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terça-feira, janeiro 16, 2007

Nação Fast Food













Alguns preconceituosos como eu pensaram em não ver este filme sem dúvida por causa do título.Mas acabei por ir com os meus preconceitos e tudo. E não me arrependi.
Não sei porque é que os disribuidores portugueses traduziram "Fast food nation" por "Geração fast food". Para mim foi para ver se "agradavam" à Busharada. O que o filme retrata é como uma nação inteira - os Estados Unidos - são, de facto, uma nação fast food. Onde tudo o que parece, não é. Como no fast food.
"O Sonho americano, pesadelo americano — mais do que nunca as duas coisas parecem andar ligadas. De facto, ligadas e não em contraponto. A era Bush (filho) vai ficar marcada por filmes que, muito para além de um atitude meramente panfletária contra a administração do actual Presidente dos EUA, procuram ir muito fundo na compreensão de uma crise de identidade que, pelo que se vê (e também pelo modo como se filma), está a atingir os níveis mais viscerais do tecido social americano. «Fast Food Nation», de Richard Linklater, é um exemplo cristalino disso mesmo. Baseando-se no best-seller homónimo de Eric Schlosser sobre as cadeias de produção de "fast food" (em especial hambúrgueres e seus derivados...), o realizador de «Antes do Amanhecer» (1995) e «Antes do Anoitecer» (2004) faz um filme bem diferente, cruzando várias histórias — de um vice-presidente (Greg Kinnear) de uma marca de sucesso de fast food, de uma clandestina mexicana (Catarina Sandino Moreno) que trabalha numa fábrica de abate de gado e fabricação de hambúrgueres, de uma militante ecologista (Avril Lavigne, herself!), etc. — que acabam por desenhar o mapa inquietante de um país em que a própria alimentação parece reflectir um cruel alheamento de alguns direitos fundamentais do cidadão. Não se julgue, no entanto, que se trata de um filme banalmente "do contra". Bem pelo contrário: há no discurso de Linklater um amor imenso pelas personagens e pelo país e, mesmo nos momentos mais crus, «Fast Food Nation» é sempre um magnífico ensaio sobre as relações humanas. (João Lopes)".
Este, é um filme bastante completo. Humano, como raramente se vê no cinema americano, este filme lembra-me um bocado o pessoal aqui do Troll. Preocupa-se em falar verdade. Em aprofundar os assuntos. É claro que há muita gente que gosta mais das conversas da carochinha ou da telenovela da moda. Para esses haverá sempre o Sócrates.
Não percam o filme. Não irá estar muito tempo em exibição.
Deveria ser obrigatório a sua visualização. Quem não quisesse poderia pagar para não ver. Afinal há sempre gente que não suporta a realidade...

4Comenta Este Post

At 1/17/2007 3:13 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Ainda por cima comparas o filme connosco??? Ok. Convenceste-me. Voi trair o sofá.

 
At 1/17/2007 5:13 da tarde, Blogger Leal Franco escreveu...

São as malhas que o império tece

 
At 1/17/2007 5:53 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Também estou convencido, mas fica muito chateado se eu fizer um download do dito filme. Da maneira que isto está acho que não vou sír de casa.

 
At 1/17/2007 7:03 da tarde, Blogger Leal Franco escreveu...

Podes fazer o download se quizeres. Se conseguires arranja-me uma cópia. ;)

 

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