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sábado, março 14, 2009

Sem título


Entre os teus lábios
é que a loucura acode,
desce à garganta,
invade a água.

No teu peito
é que o pólen do fogo
se junta à nascente,
alastra na sombra.

Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.

Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio.

Deita-te comigo.
Ilumina meus vidros.
Entre lábios e lábios
toda a música é minha.
Eugénio de Andrade

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At 3/14/2009 11:48 da tarde, Blogger gui castro felga escreveu...

lindo. beijinho!

 
At 3/15/2009 11:24 da manhã, Blogger Isabel Faria escreveu...

Miss Red, obrigado. Ontem ao chegar a casa, só aquele poema do Eugénio e um campo de...pensées (prefiro mil vezes o nome em francês...em português chama-se nome de coisa que, por mais que queiramos acreditar...sabemos que não podemos acreditar...que exista!), conseguia transmitir o que sentia. Ok, sinto! E o bem que isso sabe.
Outro para ti.

 

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