Um pai babado

Eu sou dos que posso dizer que não mereço a sorte que tenho. Ou, pelo menos, duvido. Quando somos pais achamos sempre que o nosso filho deve ser o melhor, mas achamos sempre que ele vai bater com a cara no chão. Quando eles são mais pequenos achamos e temos medo do 1º passo. Quando vão para o infantário como se irão dar, mas, o pior, é quando chega a escola. Não precisa de ser um aluno exemplar. Basta que seja aplicado e capaz e nós, pais, já nos damos por satisfeitos.

No entanto, hoje é a 1ª posta que escrevo sobre o tema, porque o meu filho merece este reconhecimento. Depois de dois anos a acabar o ano no quadro de honra da escola, este ano continua no bom caminho e hoje chegou-me a casa com os resultados dos testes do periodo. 92% a Português (escreve melhor que o pai :)), 96% a Matemátiva e 100% a Estudo do Meio. 96%, 100% e 98% respectivamente no periodo passado. A juntar a isto uma entrega às coisas de inegável valor (palavras da professora) e um comportamento muito aceitável, pois umas poucas bolinhas amarelas num ano, no 3º ano, é perfeitamente aceitável ou não seriam crianças.

Sou, por isso, um pai babado e ele sabe-o. Adoro a responsabilidade dele em cumprir o nosso acordo. Enquanto ele mostrar maturidade (de acordo com a idade, claro) terá tudo e não lhe será exigido nada a mais. Já recebeu as chaves de casa para poder ir brincar com os amigos sem ter de tocar à campaínha. Continua a ir aos estádios sempre que o posso levar. Ele é que decide quando estudar e quando fazer trabalhos de casa e como os fazer. Conheço muito miúdo de 12 anos que não se dá a estes luxos.

Em suma. Não merecia tanto.