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terça-feira, março 11, 2008

Até onde levará Sócrates este país ou a posta de um cidadão cada vez mais farto do governo PS

Primeiro foram as maternidades e eu não me importei
Não ia ser mãe
.
Depois foram as escolas e eu continuei a não me importar
Eu já não estudo e o meu filho está numa que vai ficar aberta
.
Fecharam ainda tribunais e eu nada fiz
pois sou um cidadão honesto
.
A seguir foram as urgências
Acompanhadas pelos SAP e eu não me importei ainda
pois eu até tenho um seguro de saúde
.
Depois foram os Serviços de finanças e eu ainda não me importei
pois eu até tenho net e uso-a para tratar dos meus assuntos
...
...
Adaptação livre de um poema de Bertold Brecht
.
Vem este devaneio literário por causa da notícia de hoje que dá conta que 121 serviços de finanças vão encerrar e que cerca de 6000 pessoas vão perder o emprego. Mas tão mau como isso é esta política que cada vez mais desertifica e abandona todos aquele que não vivem no litoral. Encerram-se escolas, maternidades, SAP's, Urgencias em nome de um princípio economicista que não pode ser o de um estado socialmente justo. Muitas vezes a desculpa é a internet, mas esquecemo-nos de tantos e todos aqueles que em Portugal ainda não dominam essa tecnolocia e que são muitos. Esquecemo-nos dos idosos e dos iletrados em nome de um défice que mata o país. Podiamos começar a chamar-lhe o défice das igualdades de oportunidades.
Não sei como este poema irá acabar mas sei que bem não será se a teimosia e a casmurrice de Sócrates não for rapidamente parada.

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2Comenta Este Post

At 3/11/2008 9:52 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Gostei da adaptação...e focaste um ponto que raras vezes se foca. Quando fecha um SAP, um tribunal ou umas urgências, não são só as populações que perdem direitos e qualidade de vida...há milhares de pessoas que perdem o emprego

 
At 3/12/2008 11:16 da manhã, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Isabel, sabes que eu tinha algum receio de desvirtuar o sentido do poema que afinal é um clássico.
Mas é um facto. Ainda ontem nas notícias sío se falava dos serviços a encerrar mas ninguém falou nos que perdem o emprego ou vão para a mobilidade especial.

 

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