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quinta-feira, abril 16, 2009

A crise tem as costas largas

Abrimos o JN on line e lemos este título: "Mais de um milhão lê o JN".

Depois vamos por aí adiante e vemos o artigo afirmar que o JN foi o lider de audiências em 2008. Continuamos a seguir o artigo e lemos que foi o jornal que mais cresceu no 1º trimestre de 2009. Continuamos a ler e chegamos à parte em que se diz que o JN lidera o segmento da publicidade e que a publicação dos suplementos semanais que acompanham o jornal, teve um crescimento considerável.
Chegamos ao fim do artigo e entendemos, finalmente, o que levou ao despedimento de 120 trabalhadores...obviamente, a crise!

E venham-me lá chamar demagogia às propostas que as empresas com lucros não deviam poder despedir...ou deveriam ser exemplarmente penalizadas se o fizessem.
Ou então explicar-me de quem é a responsabilidade se uma empresa cresce, como a própria reconhece, se não houver lucros? De quem gere ou de quem trabalha e lhe permite crescer?
E a filha da puta (sorry!!) é a crise!!!

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At 5/06/2009 1:15 da manhã, Anonymous Anónimo escreveu...

Cara Isabel:
Desculpar-me-ás por certo aquilo que cá vou escrever e que vai completamente contra essa ideia absurda e ridícula que saiu da última convenção do bloco de esquerda (aliás quer-me parecer que o Francisco Louçã anda muito mal assessorado) e passo a explicar:

No início de Fevereiro foram anunciados 193 despedimentos na corticeira Amorim, cujo capital é maioritariamente detido por Américo Amorim, o homem mais rico de Portugal.
O bloco aproveitou a onda para lançar essa ideia de sarjeta de que "quem tem lucros não pode despedir", acontece que logo na altura achei a ideia ridícula, já que abria uma perigosa abévia ideológica: "então quem não tem lucros já tem legitimidade e moralidade para despedir?"

Acontece que essa ideia básica e absurda serviu de mote para lançar uma cruzada contra o Américo Amorim por parte do BE. o BE podia ter atacado o Américo Amorim por outras formas e com outros argumentos, nomeadamente pelo incumprimento de algumas obrigações que decorriam dos contratos de investimentos realizados com o estado Português. Mas não, o BE preferiu ir pelo lado mais demagógico e populista, se calhar aquele que mais empolgou os aderentes na V convenção.
Resultado disto tudo, a corticeira Amorim vai apresentar na 6ª-feira os resultados do primeiro trimestre deste ano - prejuízos no valor de 5,3 milhões de euros.
Significa isto que caso a proposta do bloco fosse seguida à letra, o mesmo bloco de esquerda que se mostrou indignado (e bem) pelos despedimentos feitos na corticeira Amorim e na defesa dos seus trabalhadores, teria agora que se vergar à vergonha e de se expor ao ridículo, já que teria que considerar os despedimentos na Corticeira como legítimos, uma vez que a empresa não apresenta lucros.
Eu por mim e ao contrário daquilo que pensam o Louçã e muitos dos seus acólitos, continuo a achar que a validade argumentativa de uma empresa para despedir um trabalhador não se pode nem deve resumir a uma questão de lucro ou de conjuntura económica, por isso é que sempre achei ridícula esta ideia de quem tem lucros não pode despedir, então e quem não tem lucros já pode? O que é mais importante lançar estas verborreias estratégicas a pensar no partido, ou ser ponderado e pensar verdadeiramente nas pessoas e nos trabalhadores que diariamente são afectado por situações de despedimentos feridos de licitude?
Era perfeitamente inusitado ter que engolir este sapo...

Nota: Cada vez me identifico menos com este tipo de postura irresponsável dentro do BE.
A conjugação das diferenças não pode significar que a rainha atira para os pés e as formiguinhas enfileiradas vão embevecidas bater palmas.

Cumprimentos e peço desculpa por este longo desabafo.

 

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