Algumas notas sobre Lisboa
O que se segue, mais do que uma opinião, são dúvidas e preocupações.
...
A maioria PS/BE da CML, como os orgãos de Comunicação Social teimam em escrever não existe.
Sá Fernandes e o Bloco ficarão para sempre "prisioneiros" das políticas desta Câmara, mas Sá Fernandes está sozinho em grande parte delas. E vota vencido.
A maioria que existe na CML tem outro nome e outro rosto. A maioria na CML chama-se PSD/PCP/Carmona e muitas vezes alarga-se a Helena Roseta. A maioria na CML inviabilizou o encerramento do Campo de Tiro de Monsanto, a reavaliação dos negócios da Bragaparques no Parque Mayer. A maioria da CML com a ajuda de Costa e do PS, decidiu que contenção orçamental é só para alguns, aumentando escandalosamente os salários dos assessores e mandando às urtigas decisões anteriores quanto ao seu número.
...
E este é o problema que nos espera por mais dois anos. A maioria da CML (seja a três, a quatro ou a dois com abstenções) vai inviabilizar as medidas mais importantes, inovadoras e construtivas que Sá Fernandes pretenda fazer em Lisboa e vai-nos deixar "agarrados" à sua não concretização.
Vamos ter que pagar por todas as dúvidas (e provavelmente algumas certezas) quanto aos tais 30% na redução de despesas com pessoal, e não temos capacidade de impôr que o ragabofe dos assessores não se mantenha.
Seremos julgados por não termos cumprido os nossos compromissos, estando no Executivo - a reavaliação dos terrenos do Parque Mayer fazia parte deles. O encerramento do Campo de Tiro de Monsanto e a moralização dos gastos com assessores também. E seremos julgados porque a CS, porque a Oposição se encarrega de sempre que fala na CML falar de nós como pertencendo a uma Maioria que não existe. E é essa maioria que não existe que será, daqui a dois anos, julgada nas urnas. Por aquilo que esta vereação fizer...ou não fizer.
...
Aquando do Acordo escrevia que António Costa precisava muito mais deste Acordo que Sá Fernandes e o Bloco. ´
Mantenho o que escrevi mas acrescentaria que, para além de Costa, quem mais precisa deste Acordo é a Maioria na CML.
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Entretanto, continuam a chegar-me notícias de que a salvaguarda dos postos de trabalho não será garantida. Acredito que Sá Fernandes tenha imposto a sua salvaguarda como condição para assinar o Plano de Saneamento Financeiro da CML.
A questão volta, no entanto, a ser a mesma. E a preocupação também. Sá Fernandes e o Bloco têm capacidade política para o impôr ou não passará de uma carta de intenções que será rasgada na primeira oportunidade pela Maioria, seja ela a que, nesse momento, for?
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A maioria PS/BE da CML, como os orgãos de Comunicação Social teimam em escrever não existe.
Sá Fernandes e o Bloco ficarão para sempre "prisioneiros" das políticas desta Câmara, mas Sá Fernandes está sozinho em grande parte delas. E vota vencido.
A maioria que existe na CML tem outro nome e outro rosto. A maioria na CML chama-se PSD/PCP/Carmona e muitas vezes alarga-se a Helena Roseta. A maioria na CML inviabilizou o encerramento do Campo de Tiro de Monsanto, a reavaliação dos negócios da Bragaparques no Parque Mayer. A maioria da CML com a ajuda de Costa e do PS, decidiu que contenção orçamental é só para alguns, aumentando escandalosamente os salários dos assessores e mandando às urtigas decisões anteriores quanto ao seu número.
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E este é o problema que nos espera por mais dois anos. A maioria da CML (seja a três, a quatro ou a dois com abstenções) vai inviabilizar as medidas mais importantes, inovadoras e construtivas que Sá Fernandes pretenda fazer em Lisboa e vai-nos deixar "agarrados" à sua não concretização.
Vamos ter que pagar por todas as dúvidas (e provavelmente algumas certezas) quanto aos tais 30% na redução de despesas com pessoal, e não temos capacidade de impôr que o ragabofe dos assessores não se mantenha.
Seremos julgados por não termos cumprido os nossos compromissos, estando no Executivo - a reavaliação dos terrenos do Parque Mayer fazia parte deles. O encerramento do Campo de Tiro de Monsanto e a moralização dos gastos com assessores também. E seremos julgados porque a CS, porque a Oposição se encarrega de sempre que fala na CML falar de nós como pertencendo a uma Maioria que não existe. E é essa maioria que não existe que será, daqui a dois anos, julgada nas urnas. Por aquilo que esta vereação fizer...ou não fizer.
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Aquando do Acordo escrevia que António Costa precisava muito mais deste Acordo que Sá Fernandes e o Bloco. ´
Mantenho o que escrevi mas acrescentaria que, para além de Costa, quem mais precisa deste Acordo é a Maioria na CML.
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Entretanto, continuam a chegar-me notícias de que a salvaguarda dos postos de trabalho não será garantida. Acredito que Sá Fernandes tenha imposto a sua salvaguarda como condição para assinar o Plano de Saneamento Financeiro da CML.
A questão volta, no entanto, a ser a mesma. E a preocupação também. Sá Fernandes e o Bloco têm capacidade política para o impôr ou não passará de uma carta de intenções que será rasgada na primeira oportunidade pela Maioria, seja ela a que, nesse momento, for?
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Ou o Bloco e Sá Fernandes denunciam aberta e publicamente (não bastam os Blogs e as comunicações internas - grande parte dos lisboetas não lêem Blogs nem recebem comunicações internas), que em grande parte das medidas e das decisôes deste Executivo somos oposição e não Governo, ou daqui a dois anos seremos julgados pelas políticas de uma maioria...a que não pertencemos. Apesar de todos insistirem que sim.
Etiquetas: Isabel Faria
13Comenta Este Post
Tão importante como isso, é denunciar o conluio do PCP e de Helena Roseta, com medidas gravosas para o interesse da cidade.
Se isso não fôr feito, aí sim o Bloco estará atado de pés e mãos dentro de dois anos.
Quanto á possibilidade de serem ou não feitos despedimentos, essa é mais uma campanha dos sindicatos controlados pelo PCP, veja-se a desculpa do Ruben para alinhar com o PSD no boicote ao encerramento do Campo De Tiro de Monsanto:
Havia aí trabalhadores que podiam perder o seu posto de trabalho.
È caso para dizer olha porra, por este andar o PCP deveria ter defendido a continuação da PIDE, pois tambem ela dava trabalho a muita gente.
Caros amigos
Gostaria de vos colocar uma questão!
Qual a vossa opinião sobre o Programa das novas 10 Barragens!
Bom post. É preciso demarcar e informar.
Concordo inteiramente contigo, Isabel. O Bloco anda muito calado em relação à CML dando razão a quem o acusa de se ter calado depois da "Coligação".
Aproveito para te comunicar que vou deixar de ser tua eleitora. Não! Não vou deixar de votar no Bloco! Vou mudar de casa. ;)
Anónimo, o PCP e a Roseta fazem parte dessa maioria que, efectivamente, governa Lisboa.
E o PCP e Roseta fazem parte daqueles que nunca se esquecem de usar o termo maioria PS/BE para se referirem ao Executivo...portanto reitero o que disse. Ou denunciamos abertamente que a Maioria são os outros...ou vamos pagar caro o silêncio.
Quanto aos trabalhadores, tenho exectamente a mesma opinião. O BE tem que dizer quem são os trabalahdores que serão dispensados. Preto no branco. E porquê. Preto no branco. E assumir que é um injusto dispensá-los (se for o caso mas que não temos força para impedir essa injustiça) ou explicar, mas explicar ao pormenor, com números e com factos, porque não é injustiça, e aí, se for o caso, denunciar também abertamente quem usa os trabalhadores para os seus objectivos partidários.
Quase gémea, estavas aqui presa desde as três da tarde e eu não te via...desculpa lá. Esta gaita de ter malucos de estimação é qoe dá...se retiramos a moderção de copmentários somos invadidos pelos ratos.
Pois, estavas presa...mas eu cabei por dar a resposta ao Anónimo antes de te ler...e a resposta é que o silêncio aqui se vai pagar caro.
Vais mudar de casa????? Vou ter menos um voto??? és muito injusta!!
Esta coligação tem DOIS MESES, Sá Fernandes no pelouro que lhe foi atribuido, ainda não mostrou o que vale.
È preciso por isso que algo de concreto ele tenha para mostrar á população de Lisboa, antes de dar dois murros na mesa.
Sair agora só porque sofreu algumas derrotas, só o vai prejudicar.
Quanto ao resto, como é que ele pode, ultrapasar o boicote que lhe é feito na comunicação social.
Como é que ele pode divulgar as suas propostas.
É o mesmo problema da manifestação de hoje.
CGTP, capangas do serviço de ordem do PCP, Jeronimo de Sousa nas televisões, o BLOCO pura e simplesmente NÂO EXISTIU....
anónimo pacheco, o pior que poderia haver agora é dar-se uma de vitamização ou de Calimero. Quando se aceitou este acordo sabia-se ao que ia. Agora não adianta chorar. O que é preciso é trabalhar e dar a volta á situação.´Ou será que agora é que estás a pensar nas consequencias deste acordo?
Estimada Isabel: quem anda na política activa, quer ser notado, ser conhecido, e quer mandar (ou "governar", como eles dizem...).
Não seja ingénua e vá pensar que é por solidariedade, por querer ajudar e outras tretas quejandas.
Conheci o seu Sá Fernandes na FDL, nos idos de 1970, com o seu outro irmão advogado, a quem chamávamos a brincar, os "Irmãos Matralha".
Eram esquerdistas convictos e até dialogantes com os demais. Ou seja: podia-se conversar com eles sem ser aos gritos e manifestavam acreditar naquelas teorias extremistas - o que lhes trazia alguma simpatia e respeito.
Contudo, ambos são muito mediáticos e não resistem a um microfone.
Começaram a ter notariedade pública quando um deles foi viver com uma jornalista televisiva (da SIC) filha de boas famílias e muito bem relacionada, passando a beneficiar amplamente desses contactos. O outro Sá Fernandes chegou a patrocinar a TVI em relação às primeiras denúncias no caso "Casa Pia" e posteriormente mudou-se para o Sr. Carlos Cruz, certamente por interesses menos prosaicos.
O seu Sá Fernandes era uma figura algo pouco sociável, muito introvertido e dado a algum desmazelo pessoal. Tinha uma imagem de out-sider justiceiro, que o tornava curioso e de elevada dignidade.
Hoje, e após o acordo camarário com o PS, transformou-se em apenas mais um políticozeco suburbano e com os sapatos sujos... ansioso por um cargo que lhe dê mais visibilidade, e que perdeu toda a confiança daqueles que viam nele alguém independente e corajoso.
Enfim, os media e a sua ambição retiraram-lhe o encanto, retirando-lhe a dignidade.
Quanto ao Bloco, toldado pela sede desmedida de poder, fez um péssimo negócio com o dito acordo, de que se vai arrepender politicamente.
Digo eu...
Saloio
Retirando a parte de conhecimento pessoal que não comento só posso dizer que concordo com aquele final ponderado do comentário sobre as consaquencias do acordo de Lisboa.
Será que foi este Saloio, que fez artigo do 24 horas, sobre a prisão do Sá Fernandes enquanto menino e moço...
Se não foi podia ter sido...
saloio, se andar na política activa é intervir politicamente. È militar num Partido Político. E fazer campanha por ele. È ser eleita pelas suas listas, então eu ando na política activa há tanto tempo sem nunca ter tido projecção mediática nem Poder, que das duas uma...ou spu um cadito parva..ou você está enganado. Desculpe lá, mas prefiro acreditar que você está enganado.
Quanto aoSá Fernandes, ao meu, como você diz. É assim:gosto muito ( e isto nada tem a ver com política...gosto de gostar, de me sentir bem com, de simpatizar, de ter afecto a) de Sá Fernandes.
Isso não me impede de dizer que, em termos políticos, prefiro o Sá Fernades da opsição a Carmona que o Sá Fernandes, vereador do Costa.
Não acredito que o Sá Fernandes alguma vez se transforme no que vaticina...mas receio que se vá chamiscar na opção que fez. E lamento. E lamentar aqui, volta a nada ter a ver com termos políticos.
Porque aí não lamento. Aí discordo. Abertamente. Da posição do BE e de Sá Fernandes.
Não acredito que o BE o tenha feito por essa sede de poder de que fala (se acreditasse já tinha batido com a porta) mas reitero o que sempre disse. Costa precisava deste Acordo. O PS também. Nós não precisavamos. Sá Fernandes também não.
Cara Isabel
Compreendo a tua procupação e partilho dela.
Lamento e denuncio o sectarismo de membros do PCP contra o BE como denuncio o anti-comunismo primário que grassa numa certa "esquerda".
Mas aquilo que pode, - e deve - unir - os activistas do BE, do PC do BE e tutti quanti é a luta contra a precariedade, os despedimentos e a destruição dos serviços publicos.
Ora a Minoria da CML - PS e BE - está a a implementá-la, quer se goste quer não.
E o que me impressiona é que alguns anónimos e outros nem por isso, acusem um sindicato, neste caso o STML , de "campanhear" contra o BE.
Que eu saiba, nenhum documento do STML critica o BE. Critica a politica da Câmara e responsabiliza o Presidente, António Costa.
A obrigação de um Sindicato é defender os interesses dos trabalhadores. Bem como de qualquer organização que se reivindique de esquerda e socialista.
Por isso, conto com os activistas do BE para esta luta de resistência aos despedimentos
Já da direcção executiva a coisa é outra...
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