Babel
Ouvi hoje que o filme Babel tinha ganho o Globo de Ouro, o único apesar das suas 7 nomeações, para melhor filme tornando-se assim o grande favorito para a noite dos Óscars. Já fui ver o filme e passada quase uma semana ainda não consigo dizer se gostei ou não do filme. Se olharmos á moral que o filme represena é deplorável. O amor á família e onde esta tem de estar no centro de tudo. Mas se olharmos á forma quase brilhante como 3 histórias em 3 continentes diferentes, passadas em espaços temporais ligeiramente desfazadas são apresentadas não podemos de dar o mérito ao filme. Podemos juntar a isto o bom desempenho dos actores (Brad Pitt mais uma vez esteve muito bem, tal como todos os outros) e uma fotografia irrepreensível. O filme peca no entanto por ser de extremos. Momentos loucos de tensão e indefinição com longos marasmos pelo meio que acabam num fim cheio de surpresas por ser tão evidente. Esperava-se outro final.
.Não vi os filmes todos a concurso mas enfim, se calhar é um prémio justo para alguém que teve a audácia de fazer algo diferente.
Etiquetas: Daniel Arruda
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Viste o Babel? Ainda bem. Pena é que não tenhas visto "A geração fast food". Sei que é por receares que tenha alguma coisa a ver contigo e tem. Mas não te preocupes. É um belíssimo filme. Daqueles que eu acho que deveriam ser obrigatórios de ver!
Mas reserverei as minhas considerações para o post que hei-de escrever sobre ele.
A ver comigo porquê? Sou tão geração "fast food" como sou geração bifana e coirato. Gosto de fast food na ru mas também em casa mas não deixo de comer de tudo. Acho que o preconceito que se criou contra o fast food é no mínimo ridículo. Experimentem comer bitoque com batatas e arroz durante 30 dias num restaurante dito normal e digam-me se tmbém não engordam.
Não vi o Babel nem a "geração fast food". O que deve significar que ando a trabalhar (ou a dormir) demais.
Quanto à geração fast food...eh pá eu prefiro uma Pizza da TelePiza que um coirato...mas juro que não foi por isso que não vi,,,foi mesmo por falta de oportunidade. Juro!!!
Bem. Já vi que vos consegui prender a atenção.
Daniel não era nada disso. o filme em inglês chama-se "Fast Food Nation" e não tem que ver com nenhuma geração. Quando veres o filme vais compreender. O filme tem que ver com Emigração, trabalho precário, condições de trabalho, assédio laboral, organização de empresa, política, nova economia, etc.
Nem sempre aqui se diz mal de ti.
A questão não é engordar Daniel. A questão é saber o que se come. O que se deve comer. E quando digo comer quero dizer refeições mas também idéias, políticas, maneiras de pensar e de viver. Os homens (refiro-me aos humanos do sexo masculino) gostam de comer muito do que não presta, que faz mal a saúde deles! Já as mulheres são diferentes. Gostam da sua sopa, dos seus iogurtes, fruta, saladas! Eu conheço gajos que nem podem ver coisas verdes no prato! E depois politicamente são umas parvalhonas!
São uns "maria-vai-com-as-outras".
Pensem nisto.
Neste Babel viram como são tratados os árabes (marroquinos)? Compararam a vida deles e das suas crianças com as vidas dos personagens norte-americanos? E os japoneses? E com os personagens mexicanos também? Quem é mais humano? Quem tem mais dignidade?
Quem é real e quem é virtual?
Para mim o filme é também extremamente humano (coisa rara nos filmes de hollywood onde é só mortes, tiros, sangue e explosões).
O senão que o Daniel nota é: apesar da dignidade estar nos personagens mexicanos e árabes, quem ousa identificar-se com eles e com as suas condições de vida? Claro que o pessoal quer é ter uma boa vida como os personagens do Brad Pitt ou da Kate Blanchett.
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