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quarta-feira, junho 04, 2008

Notas sobre o comício de ontem

Por mais hesitações e incoerências que se reconheçam em Alegre, há algumas questões que não se podem ignorar: Alegre fez uma campanha eleitoral na qual nunca me revi...mas Alegre fez uma campanha eleitoral contra a vontade do PS. E ganhou-a. Alegre fez ontem uma intervenção dura contra a política neo-liberal que o seu Partido leva a cabo em Portugal, e, pelo impacto que teve, mas, sobretudo, pela histeria do PS, também ganhou a aposta. Não alterarei em nada, o que escrevi e disse sobre Alegre, mas não me coíbo de perguntar, quantos dos que nestes dias tantas vezes o têm chamado de incoerente e inconsequente se podem dar ao luxo de afirmar alto e bom som: sou livre de estar com quem quero, onde quero, quando quero. E estarem.

Há uma questão recorrente nas criticas ao comício de ontem. O que sai dali?
No primeiro post que aqui escrevi sobre ele, escrevi que de pouco valeria se não fosse um momento para apresentar alternativas e não, apenas, para analisar situações. Mas quem nos quer fazer acreditar que de um comício, fosse ele qual fosse e com quem fosse, sairia a solução milagrosa para a situação dramática que Portugal vive, sabe que não está a ser sério.
Centenas de milhares de Trabalhadores fizeram uma Greve Geral contra o Código de Bagão...e o Código Bagão foi publicado. Centenas de milhares de trabalhadores têm saído à rua, nas maiores manifestações de descontentamento dos últimos anos, e Sócrates continua a impôr as suas políticas.
Quem quiser ser sério sabe que, de imediato, da convergência de ontem, apenas poderia sair uma clara manifestação de repúdio pelo agravamento da injustiça social e uma porta aberta para criar alternativas para a vencer. Uma imagem de força contra o neo-liberalismo e contra a imoralidade. Tal qual sairá da manifestação que, seguramente, amanhã encherá as ruas em Lisboa.

Um dos grandes derrotados da noite de ontem foi o sectarismo daqueles que acham que se podem dar ao luxo de serem a alternativa. Dos que acham que para se vencer a batalha contra o neo-liberalismo nos podemos dar ao luxo de escolher uns e dispensar outros. Se pode achar que há esquerdas boas – as que fazem, e esquerdas más – as que falam. E claro como se houvesse alguém, algum ser ou movimento infalível, que tivesse o poder de decidir quem são uns e outros...como se houvesse uma medida que pudesse servir de bitola para contabilizar que danos faz a Sócrates e à sua imagem e à sua política o comício de ontem...ou a manifestação de amanhã.

O outro foi Sócrates e este PS. Apesar de todas as hesitações, depois das palavras de ontem no Trindade, parece claro que Alegre (re)ininiciou um caminho sem retorno. E a derrota de Sócrates, tal como nas Presidenciais, a do PS, pode passar por esse caminho. Até porque hoje, e contrariamente às Presidenciais, a Direita não é alternativa política nem programática. Sócrates é o Primeiro Ministro do PS em que a Direita se revê.
Costumo ir a muitos comícios do Bloco, em Lisboa. As caras começam, assim, com o decorrer dos anos, a serem-nos familiares. No comício-festa de ontem grande parte delas não eram. Sócrates também sabe isso. Possivelmente algumas delas ser-lhe-iam familiares a ele. E isso deve incomodar.

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46Comenta Este Post

At 6/04/2008 4:53 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

O José Soeiro esteve muito bem.
É um grande deputado. Jovem e com tanto a ensinar.

 
At 6/04/2008 5:04 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Tens toda a razão Neubaten.

 
At 6/04/2008 5:39 da tarde, Blogger João Galamba escreveu...

Sem dúvida que se conseguiu o que se esperava de um pouco-comício - muita festa: artistas a darem-nos música. E o Soeiro foi o primeiro deles ao embalar-nos saudando a geração dos 500 €. Mas, onde estava - por exemplo - no dia 13 de Dezembro quando foi assinado o Tratado de Lisboa? Ah, não nos esqueçamos : foi o seu dia de estreia enquanto deputado da AR. Naturalmente, pensamos nós, enquanto jovem de esquerda que falou daquilo que nos mais preocupa: ou as propinas, ou a contínua degradação do ensino público, ou as precárias condições laborais, ou a assinatura dum tratado que compromete o nosso futuro, ou, ou... Pois, seria bom! José Soeiro, o mesmo que ontem se mostrou indignado pelas políticas que nos fazem, a nós - jovens portugueses, a geração dos 500€, orou sobre as praxes nas universidades. Era o mais urgente, que diabo...

 
At 6/04/2008 5:47 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

QUERIDO DIÁRIO:

Ontem estive... Imperdível, irrepreensível e impressionante!

Ainda hoje estou com dúvidas sobre a escolha da gravata, mas que diabo! Eu bem me apercebi dos olhares de enlevo vindos da plateia. As feministas nunca fizeram o meu género - como tu sabes, querido diário - mas é sempre reconfortante saber que ainda faço badalar muitos corações...

E quando coloquei a voz... ui! Tu já sabes que a mim ninguém me cala, mas ontem trouxe a casa abaixo! Foi uma loucura, querido diário! Uma loucura! Definitivamente, estou como o vinho do Porto: quanto mais o tempo passa, mais maduro me torno!

E olha que foi um comício impecável. O Anacleto era só salamaleques, a Ana Drago derretia-se em diplomacia e aquele mar de gente venerou-me como O Herói que sou: um combatente indómito pela liberdade e pelo socialismo há já nem sei quantas décadas...

Sinto-me outro, querido diário! Rejuvenesci vários anos, sinto-me com a energia, o embalo e o optimismo dum puto de 20 anos - mas com muito mais charme, note-se ;-)

Verdade: Ontem ia com um pouco de receio, não porque eu seja Homem de ter medo seja de quem for e se esse bandalho do Sócrates ou aquele seguidista do vitalino me mandarem alguma bicada na próxima reunião da direcção nacional do PS... sou Homem para os desafiar para um duelo de florete ali mesmo que a mim ninguém me cala e tenho grande coragem moral... e física!

Como te confidenciava - querido diário -, ia com um pouco de receio... Mas a organização foi inexcedível! Estava tudo ensaiado.Até o ar condicionado estava au point... Bateram-me as palmas nas pausas certas e - vê lá tu, querido diário - que no meio do entusiasmo até eu quase me esquecia de todas as leis, decretos, propostas, tratados e orçamentos que ajudei a aprovar e sem os quais este país não estava na desgraça em que está hoje...

Mas vamos mudar de assunto e sacudir a porcaria para debaixo do tapete, que ontem não houve "bocas", mas muito respeitinho - como te tenho já dito, querido diário, este Anacleto é um rapaz sério e profissional e com mais algum treino e tempo (perdendo alguns tiques dos tempos da extrema-esquerda) ainda se vai tornar no meu Delfim, no porta-voz destemido da ética e valores republicanos, no porta-bandeira do "socialismo de rosto humano" que já não temos desde que o meu amigo Olof Palm foi covardemente assassinado.

Não fosse a operação do outro dia e tinha ido, no fim da festa, beber uns copos com o Miguel Portas, mas fica para a próxima, que oportunidades não irão faltar!

Só lá faltou o PC, mas foi melhor assim - querido diário.

Primeiro porque há ainda muita gente com medo ao PC, depois, porque eles são muitos e se levassem as bandeiras... -estás a topar, não estás, querido diário? Não estou para ser engolido, com a minha idade, pelo PC - e finalmente, porque o Jerónimo ainda se punha a discorrer sobre as minhas contradições, que eles são um bocado sectários e têm a mania das contradições.

Sim! Que a mim ninguém me cala! E como Homem livre que sou e que não está sujeito a nenhum tipo de controlo ou coerção, tenho livre, republicana e maçonicamente as minhas contradições de Homem Renascentista que sempre fui - mas ontem ninguém se lembrou delas.

Pelo contrário! Fui realmente adulado, querido Diário! Adulado e venerado como mereço e como tantas e tantas vezes não tem acontecido na piolheira em que o Sócrates e o Soares transformaram o PS.

E agora? - perguntas-me tu... agora vou caçar umas perdizes para relaxar os nervos! Que amanhã já tenho de estar no Parlamento outra vez para aprovar mais meia-dúzia de disparates do Sócrates. Mas que é que eu posso fazer? Como dizia aquele grande primeiro-ministro que foi o António Guterres: "é a vida!"

 
At 6/04/2008 6:23 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

É giro ver gente a falar sem saber do que diz. Que mistura alhos com bugalhos e que julga que se levantar muita poeira passa a ter razão. Que vem com grandes frases e não tem a noção nenhuma do que está para ali a palrar.
Assim parece ser o josé neves, numa primeira impressão, que pelos vistos queria que num dia da assembleia dominado pelo tratado, que todos falaram sobre o assunto, o josé soeiro introduzisse o tema, mesmo depois do seu próprio partido ter mais do que esmiuçado o tema. Ia ser engraçado, todos os partidos apresentando declarações políticas sobre o mesmo tema, em catadupa, fingindo-se de autista e repetindo os debates que já se haviam feito.
Mas olhe José Neves, não ser preocupado com a verdade e com o rigor é sem dúvida uma vantagem para quem quer ganhar tudo a qualquer preço.

 
At 6/04/2008 6:33 da tarde, Blogger João Galamba escreveu...

Aguirre- a hipótese de falar sobre o tratado até foi a última opção enunciada. Mas compreendo que o José Soeiro que por alguns milhares que vai receber nos seus 7 ou 8 meses de deputado se tenha esquecido dos seus ideais e das suas convicções. Já dizia o outro: "Para além do «ser ou não ser» dos problemas ocos,
o que importa é isto:
- Penso nos outros.
Logo existo."
E o pensar nos outros talvez exija a sua respectiva proporcionalidade. Estreia na Assembleia e pensa nas praxes em vez da tão afamada -ontem por ele - geração dos 500€ é de humano, demasiado humano...

 
At 6/04/2008 6:51 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

É pá! Lá tão os sectários dos comunas, outra vez! Porra, pá! Deixem o puto trabalhar.

Então o José Neves queria que o deputado jovem fizesse da sua primeira intervenção, um discurso contra a precaridade, ou contra o desemprego, ou contra as propinas, ou coisa do género?

Tenha paciência, José Neves! Tenha a santa paciência!!

Só alguém sectário como o José Neves é que não conseugue ver as coisas como elas são (porque o Comité Central do seu partido não o deixa, porque lhe põe palas nos olhos e já lhe fez uma lobotomia ao cérebro)!

Então não está de caras (pintadas) que o maior problema da juventude portuguesa são as praxes?

 
At 6/04/2008 6:56 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Eu gosto dos nossos comentadores. Zé Soeiro, se por um caso qualquer passares por aqui...olha, leva na desportiva. Hoje saíste tu na rifa. Calha a todos!!

 
At 6/04/2008 6:58 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Caro senhor/a que assina Manuel Alegre: salvo raras excepções, nunca fechamos a caixa de comentários. E até nos damos ao trabalho de responder a anónimos e a gente com imaginação como os nossos comentadores dos posts mais abaixo, que inventam nomes cheios de humor e de inteligência. Queremos que o Troll seja um serviço público e fazemos questão de estar cá para vos ajudar, nas vossas mais intimas necessidades.

Normalmente abrimos duas excepções:
Aos comentários abertos e à imaginação/terapia dos nossos comentadores.
Fechamos a caixa quando nos ofendem ou difamam.
Não permitimos, porque apesar de tudo há um limite para as figures tristas a partir do qual nos constrange pactuar,que se usurpem identidades.
Peço-lhe portanto que use a sua imaginação/terapia para arranjar nomes ou opte pelo Anónimo se a mais o engenho não der, mas não entre no esquema de assinar com nomes alheios. Ou apagarei os comentários.

 
At 6/04/2008 6:58 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Só para se saber que o José Soeiro visita este blog... Andamos muito famosos e importantes. O José Soeiro, essa tão douta e digna personagem da alta esfera intelectual portuguesa, visita este blog!!!!

 
At 6/04/2008 7:56 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Isabel:

Como é evidente, não foi O Manuel Alegre a reproduzir este "trecho" do seu Diário.

E como qualquer pessoa percebe isso, tem de conceder que no meio de tanta troca de galhardetes entre calimeros do mesmo ofício, eu acabei de ganhar o prémio do post mais bem humorado.

Todos queremos a unidade da esquerda, parece-me que uns não são muito exigentes na forma e conteúdo dessa unidade, enqunato que outros... são mesmo exigentes!

Como era aquele slogan do Bloco? "Esquerda Exigente"?

A crítica está lá e está em português bem educado.

Se calhar você (mesmo não concordando com o ponto de vista) até acabou por se rir um pouco, por isso... Não apague o bom humor!

 
At 6/04/2008 8:21 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Meu caro, se eu tivesse agora 23 aninhos, não teria seguramente paciência para vos aturar a todos...logo, o Soeiro não deve mesmo passar por aqui...
Quanto a armar-me em importante. Sim. Tem razão. Adoro isso. Mas somos todos. Não ouviu no outro dia o Moita Flores???

 
At 6/04/2008 8:28 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Este último vosso post é fabuloso!

Com que então ontem foi a derrota dos sectários (claro, só pode ser o PCP)?

Não sabia que o Partido Comunista Português tinha sido convidado para o comício de ontem...

E se não foi convidado como é que pode ter "sectariamente" recusado algo para o qual não fazia parte do programa das festas?

Houve algum convite formal, institucional? Mostre lá as evidências disso?

Não mostra porque não as tem nem existem. Se o Anacleto tivesse convidado o Jerónimo e este lhe tivesse dado a tampa, há muito que o Louça teria partido a loiça e teria denunciado o "terrível" sectarismo do PCP.

Sejam um pouco mais sérios e rigorosos naquilo que escrevem. Até porque vocês sabem muito melhor do que eu que o Anacleto é o primeiro a não querer nenhum tipo de alianças com o Partido. Ele quer o campo dos "socialistas de esquerda". Foi isso que ele teve ontem na Trindade.

E melhor seria que não lhes tivesse que relembrar o programa político do Bloco disponível on-line e onde tudo isso está lá bem explicadinho.

 
At 6/04/2008 8:37 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Não apaguem...,
Até podes achar que não, mas sou uma gaja muito tolerante e cheia de paciência. E sim, acho que mantenho algum humor.
Mas, de facto, essa de assinar com nomes alheios, faz-me umas certas "cócegas" E não gosto de cócegas.

Claro que não vou apagar o comentário. Mas peço-te que voltes sempre que quiseres, inventa os nomes que quiseres mas não roubes o nome a mais ninguém.
Como escrevi essa e a ofensa gratuita ou a difamção são das poucas coisas que me fazem saltar a tampa nas caixas de comentários.

E quando salta fico com aquele ar ali de baixo...e assusto!!!

 
At 6/04/2008 8:40 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Caro José Neves, só uma nota sobre o que escreveu sobre o Zé Soeiro.
Todos nos temos uma história para trás e o Soeiro com a sua parca idade já tem atrás de si um passado de luta nas Ass. Académicas, nomeadamente no Porto. É normal que no 1º dia de Parlamento tenha ido falar sobre o tema que melhor domina. Mas noto que passou olimpicamente por cima da intervenção do mesmo deputado no 25 de Abril que foi quase unanimemente considerada como uma das melhores de sempre no Portugal democrático. Se não se lembra deixo-lhe o link aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=BtjmDfoHDxU e
http://www.youtube.com/watch?v=KcaZNOdXm9A&feature=related.
Caro José Neves, Já agora onde estava o Bruno DIas nesse debate. Falou de quê? E nos outros debates? Mostre-me uma por favor. Ou de outro qualquer jovem do PC no Parlamento.
E por favor. Não atente contra a nossa inteligencia.

 
At 6/04/2008 9:12 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Pronto! Já deu para perceber que o rapaz é um novo Cícero, o novo mestre da retórica!

Também já percebi que para os Trolls tudo o que é do Bloco é do melhor que há no universo e tudo o que é do PCP está abaixo de cão.

Também já deu pra perceber que a vossa conversa sobre a "unidade" da esquerda é uma completa demagogia: O vosso rancor ao PCP é uma coisa tão tremenda que até tresanda!

Agora importam-se de responder à questão colocada:

Se os dinamizadores do comício não convidaram o PCP, como é que vocês fazem as observações infelizes que fizeram neste post?

Custa muito ou já estão tão especializados no insulto rasteiro, que já não conseguem passar para outra rotação?

E já agora parabéns ao camarada que escreveu a rábula do diário da marilu - é preciso alguma estreiteza de vistas para querer censurar aquilo a pretexto de "usurpação de identidade"...

 
At 6/04/2008 9:15 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

desculpem, mas corrijo:

É necessária alguma estreiteza de vistas para PONDERAR a censura do diário da marilu

 
At 6/04/2008 9:28 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Cheguei ao Comicio cedo, mas a sala já estava cheia, fui para a segunda sala, a tal do ecran, mas tambem essa encheu com pessoal por todo o lado, acabei a falar cá fora, com amigos que não revia há anos, e por isso dos discursos, e mesmo da excelente actuação dos radio Macau só tive ecos.

Primeira conclusão, em politica tem de se arriscar e ser ousado, a sala escolhida era demasiado pequena para a grande curiosidade , eu diria esperança, que muitos depositavam neste comicio.

Algumas notas de que parece que ninguem viu, mas revelam novas maneiras de estar na politica.

Um grupo de moradores do Bairro de Sta, Cruz de Benfica, em luta contra o traçado da CRIL e que em mais uma acção de sensibilização,á porta do Teatro da Trindade com os seus cartazes e as suas reivindicações, um pequeno sinal de um movimento, que tem como lema a força da cidadania, e que olhou comicio , como algo de importante, onde era necessario marcar presença.

É destes movimentos, que tambem se renova a esquerda.

Alguns militantes do PS com cartão na mão mostrando-o de forma visivel, afirmando a sua liberdade de estarem presentes, apesar de todas as pressões, que alguns afirmaram terem sido alvo.

Por ultimo o dialogo, e isso é o mais importante que é possivel estabelecer há volta de questões concretas, não tenho ilusões que isto foi só um passo, e muito pequeno.

Não tenho ilusões que sem outras forças de esquerda , mesmo as mais sectarias, do movimento sindical, e de muitos movimentos de cidadãos como este que luta por um novo traçado da CRIL, este inicio pouco pode conseguir, mas pelo menos deu-se o primeiro passo,e isso já é de louvar.

 
At 6/04/2008 9:31 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Deu-se o primeiro passo para a reabilitação do Alegre. Ele agradece

 
At 6/04/2008 9:38 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Não ponderei censurar o que quer que seja em particular. Poderei e poderarei sempre aplicar uma regra que temos seguido no Troll. Em principio todos cá podem entrar, mas não abdicamos do direito de abrir excepções.
Escrever um texto com o nome de alguem, faz parte dessas regras. São erradas? Paciência. Eu possivelmente não gosto da cor da sua parede da sala...mas é a SUA sala.

Ah só uma nota final, sobre uma outra regra cá de nossa casa: só nos sentimos na obrigação de responder a comentadores com cara. Aos outros respondemos quando nos apetece, não temos mais que fazer, estamos a limar as unhas ou a espera que o frango córe no forno.
Continua a ser aquela história da cor da parede...detesto a sua sala...mas a casa é sua.

Penso que percebeu.

 
At 6/04/2008 9:43 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Amanhã estarei na manifestação contra o codigo do trabalho da CGTP.

Mas gostaria de colocar aqui algumas perplexidades.

Quinta-feira 15 horas, dia de semana é dia de trabalho, como pode a CGTP, convocar uma manifestação para um dia de trabalho e ao inicio da tarde?

Será que só conta com os reformados, com reformas de miséria, e que certamente não dispõem de meios para pagar os transportes para virem a Lisboa?

Será que só conta com os desempregados, que contam todos os tostões para poderem pagar as contas, e que se não viverem em Lisboa ou concelhos limitrofes, certamente que não têm condições para pagar a viagem?

Será que pensa contar com os precarios, que certamente não arriscam perder um dia de trabalho , para poderem estar presentes?

Será que conta com os trabalhadores da empresas privadas, a perderem poder de compra e direitos todos os dias, e que certamente acabaram por não arriscar a perder um dia de trabalho, pois em tempo de crise todo o dinheiro faz falta?

Será que só conta com os trabalhadores da Função Publica, onde apesar de tudo, ainda se vai conseguindo meter uma dispensazinha de vez em quando?

Realmente espero que seja uma grande manifestação e uma grande jornada de luta, a minha dúvida é porque não foi ela convocada, como a grande jornada dos professores a um sabado....

São duvidas, mas que talvez sejam tambem criticas, á forma como os sindicatos convocam por vezes estas jornadas....

 
At 6/04/2008 9:55 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Sobre o jovem José Soeiro, há duas coisas, que apesar da sua pouca idade, eu diria experiência, ele não confunde...

Não confunde principios, e por isso apesar de não ter vivido os anos de brasa de 1975 e 1976, sob, não embarcar na acção VERGONHOSA do grupo parlamentar do PCP,de fazer um minuto de silencio ao padre bombista , o tal que dava pelo nome de Conego Melo.

Outros tão jovens como ele , na bancada do PCP lá prestaram a homenagem, ao homem que foi um dos principais responsaveis, pelo incendio de sedes do PCP e de outros partidos de esquerda, e que tinha as mãos sujas de sangue de militantes anti-fascistas.

E apesar da sua pouca idade e experiência ,sabe o que é a liberdade, e não tem duvidas que CUBA, a Coreia e a China são DITADURAS....

 
At 6/04/2008 10:18 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Ninguém reparou que estavam lá militantes do PCP, pelo menos o Domingos Lopes e o Paulo Sucena?

 
At 6/04/2008 10:43 da tarde, Blogger josé manuel faria escreveu...

Caro anónimo, o Domingos Lopes e o Paulo Sucena há muito não contam para o PCP. O 1º quando se demitiu do CC depois das expulsões Do Edgar e do Figueirs. O 2º anda nas reuniões da renovação comunista desde o início.

Todos os que de algum modo passaram nem que seja só para assistir às reuniões da RC estão "condenados".

 
At 6/05/2008 12:11 da manhã, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Ao anónimo do não apaguem. Não são os militantes do PC que estão abaixo de cão pois tenho demsaiado respeito por muitos deles. São pessoas como tu e da tua laia que nem a cão se podem comparar porque esses são amigos, fieis e companheiros.
Acho que ficámos esclarecidos.

 
At 6/05/2008 2:36 da manhã, Anonymous Anónimo escreveu...

Daniel e Isabel:


Continuam sem responder se os promotores do comício "Aqui e Agora" convidaram formalmente o PCP a estar presente no referido evento.

Nos vossos múltiplos escritos acusam o PCP de sectarismo por não ter estado presente no Teatro da Trindade.

O PCP foi convidado? o PCP só poderia ter recusado esse convite se esse convite existisse, não é?

A Isabel e o Daniel, sabem melhor do que eu que, na última convenção do Bloco de Esquerda, a vossa proposta de alianças à esquerda incluindo o PCP, a CGTP e o "alegrismo" foi rejeitada pelo Anacleto.

O Anacleto não se quer aliar ao PCP e afirmou-o já várias vezes. A Isabel e o Daniel sabem disso.

As vossa críticas ao "sectarismo" do PCP não têm fundamento.

Jerónimo de Sousa, sobre esse evento, disse claramente que:

"Os nossos adversários, os nossos inimigos, não estão naquele comício."

Precisou, sobre o "alegrismo", que: "não fazemos convergências com quem tem um pé fora e outro dentro".

Os Trolls têm o direito legítimo de explodir de euforia porque estiveram num comício a aplaudir um deputado socialista septuagenário que (nem falando dos governos Guterres que precipitaram a crise...) "apenas", nos últimos 3 anos, votou favoravelmente todas as propostas da bancada e do governo do PS - com exepcção duma sobre os modos de organização das polícias.

Dos aumentos do IVA ao Tratado de Lisboa, este deputado septuagenário do PS votou tudo a favor. Todas as medidas anti-populares do PS foram por ele favoravelmente votadas.

Antes, durante e depois do comício "Aqui e Agora" que vos deixou absolutamente eufóricos, nem uma vez Alegre assumiu a sua óbvia co-responsabilidade na situação de crise existente.

Pior! Muito pior! Jamais apresentou algum tipo de proposta concreta para mudar seja o que for.

Disse banalidades, como "sou livre, estou onde quero e com quem quero, etc. e tal".

E Os Trolls aplaudiram. Estão no vosso direito.

Sairam os Trolls do comício sem saber como este deputado septuagenário do PS irá votar a revisão do código laboral. Sabem como vai votar isso? Não sabem, pois não! Mesmo assim andam eufóricos poque o Alegre permitiu-se que as pessoas do Bloco o pussessem num andor.

Se ele tivesse anunciado que votava contra, eu era o primeiro a bater-lhe palmas. Mas ele não se comprometeu com nada.

Vocês acham o máximo? Estão no vosso direito.

Como comunista, só vos posso dizer que não entendo como puderam as pessoas do Bloco participar no branqueamento e mistificação deste deputado septuagenário que só não foi o candidato do governo PS, porque o governo PS escolheu um octagenário...

Não entendo. Ah sim, "somar esquerda à esquerda", mas tacticismos à parte, eu começo por ter vergonha na cara e respeito por mim mesmo e pelos combates que travei nos últimos 10 anos - para não ir mais longe!

E depois, como sou comunista, estabeleço acções e frentes unitárias com base em propostas, programa, coisas concretas, seja numa luta de empresa, na junta de frequesia ou nas eleições legislativas.

O PCP não é um partido oportunista e sem princípios.

Mas tudo isto são opiniões.

Mas quando a Isabel e o Arruda utilizam expressões como:

"São pessoas como tu e da tua laia que nem a cão se podem comparar porque esses são amigos, fieis e companheiros."

Apenas estão a demonstrar o vosso nível de consciência política e o vosso nível como seres humanos.

 
At 6/05/2008 2:40 da manhã, Anonymous Anónimo escreveu...

Mas tudo isto são opiniões.

Mas quando a Isabel e o Arruda utilizam expressões como:

"São pessoas como tu e da tua laia que nem a cão se podem comparar porque esses são amigos, fieis e companheiros."

Apenas estão a demonstrar o vosso nível de consciência política e o vosso nível como seres humanos.

 
At 6/05/2008 10:53 da manhã, Anonymous Anónimo escreveu...

É espantoso que o Bloco tenha feito uma "grande asneira" e os ciber-comunistas andem atarefadíssimos por toda a blogosfera a deixar comentários.
Se o Bloco fez asneira isso beneficia o PCP, que fica como o único partido à esquerda do PS. Então porque estão tão preocupados? Porque sabem que esta sessão não foi do BE com o PS, mas sim com a ala esquerda do PS, cuja ruptura com a orientação neo-liberal de Sócrates é urgente.
Como pensa o PCP chegar à "democracia avançada" sem sectores que hoje militam no PS? Descrer no PS institucional é legítimo, agora pretender que naqueles 30 a 40% de eleitores ninguém é da esquerda anti-capitalista...
Posto isto, também penso que o BE deveria ter contactado o PCP para participar na sessão, não sei se o fez ou não, mas também não tenho grandes ilusões sobre qual seria a resposta, basta lembrar o ar crispado de Jerónimo de Sousa.
O sectarismo BE/PC tem que ser ultrapassado, cada anti-sectário que faça o trabalho na sua casa partidária, em lugar de atirar pedras a quem busca caminhos alternativos.
No Bloco é possível apresentar moções em convenções em que se defende a unidade na acção com o PCP. No PCP é possível discutir isto? E ser eleito para o Comité Central com base nesta linha política?

 
At 6/05/2008 11:47 da manhã, Blogger Isabel Faria escreveu...

Anónimo das 10.53, concordo em absoluto com o teu comentário.
Reitero tudo o que escrevi na Moção que subscrevi na Convenção. A alternativa a Sócrates passa pela convergência da Esquerda. A Esquerda passa, em termos paridários, pela Esquerda do PS, pelo PCP, pelo Bloco, por todos aqueles que se revejam na luta poliíca contra o neo-liberalismo.

O BE tem a obrigação de fazer estas propostas de convergência a todas as forças que possam ser alternativas a Sócrates. Também eu não duvido da resposta do PCP. Mas também eu não penso que isso seja desculpa para não o fazermos.

Agora isso não implica que não considere positivo a convergência que se conseguiu na Terça Feira. Falta-lhe "esquerdas"? Seguramente.
Por isso sempre a considerei um 1º passo. E a coloquei em paralelo com a manifestação de hoje. O que não nos podemos é dar ao luxo de escolher boas e más esquerdas, conforme as controlamos ou não.

Possivelmente nas caixas de comentários, acabamos por nos deixar, em resposta a um sectarismo doentio que por elas se passeia, por nos deixar "contagiar".
Não é essa a minha posição. Nunca acharei que uma alternativa de Esquerda possa dispensar o PCP. Agora também nunca aceitarei que nessa alternativa só caibam os puros, os escolhidos...pelo PCP.

Mas reitero a minha posição: O BE terá que ter a coragem política de desafiar publicamente o PCP para essa convergência. Esse desafio e a resposta a ele serão imprescindiveis para clarificar posições.

 
At 6/05/2008 1:44 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

A alternativa á esquerda não pode dispensar o PCP, diz a Isabel....

Depende é de que PCP fala, dos militantes de base, que nas fabricas , e empresas( quando não são controlados por militantes sectarios), se aliam ao Bloco em lutas comuns?

Da direcção do PCP que se serve do Avante para atacar tudo o que venha do Bloco?

Do Jeronimo de Sousa, que tenta ridicularizar, ou pior menosprezar, o espirito de luta dos militantes do BE?

Do PCP que se alia a tudo o que seja PSD por esse país fora?

Do PCP que é capaz de manipular eleições como o fez em Almada nas ultimas autarquicas, em prejuizo do Bloco?

Do PCP que impede o debate livre, com os seus militantes, e expulsa de forma vergonhosa, como o fez com o velho Barros Duarte da Marinha Grande?

Do PCP dos tais ditos principios, que faz minutos de silêncio ao sinistro Conego Melo?

Do PCP que defende os exemplos de Xuxialismo , de regimes como o Cubano o Chinês etc etc?

Do PCP que transforma as suas Camaras Municipais em agências de emprego de clientelas partidarias?

Do PCP, que quando não consegue controlar qualquer iniciativa unitaria a BOICOTA?

Alguem acredita que o PCP estaria neste comicio, sabendo que homens como Carlos Brito, Jose Manuel Mendes estariam entre os subscritores do evento.

O PCP é vingativo, e pior para esta direcção do PCP , que um militante do Bloco de Esquerda, é um militante do PCP que saia , mas não procure um tacho ou um lugar nos partidos de centrão, PSD-PS.

Eu defendo e já o disse noutro comentario, que lá teremos de ser nós desta vez a engolir um sapo vivo, e a fazer todas as tentativas , para fazer esta compreender a esta direcção do PCP a importancia de uma unidade, na defesa de politicas realmente de esquerda, que possa representar uma alternativa com força, não só através das mobilizações populares, mas tambem de reforço parlamentar.

Mas tenho muitas duvidas do sucesso da iniciativa , até pela falta de principios o oportunismo e sectarismo do PCP, que mais facilmente se alia com o PSD, que com o BE.

 
At 6/05/2008 1:52 da tarde, Blogger José Gil escreveu...

Então a convenção era para se unir a esquerda e ser uma alternativa a Sócrates? Ena!!!

Posso fazer umas perguntinhas?

Se fossem governo qual seria a política económica seguida? E a financeira?

E acham que essa política seria ratificada pela União Europeia ou faziam com que saíssemos da UE e voltassemos ao Orgulhosamente Só?

E já agora onde arranjariam o dinheiro para financiar as vossas políticas sociais? Aumentando a contribuição das empresas e das grandes fortunas é isso?

É que não basta exigir... Convém que se diga como as vamos por em prática e com que meios.

Já agora sou um jovem socialista, filiado no PS que não se revê na figura do Manuel Alegre. Sim sou de Esquerda e acredito que o papel do Estado deva ser reduzido ao mínimo o que equivale a dizer que deve ter o papel de regulador e de legislador. Sim sou contra a privatização de polícia e do Exercito. Mas só disso. Do resto sou favorável, mas com regras e controlo apertados.

É sempre salutar ver duas forças afirmarem-se como verdadeiros Herdeiros da Esquerda esquecida e ostracizada. Trotskismo e Leninismo nunca se deram...

E por último, que a prosa já vai longa, gostaria de deixar uma ideia... Será que a Esquerda em Portugal é igual à Esquerda Europeia?

Só comento desta forma porque considero que este é um espaço verdadeiramente democrático. E como dizia Voltaire "Posso não concordar com uma palavra do que dizes, mas bater-me-ei até à morte para que o possas dizer"

Cumprimentos e bem hajam

 
At 6/05/2008 1:55 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Se vires o que escrevi sabes o que...escrevi.
Como sabes o que vou escrevendo, também sei que sabes o que penso.
Não houve nenhum dos assuntos de que falas, que não tenham tido eco no Troll. Nenhum deles em que não tenhamos denunciado e criticado as posições do PC: desde a vergonha do minuto de silêncio,à vergonha da China a caminho do Socialismo, passando pela vergonha das alianças autárquicas com o PSD ou do sectarismo no Movimento Sindical ou do ataque reles ás comemorações do Maio de 68 ...

Por isso falava em clarificação.
E reitero que a deveriamos forçar.

Porque nas bases, onde lutamos lado a lado com trabalhadores do PC, é necessário que fique claro quem quer o quê. E quem é capaz de abdicar de interesses particulares em prol duma alternativa política de Esquerda.

 
At 6/05/2008 1:58 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Uma coisa é certa.
Tenho a certeza que nunca veremos o Zé Soeiro a fazer minutos de silêncio pelo Cónego Bombista Melo ou votando contra moções que visam impedir a violência no Tibete ou em qualquer lugar do mundo.
É certo que para alguns comunistas custa ver o Bloco com tanta capacidade de renovar, com um jovem tão novo e que consegue levar os problemas das pessoas ao país, com grande capacidade de comunicação e força.
Pode ser que um dia no PCP um jovem com apenas 23 anos de idade consiga ser eleito deputado, se passar pelas burocracias dos corredores do Comité Central a tempo.
O PCP com aquela juventude tão sectária e é do Bloco o jovem mais mediático da política portuguesa. Deve custar.
E deve custar também para os militantes comunistas que neste momento não haja qualquer mulher comunista no parlamento (será por isso que o PCP é contra a paridade?) e que a única que tentou resistir, a Luísa Mesquita, foi expulsa de imediato.
Política, para o PCP, é um assunto de homens maduros.

 
At 6/05/2008 7:32 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Ah pois com essa calam-se.

 
At 6/06/2008 10:20 da manhã, Anonymous Anónimo escreveu...

MAlegre, que respeito mas talvez não admire,( o contrário talvez seja mais real, dado o que sei do passado)parece que recomeçou mal,ou melhor, como ele é mesmo. Então em principio vota sócrates ?!

 
At 6/06/2008 2:28 da tarde, Blogger o castendo escreveu...

Caros Trolls (assim é mais fácil),
1. O PCP não foi convidado para a sessão do Trindade. É um facto. Porquê?
2. Sobre a actividade dos deputados jovens do PCP basta ir ao site do PCP. Ou ao da AR. Por exemplo: aqui em Viseu o deputado (jovem) Manuel Tiago já visitou desde 2005 em trabalho o distrito mais vezes que os 9 deputados do PS, PSD e CDS eleitos. E podíamos falar, como o Daniel Arruda muito bem sabe, sobre qualquer dos outros, Bruno Dias incluído. Sejamos honestos...
3. Desagrada-me que usem métodos baixos sobre a questão do minuto de silêncio (penso que se referem ao cónego Melo). Até porque como sabem, ou deviam de saber, a esmagadora maioria dos assassinados pela rede bombista em causa eram militantes do PCP. O BE entendeu, legitimamente, abandonar a sala. O PCP entendeu, legitimamente, que essa não era a melhor solução. E apresentou uma declaração de repúdio que pode ser lida, quer no site do PCP quer no da AR.
4. Já sei qual é a resposta, mas eu sou militante do PCP desde 19 de Setembro de 1970. Sou membro da DOR Viseu, e do seu Executivo. Editei, em pouco menos de 1 ano, mais de 1 200 posts no meu blog. Nem um só sobre o BE. Esse não é o meu inimigo principal, como, objectivamente, muitas vezes parece ser o caso dos Trolls em relação ao PCP.
5. O que não invalida que pense, e exija, que o debate ideológico, dentro e fora do PCP, é essencial.

Ah, é verdade, e dou sempre a cara, qualquer que seja o blog.

António Vilarigues

 
At 6/06/2008 4:49 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Ainda mais espanto causa.
O bombista Melo matou gente do PCP e o PCP fez-lhe um minuto de silêncio.
É incrível. Seria o Cónego Melo chinês?

 
At 6/06/2008 5:19 da tarde, Blogger o castendo escreveu...

Caro AGUIRRE,
Apesar de não querer dar a cara respondo-lhe. Não seja aldrabão...

Monsenhor Eduardo Melo Peixoto -
Intervenção de Agostinho Lopes na AR - Sexta, 02 Maio 2008
Voto n.º 152/X, de pesar pela morte do Monsenhor Eduardo Melo Peixoto
Sr. Presidente,
Srs. Deputados:
O CDS-PP decidiu apresentar um voto de pesar pela morte do Cónego Melo, e não é certamente a morte de uma pessoa e a dor dos seus familiares e amigos que o Grupo Parlamentar do PCP considera estarem em causa.
O que o PCP contesta é que Grupo Parlamentar do CDS-PP aproveite politicamente esta morte para, nesta Assembleia, provocar a Revolução de Abril.
Seria uma indignidade para esta Assembleia da República, que nasceu com Abril, aprovar um voto de pesar por quem, no momento de ofensiva reaccionária e revanchista contra a jovem democracia portuguesa, que renascia depois de quase 50 anos de luta, de dor, de sofrimento do povo português, por palavras e por obras, esteve do lado dos que tudo fizeram e a tudo recorreram, inclusive ao assalto a centros de trabalho do PCP e ao terrorismo bombista, contra pessoas e bens, provocando vítimas mortais, por quem esteve do lado dos que tentaram pôr em causa a liberdade e a democracia reconquistada, por quem esteve do lado dos que se opunham ao fim do colonialismo e da guerra colonial e dos que tudo fizeram para inverter o rumo progressista e libertador da Revolução de Abril e fazer regressar o País ao passado.
Mas compreendemos que cada partido tenha os heróis que escolhe e que merece, e o CDS-PP escolhe os seus.
Pela luta do povo português contra o fascismo, pela memória das vítimas do terrorismo bombista de 1975 e 1976, por Abril, o Grupo Parlamentar do PCP votará contra este voto.
ou
«Morte do Cónego Melo
PCP contra provocação a Abril»

O Grupo Parlamentar do PCP votou contra um voto de pesar da autoria do CDS/PP pela morte do Cónego Melo. O deputado comunista Agostinho Lopes, justificando a posição da sua bancada, sem deixar de ressalvar não estar em causa a morte de uma pessoa e a dor dos seus familiares, considerou que a iniciativa tinha subjacente o propósito de aproveitar politicamente a morte daquele que «esteve do lado dos que tentaram pôr em causa a liberdade e a democracia reconquistadas» para no Parlamento «provocar a Revolução do 25 de Abril».
«Porque seria uma indignidade para esta Assembleia da República, que nasceu cm Abril, aprovar um voto por quem, num momento de ofensiva reaccionária e revanchista contra a jovem democracia portuguesa (...), esteve do lado dos que tudo fizeram e a tudo recorreram, inclusive o assalto a Centros de Trabalho do PCP e ao terrorismo bombista contra pessoas e bens, provocando vítimas mortais», sublinhou Agostinho Lopes numa declaração sobre o texto aprovado com os votos favoráveis do CDS-PP e do PSD, a abstenção da maioria dos deputados socialistas e o voto contra do PCP, BE e PEV.
O parlamentar comunista lembrou ainda que aquela figura «esteve do lado dos que se opunham ao fim do colonialismo e da guerra colonial», bem como dos que «tudo fizeram para inverter o rumo progressista e libertador da Revolução de Abril e fazer regressar o passado».
Razões de sobra, pois, para o voto contra do PCP. «Pela luta do povo português contra o fascismo. Pela memória das vítimas do terrorismo bombista de 75 e 76. Por Abril».
Artigo publicado na Edição Nº1797 do jornal Avante!

Quer mais? Também lhe arranjo.
Provocações de tipo Pidesco deviam ter acabado a 25 de Abril de 1974 e envergonhar quem as promove...

 
At 6/06/2008 5:28 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Castendo, contigo é sempre um prazer discutir porque colocas as questões sem baixarias e acho que neste blog nunca entrámos por "ondas" menos correctas contigo. Mas se fores ler a caixa de comentários terás de convir que não há paciencia par atanta parvoíce.
Ao que referes:
Não sei porque não foi convidado. terei em sede própria, na próxima Mesa Nacional do Bloco hipotese de ser esclarecido, mas acho que mesmo que houvesse intenção de se convidar o Jerónimo de Sousa com declarações que fez muito antes do anuncio do comício, como por exemplo quando questionado sobre alianças com o BE respondeu que só faz alianças com quem tenha um programa o que não é o caso do BE (citei de cor) estava, e tu sabes bem que quem anda na política já sabia deste comício antes de ele ser publicitado, estava dizia, a auto excluir-se ou a criar lastro para tal.
Quanto ao José Soeiro e para terminar aqui o tema pois não sou seu advogado de defesa, dizer que basta comparar-nos os discursos do 25 de Abril de uma bancada e outra, feita por dois jovens. Deves ter ouvido os dois. E calculo que tenhas uma opinião parecida á minha sobre a diferença entre ambos.
Quanto ao resto são fait divers que eu não vou alimentar.

 
At 6/06/2008 5:29 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

José Gil, tens alguma ideia da contradição que está neste pequeno paragrafo que escreveste:
"Já agora sou um jovem socialista, filiado no PS que não se revê na figura do Manuel Alegre. Sim sou de Esquerda e acredito que o papel do Estado deva ser reduzido ao mínimo o que equivale a dizer que deve ter o papel de regulador e de legislador. Sim sou contra a privatização de polícia e do Exercito. Mas só disso. Do resto sou favorável, mas com regras e controlo apertados."
Um liberal não diria melhor.

 
At 6/06/2008 5:42 da tarde, Blogger o castendo escreveu...

Caro Daniel,
Eu sou comunista desde os 16 anos. Mas só depois de ter lido o Programa e os Estatutos e de ter concordado com o seu conteúdo.
Os comunistas têm um projecto de sociedade, concorde-se com ele ou não. O PS, o PSD, o CDS também têm o seu. O que o Jerónimo de Sousa perguntou já várias vezes, e eu também, foi: «Qual é o projecto de sociedade do BE?». Defender causas avulsas é uma coisa. Ter uma alternativa de sociedade é outra.
Qual é a do BE???

 
At 6/06/2008 6:43 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Castendo, depreendo que na tua opinião o BE vai ter de criar uma cartilha para ser seguida.
Se assim for eu demito-me já de militante.
Acho que o projecto de sociedade não precisa de uma cartilha. Os valores do socialismo são universais e estão muito bem descritos por tantos pensadores que não é preciso cartilhas.
O que as cartilhas provocam são contradições. Como as do PCP por exemplo, e espero que não tomes isto como uma provocação, que por um lado acha que a China sim senhor, mas que não é o que defendem para Portugal. Que acham que a Coreia Sim senhor, mas que não tem nada ver com a China mas que também não é o que se pretende para Portugal. Podiamos continuar nestes exemplos.
O que o BE defende e sempre defendeu desde a sua fundação é um projecto de socialista e popular adequado aos tempos que vivemos. Quando tinhas 16 anos a cartilha não podia ser a mesma que hoje e desculpa-me a franqueza. não me parece que o PCP a tenha actualizado assim tanto.
Dizes que não temos alternativa para a sociedade. Isso é demagogia. Defender os principios dos Foruns Sociais e reger-se por muitos deles, defender que outro Mundo é possível não é um projecto de sociedade? Defender uma sociedade ambientalmente sustentável não é um projecto de sociedade? Defender uma sociedade económicamente mais justa e apresentar propostas e alternativas para o concretizar não é um projecto de sociedade?
Agora volto a dizer. Se estas propostas tiverem de ser postas numa cartilha então não concordo porque num país, Europa e Mundo em mudança não pode haver cartilhas sob risco de acontecer o que tem acontecido ao longo dos anos que á a constante derrota das esquerdas por esse mundo fora.

 
At 6/06/2008 7:14 da tarde, Blogger o castendo escreveu...

Caro Daniel,
Já percebi. Começando pela "cartilha". Compare o Progama de 1965 com o de 2005 e depois falamos.
Não, não é a mesma coisa. A luta de classes existe. O Estado também. Luta-se (parcialmente, digo eu) contra o capitalismo dentro dos Fóruns Mundiais e em tudo o que referiu. Mas como se muda, ou se preferir, como se substitui o capitalismo pelo socialismo? Como o trabalho passa a dirigente do Estado? Como se responde à mais que previsível reacção das classes dominantes?
E que socialismo queremos?
E já que estamos em época de recordar Maio 68 talvez conviesse trazer à baila, digo eu, que Paris acordou um belo dia cercada pelas tropas paraquedistas às ordens de DeGaule prontas a disparar (os CRS - polícia de choque francesa - já não chegavam para as encomendas) sobre operários e estudantes. E digo isto porque teria sido um massacre (ou tem dúvidas?).
Isto para chegarmos à actualidade. Já reparou que o Serviço Militar Obrigatório (tema em que a justa posição do PCP foi literalmente «esmagada»)acabou de um dia para o outro de Lisboa a Vladivostoque (excepção feita ao «bastião revolucionário» da «democrática» Suiça)? Acha que foi por acaso? Em caso de confronto agudo num país qualquer, semelhante, por exemplo, ao Maio de 68, qual vai ser a atitude de forças armadas mercenárias? Ou queremos (o BE) apenas alterações cosméticas tipo (só como exemplo para comparar) social-democracia do início do século XX, em que o capital mantem as alavancas de comando do poder político, económico e militar? Nós somos um partido de alternativa de poder (com outras políticas, diferentes)e não de alternância. E o BE?

 
At 6/06/2008 8:42 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Castendo, ao contrário de ti não entendi. Então para que servem os sucessivos programas aprovados de convenção em convenção. Não serão eles esse programa que se vai construindo passo a passo?
Parecia-me claro que assim fosse.
Fala-me das experiencias passadas de 68. E eu respondo que essa experiencia serve para ser estudada e aplicada quando necessário for. Não consigo conceber que haja programa que consiga responder hoje a essa pergunta de amanhã.
Mais ainda, e se se der ao trabalho, como acho que se dá de seguir a vida das esquerdas fora do PCP deve ter lido o manifesto que eu assinei quando concorremos á direcção do BE em que defendiamos e defendemos a unidade das diversas esuqerdas e o seu porquê. Porque somos diferentes. Porque temos histórias diferentes e vivencias diferentes que assentam numa só base. o Socialismo. Essa pluralidade entroncada nesse corpo sópoderia ser enriquecedora, mas para isso não pode haver um partido dominante, ideia essa contrária ao socialismo. (Só como nota eu sou dos que acho que há diferença entre socialismo e comunismo e não se pode meter tudo no mesmo saco).
Por isso falei na cartilha. Pode ser um problema meu mas eu não vejo que isso possa ser determinante. Se somos todos de esquerda deveriamos saber ver que entre nós tem de haver diferenças. Não só de ideologia mas também de método e concepção mas não deve ser isso a constituir impedimento para que se identifique e bem os nossos adversários políticos. Obviamente que eu terei muito mais em comum contigo, ideológicamente falando e mesmo tendo em conta todas as concepções, do que com alguém do PS ou do PSD. Parece-me ainda óbvio que mesmo com as diferenças temos uma concepção mais parecida um com o outro do que com o PS ou PSD.
O que não nos pode impedir de discordar uns dos outros quando achamos que o devemos fazer. Mesmo á esquerda pode e deve haver divergencias. É a sua riqueza. Mas isso não nos pode distanciar do essencial e é isso que algumas pessoas vêm para aqui fazer e por vezes reconheço que não respondo do melhor modo, mas tu tb tens uma casa aberta e chega a alturas em que não tens paciencia para alguns que lá te aparecem.

 
At 6/07/2008 12:10 da manhã, Anonymous Anónimo escreveu...

realmente tenho de concordar com alguns trolls. a cambada tem razão. se o alegre estivesse no PCP ja teria sido expulso. é que aqui há coerência, principalmente quando se ocupam lugares da (res)publica. exercito só se for na disciplina do trabalho. que pouco encontro em todos os jovens do Bloco que conheço. pequeno burgueses de socialismo interclassista. gostam muito de ser de esquerda e da pseudo revolução (desculpem a afronta. afinal o Bloco já se assume como não revolucionário, apenas anti capitalista - ja alertava lenin para estes perigos de se fazer a revolução sem se revolucionar o aparelho de estado burgues) mas apenas ate isto lhe interferir com as horinhas para fumar as broquinhas... caso contrario nao arrancam para revolução nenhuma.
quanto a Cuba... refiro apenas que é o Pais onde se vive mais. Os médicos e outros especialistas que fizeram o estudo dizem que a alegria do povo (a juntar as condições de saude, educação, etc) tem peso essencial na longevidade. Se calhar sao muito burros e, com o tirano à frente dos olhos, não vêm a tirania... fazem lembrar uns neo-alegristas que ca temos...

 
At 6/07/2008 3:48 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Comunicado dos vereadores do PCP
A gestão do Espaço Público municipal e a cedência da Praça das Flores pelo Vereador Sá Fernandes

Os jornais têm noticiado duas novidades na gestão de Espaços Verdes da responsabilidade do vereador José Sá Fernandes: a primeira, é a cedência pela CML da Praça das Flores para uma realização privada publicitário-comercial de grande aparato e duas semanas de duração (lançamento de um novo modelo de automóvel) a que ridícula e inadequadamente o Vereador chama «parceria público-privada» e a segunda é a perspectiva destas operações se virem a repetir noutros jardins de Lisboa.

Ausência de informação à Câmara

Uma primeira nota negativa deste caso da Praça das Flores é, desde logo, o facto de nem sequer na sessão de quarta-feira passada o mesmo vereador ter informado a CML do que se estava a preparar, sendo evidente que nessa altura todo o negócio estaria ajustado. O carácter discutível da operação, os montantes financeiros envolvidos (150 000 euros), os prejuízos e incómodos causados à população seriam outros tantos motivos que exigiriam a consulta da Vereação, acrescendo ainda que é referida a «recuperação» do jardim pelo concessionário automobilístico, que evidentemente se imporia pelos danos que serão provocados no local.

Uma zona sitiada

Interessa sublinhar que os prejuízos para os munícipes residentes na área são reais: uma praça de grande equilíbrio urbanístico, mas de dimensões relativamente reduzidas, será objecto de enorme espalhafato de movimentações e equipamentos, proibições de acessos, alterações de circulação de pessoas e viaturas (incluindo transportes públicos), instalação de aparelhagens sonoras, até mesmo dificuldades no acesso ao comércio local, nomeadamente a farmácia ali existente.Acrescente-se que não foi dada qualquer informação aos habitantes e comerciantes da área, muito menos a questão foi com eles discutida, nem pela Câmara Municipal, nem sequer pela Junta de Freguesia das Mercês, de resto, discutível participante no negócio. Tudo isto se passa exactamente quando a CML mantém sobre taxas de ruído e de ocupação de espaço público um absurda conflito com as colectividades populares organizadoras dos arraiais populares tradicionais de Junho, pondo em muitos casos em causa a sua realização.

Posição dos Vereadores do PCP

Os Vereadores do PCP questionam este modelo de gestão e levantarão esta questão na próxima sessão de Câmara, embora em tal momento a operação publicitária esteja concluída (o que, relacionando com o silêncio do Vereador Sá Fernandes na última reunião, não deixa de ser significativo). Das conclusões a que se chegar e das decisões que a realidade venha a aconselhar, os Vereadores do PCP darão público conhecimento – e em especial aos moradores afectados – tendo em vista que, abusos de poder deste tipo e a utilização dos espaços verdes da Cidade em operações de carácter privado e de mais que duvidosa legitimidade e relevância para o interesse público, se venham a repetir.»

 

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