ao filme. Podemos juntar a isto o bom desempenho dos actores (Brad Pitt mais uma vez esteve muito bem, tal como todos os outros) e uma fotografia irrepreensível. O filme peca no entanto por ser de extremos. Momentos loucos de tensão e indefinição com longos marasmos pelo meio que acabam num fim cheio de surpresas por ser tão evidente. Esperava-se outro final.
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Não vi os filmes todos a concurso mas enfim, se calhar é um prémio justo para alguém que teve a audácia de fazer algo diferente.

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6Comenta Este Post

At 1/16/2007 9:03 da tarde, Blogger Leal Franco escreveu...

Viste o Babel? Ainda bem. Pena é que não tenhas visto "A geração fast food". Sei que é por receares que tenha alguma coisa a ver contigo e tem. Mas não te preocupes. É um belíssimo filme. Daqueles que eu acho que deveriam ser obrigatórios de ver!
Mas reserverei as minhas considerações para o post que hei-de escrever sobre ele.

 
At 1/16/2007 9:32 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

A ver comigo porquê? Sou tão geração "fast food" como sou geração bifana e coirato. Gosto de fast food na ru mas também em casa mas não deixo de comer de tudo. Acho que o preconceito que se criou contra o fast food é no mínimo ridículo. Experimentem comer bitoque com batatas e arroz durante 30 dias num restaurante dito normal e digam-me se tmbém não engordam.

 
At 1/16/2007 9:55 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Não vi o Babel nem a "geração fast food". O que deve significar que ando a trabalhar (ou a dormir) demais.
Quanto à geração fast food...eh pá eu prefiro uma Pizza da TelePiza que um coirato...mas juro que não foi por isso que não vi,,,foi mesmo por falta de oportunidade. Juro!!!

 
At 1/16/2007 10:00 da tarde, Blogger Leal Franco escreveu...

Bem. Já vi que vos consegui prender a atenção.
Daniel não era nada disso. o filme em inglês chama-se "Fast Food Nation" e não tem que ver com nenhuma geração. Quando veres o filme vais compreender. O filme tem que ver com Emigração, trabalho precário, condições de trabalho, assédio laboral, organização de empresa, política, nova economia, etc.
Nem sempre aqui se diz mal de ti.

 
At 1/16/2007 10:47 da tarde, Blogger COMTRA escreveu...

A questão não é engordar Daniel. A questão é saber o que se come. O que se deve comer. E quando digo comer quero dizer refeições mas também idéias, políticas, maneiras de pensar e de viver. Os homens (refiro-me aos humanos do sexo masculino) gostam de comer muito do que não presta, que faz mal a saúde deles! Já as mulheres são diferentes. Gostam da sua sopa, dos seus iogurtes, fruta, saladas! Eu conheço gajos que nem podem ver coisas verdes no prato! E depois politicamente são umas parvalhonas!
São uns "maria-vai-com-as-outras".
Pensem nisto.

 
At 1/16/2007 11:02 da tarde, Blogger Leal Franco escreveu...

Neste Babel viram como são tratados os árabes (marroquinos)? Compararam a vida deles e das suas crianças com as vidas dos personagens norte-americanos? E os japoneses? E com os personagens mexicanos também? Quem é mais humano? Quem tem mais dignidade?
Quem é real e quem é virtual?
Para mim o filme é também extremamente humano (coisa rara nos filmes de hollywood onde é só mortes, tiros, sangue e explosões).
O senão que o Daniel nota é: apesar da dignidade estar nos personagens mexicanos e árabes, quem ousa identificar-se com eles e com as suas condições de vida? Claro que o pessoal quer é ter uma boa vida como os personagens do Brad Pitt ou da Kate Blanchett.

 

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