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segunda-feira, maio 11, 2009

Sou Português, sou Aficionado, sou dos Toiros

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Parece que na abertura oficial da temporada de toiros a contestação, a bagunça e a confusão instalou-se outra vez, á semelhança do que aconteceu a temporada transacta. Com uma pequena diferença. É que estamos em ano eleitoral e os políticos resolveram meter-se no meio da confusão. Estão no seu direito. Há por aí gente que de tão frustrada não consegue resistir a uma boa palhaçada.
Não vou aqui por de novo a minha posição sobre as touradas. Já o fiz por duas vezes e pelos vistos no início da próxima temporada teria de o fazer outra vez pelo que não tenho paciência. A minha posição será demonstrada ao longo dos próximos 6 meses cada vez que me deslocar a uma praça de toiros. Sem gritarias nem histerismos que têm marcado cada realização taurina, cada vez que estas se realizam, seja em que sítio do país for por parte dos Anti Touradas. Com duas ou três excepções. Parece que há pessoas com medo de ir à Moita ou ao Sobral ou mesmo a Alcochete. Será que ali há "aficion" demais para protestar? Já não perco tempo para me insurgir contra aqueles que me querem tirar o direito de ir ver um espectáculo. Sim porque é disso que se trata. Se não sabem o que envolve uma Tourada, azar o deles.
Sou Português, sou Aficionado, sou dos Toiros num país tão pequenos onde as diferenças só se respeitam se foram políticamente correctas e isso custa-me. Custa-me ainda mais no caso dos toiros quando vêm de pessoas que de tão nobre animal apenas conhecem os bifes ou as costoletas. Nunca sentiram o bafo desse bravo animal no seu rosto, nunca o olharam de frente antes de uma pega ou nunca sentiram a lealdade com que esse animal nos trata. As cornadas fazem parte tal como os pisões. Como fazem as farpas. São tudo feridas que se curam, quer no homem quer no animal. Aos que criticam deixo uma ideia. Fazem-se por fim de semana dezenas de tentas de toiros em todo o país. Fazem-se no Verão outras tantas largadas. Entrem numa. Enfrentem o animal. Brinquem com ele. Sintam-no. Nada de sangue ou de espetar seja o que for. Sintam apenas o animal. Olhem-no nos olhos e se tiverem coragem peguem-no. Se tiverem quem vos explique, peguem num capote e deem-lhe alguns lances e sintam-no a passar perto de vocês. Se depois disto a a vossa opinião não mudar não sei mais o que dizer.
Não há nenhuma pessoa que tenha mais respeito, e até amor, pelo Toiro de lide que os aficionados.
Sim, sou Português, sou Aficionado, sou dos Toiros e não tenho vergonha nenhuma, muito pelo contrário.

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23Comenta Este Post

At 5/11/2009 9:08 da tarde, Blogger FURA FURA escreveu...

Sou português, não aficionado e sou pelos toiros.
A minha avó, natural de Zamora Correia e grande aficionada pelas touradas, cedo me levou a assistir a este espectáculo medieval.
Uma prima minha, em segunda ou terceira grau, recentemente falecida, foi a primeira ou umas das primeiras cavaleiras que existiram em Portugal. As minhas férias foram em moço passados neste mundo de campinos e touros, mas cedo eu me apercebi da crueldade do “espectáculo”. Por isso considero-me um pouco dentro desta “festa Brava”, que de brava não tem nada.
A valentia do toureiro é muito relativa, é muito desvantajosa para o touro. Enquanto uns se apresentam na arena com uns instrumentos de ferro (farpas), o touro tem a sua arma de defesa embolada.
Para os menos entendidos na matéria, embolar significa pôr embolas (armações de couro e metal) nos cornos dos toiros, para estes não ferirem os toureiros.
Por outro lado o touro encontra-se num ambiente hostil, habituado a pastar livremente nas lezírias, é colocado num recinto fechado e cheio de gente aos gritinhos.
Para não me alongar mais, SIM SOU PELA PROIBIÇÃO DAS TOURADAS, (desculpa lá avozinha) e de todas as formas de tortura de animais como forma de espectáculo.
Para quem me conhece, não sou nada politicamente correcto, mas touradas em pleno século XXI é demais.

 
At 5/11/2009 10:47 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Fura, o mal destas discussões é que são sempre inquinadas. Num espectáculo taurino existem touros embolados e outros que não são. Eles só são embolados quando envolve forcados, por motivos óbvios. Porque não é suposto matar o forcado tal como no mesmo espectáculo não é suposto matar o toiro. Este não é em Portugal, um espectáculo de morte (se formos para Espanha, México ou França as coisas são diferentes) Como disse no post. O homem pode-se aleijar mas são feridas que saram. Tal como o boi. Se conheces um pouco de tauromaquia sabes que isso é verdade. Todos os toiros depois de lidados são observados pelo veterinário da praça, medicados, tratados e enviados de volta para as pastagens para serem usados como cobridores se tiverem sido bons na praça e para carne de venda ao público se tiverem sido maus. E como sabes no talho não se vende carne sujeita a febres, infecções ou outras maleitas que poderiam ter vindo de uma tourada. A unica causa que leva ao abatimento (nunca em público) do animal é ele partir uma pata o que eu em 35 anos de vida e muitas touradas vi acontecer uma vez.
Por outro lado se falarmos em farpas convem contar tudo. Á semelhança de outros animais o toiro de lide, que não se esqueça é uma raça criada especificamente para este efeito, e que nem sequer é comercialmente rentável para alimentação humana, tem uma camada debaixo da pele que é muito pouco sensivel. Sangra de facto, o que retira força ao toiro, mas a dor que lhe causa é relativa. Se te deres ao trabalho de consultares o site da associação de veterinários verás isso. Causa incómodo. Por isso as farpas com mais de 2cm foram banidas dos espectáculos taurinos, sendo que dos 2cm nem toda fica espetada. Como poderás constatar a dor no animal e a tortura tão falada também é relativa.
Por fim o ambiente hostil. Sabias que o Toiro de lide é menos perigoso para o homem no seu ambiente natural do que na arena. Como vez não é para facilitar certamente. Por isso é que se instaurou a regra do silencio nas arenas, que infelizmente está a cair em desuso nesta nova geração. Daí o famoso olé a acompanhar os bons passes nos toureiros, porque é um som que não "fere" o toiro.

Espero que não continues a cometer o erro de para defender o fim das touradas só contes meias verdades pois isso inquina as discussões. Eu como aficionado dou o direito a todos de não gostarem e de não irem lá. Não devem nunca é usar verdades deturpadas para justificar as ideias.

 
At 5/11/2009 10:48 da tarde, Blogger cicuta escreveu...

Pois é acabas de descer bastante pontos na minha consideração. Quem é capaz de torturar tão nobre animal, sim eu já contactei com eles e com os seus irmão mais mansos, como dizia o meu avô materno não pode ter "bons fundos", esse mesmo avô camponês e criador de gado que me repreendia sempre que eu judiava com umas vacas (rabeando) ou atava latas a gatos.
Está descansado nunca irei às proximidades de uma praça de touros protestar, fico-me por nunca me aproximar e esperar que o processo civilizacional avance mais ou pouco. Também sou de família de toureiros (de Lavre) pela parte do meu pai e peço desculpa à sua memória, mas já chegamos ao Sec. XXI e eles compreenderam.

 
At 5/11/2009 10:53 da tarde, Blogger Gregório Salvaterra escreveu...

Brilhante! Até fiquei a imaginar-te de trajo de luces e bandeira vermelha, quiçá, benzendo-te antes de uma faena. A afición é uma coisa linda! Nunca senti, mas imagino que deve ser uma coisa assim como a comichão nos...
Fique claro que sou antiproibicionista e isso também significa opôr-me a que se proíbam as touradas. Esses são outros. A minha recusa tem a ver com os valores associados a essa actividade.

 
At 5/11/2009 11:03 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Pois Cicuta, é um tema que me leva a perder pontos com muita gente. Mas sou assim. Não me refugio no políticamente correcto.
Gosto de matanças de porcos (juntamente com familiares e amigos) á facada para depois poder comer o courato. Mesmo sabendo que os guinchos do porco são fortes.
Gosto de ir a casa dos tios comer coelhos mortos com a pancada atrás das orelhas mesmo sabendo que pode acontecer eles não morrerem á 1ª.
Não sendo caçador não me choca o direito que as pessoas têm de caçar em espaços para o efeito com animais criados para o efeito.
Enfim um sem número de coisas que não se devem defender.
O que me custa compreender é uma coisa que ainda ninguém me conseguiu explicar. Porque é que é esta fixação com os toiros de lide que se extinguiriam se acabarmos com as touradas e não há chatisses com a columbófilia que comprovadamente enche os pombos de drogas para as provas. Porque é que é que nao há manifestações á porta dos hipódromos nas corridas de velocidade quando é comprovado que os métodos de treino para estes desportos é escandaloso e torturante. Porque é que não proibimos os espectáculos circences com animais. Porque é que não proíbimos o fabrico e consumo de camisas de seda pois são necessários cerca de 500.000 de bichos por cada camisa feita.
Porque não proíbimos o abate e consumo de carne de frango dadas as formas de funcionamento dos mesmos pois 1º os bichos são passados por água a ferver para ser mais fácil tirar as penas e depois é cortado o pescoço, processo esse que por vezes falha e os frangos são pendurados vivos para sangrarem até á morte.
Podia aqui continuar com verdadeiras formas de tortura a animais reconhecidas pela sociedade e de nenhuma delas a tourada sequer se aproxima.

 
At 5/11/2009 11:14 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

JjS, por acaso nunca me verias de traje de luces, mas poderias ver-me de capaote na mão. Há algum tempo que não o faço mas nunca me negaria a uma boa tenta de touros, onde ao contrário do que dizem não há embolamentos.
Quanto ao benzer, não aconteceria. Se me acontecer alguma coisa ou não, só da minha habilidade e sorte depende, e não de alguma instrução divina.
Quanto á comichão nos ditos o mais perto que senti foi a dor de um bicho com aquele tamanho me acertar lá. Será que posso dizer que já senti a comichão da aficion?

 
At 5/11/2009 11:39 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

O que pensa o Daniel Arruda da corrida com picadorees que parece se tenta de novo introduzir nos Açores ?

Esta questão das toiradas é vista consoante o local onde nascemos, a educação que tivemos, a visão cada um tem da chamada festa brava,

Julgo que quer os defensores, quer os detractores, tem os seus pontos de vista, que são de respeitar.

Eu por exemplo das toiradas tirando a parte a cavalo e as pegas, o resto não me motiva minimamente.

E abomino a corrida com picadores, uma forma de esfraquecer o toiro, para que ele possa ser lidado pelos toureiros a pé , já com o animal bastante debilitado.

No entanto parece-me manifestamente exagerada esta campanha contra a festa brava.

Há regiões do nosso país em que a tradição está enraizada, e parece-me uma atitude pouco democratica tentar proibi-la.

Entendo no entanto que em zonas do país onde não existe minimamente essa tradição, é natural que as populações locais não apreciem minimamente essse tipo de espectaculo, e que só questões de lucro levem promotores tentar a fazer toiradas nesses locais.

Faz lembrar a situação ridicula de umas toiradas que há anos se realizaram em Macau, que para não indispôr a população chinesa e chamar mais publico, as farpas parece que em lugar de metal tinham ventosas nas pontas.

Isto é prostituir a festa.

 
At 5/12/2009 2:07 da manhã, Blogger Vera Luísa escreveu...

Pois é Daniel, mas se gostas tanto de ser o touro, de sentir a vida do touro, que tal não andar tormentá-lo com prisões, restrições, transportes, maus tratos, cortes, picanços no bicho...

Se queres ser valente podes sê-lo de várias maneiras. Podes escalar uma montanha, correr uma maratona, entre muitas outras. A diferença é que podes ser valente não colocando outro animal em sofrimento. A maneira como tratamos os outros seres (seja lá o teu amigo, colega de trabalho, seja o touro) define-nos muito, eticamente, enquanto pessoas.

Eu não me refugio também no politicamente correcto.

 
At 5/12/2009 2:25 da manhã, Blogger Vera Luísa escreveu...

Só mais um comentário. Peço desculpa, mas de facto cometi o erro de não ler a linha de comentários feitos e as suas respostas.

Dizer que a dor de outro ser vertebrado é relativa, para amenizar preocupação que as pessoas (muito naturalmente) têm em relação ao bem-estar desse animal, não só uma insensibilização como é completamente verdade. De facto, no que diz respeito à dor dos toiros não existe um consenso assim tão grande na comunidade veterenária.

A questão aqui para mim é que exploram o bem-estar do toiro, magoam-no contra sua vontade (ele com certeza que não quer ser transportado para ali, para ser picado e sujeito a ser massacrado), para que umas pessoas se considerem valentes, e outras pessoas a divertiram-se muito com as "emoções". é uma questão ética, no fundo.

 
At 5/12/2009 2:29 da manhã, Blogger Leal Franco escreveu...

Daniel, como dizia um amigo meu alentejano , não serve para nada a gente ter opiniões parvas a nosso respeito. Não adianta nada.
COntinuo a ser teu amigo e camarada. Mas esse é um problema teu. Que por acaso não ajuda nada os touros ou outros animais nas mesmas circunstãncias.
As razões que levam uma pessoa a gostar dessas coisas têm explicação, não desesperes.

 
At 5/12/2009 9:29 da manhã, Blogger Isabel Faria escreveu...

Há muito que desisti de discutir este tipo de questões com o Daniel...
Nasci numa terra de touros. Felizmente, não de touradas. Nunca assisti a uma tourada. Os donos dos touros eram os donos das terras, os latifundiários. Antes de qualquer outra analise ser contra as touradas sempre me surgiu como uma questão ideológica e de classe.
Há os senhores e os escravos.
Sejam eles os donos dos touros e os campinos que os tratam...ou os toureiros e os touros.

Ao longo do tempo surgiram as outras questões. Mas, sinceramente, para o que 1º perdi a paciencia foi para o marialvismo bacoco e reaccionário que estava por detrás da Festa Brava.
Quem nasceu no Ribatejo sabe do que falo.

 
At 5/12/2009 11:59 da manhã, Anonymous Pedro Tarquínio escreveu...

Uma arena com um touro a ser maltratado e sangrado com pessoas a aplaudir e a delirar perante isto não pode ser chamado espectáculo, mas sim um acto cruel.
É a minha opinião.

 
At 5/12/2009 5:58 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Anónimo, concordo com o que diz de nas terras onde não existe a tradição dos toiro (que não se resume apenas ás touradas) não se realizem espectáculos taurinos. È um contrasenso. Por exemplo em espanha não vê touradas no norte, ou pelo menos em muito menos terras que no sul. É uma questão de tradições e de culturas. Tal como em Portugal. A norte só me lembro da póvoa de Varzim que tem tradição e a Figueira d afoz, se considerarmos a figueira norte.

Quanto ás corridas picadas. É basicamente o mesmo que em relação aos locais. Portugal não tem tradição de corridas picadas que são invariavelmente corridas com toiros de morte. Portanto não as deverá haver em Portugal. É a minha posição. Não quer dizer que não haja em Portugal quem a veja. Basta ir ás festas de Badajoz, olivença ou outra qualquer cidade ou vila fronteiriça para ver a quantidade de portugueses que todos os fins de semana se deslocam lá.

 
At 5/12/2009 6:20 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Vera Luísa, concordo quando diz que não há consenso. É um facto. A questão que eu queria pôr e vem no seguimento dos comentários é que uma verdade pode ser defendida tal como o oposto.

Agora quanto á valetia. Não se trata de valentia nenhuma. Trata-se adrenalina quanto muito. Se quiseres vê os vídeos a seguir (garanto que não há sangue de toiro, nem picadas, nem ferros..)e diz-me. Alguém que enfrenta assim um animal de 500Kg é pela valentia?

http://www.youtube.com/watch?v=KV9oppUcGIA

Alguém que faz o que podes ver no vídeo a seguir a toiros em pontas (garanto que não há sangue de toiro, nem picadas, nem ferros..)é porque está a torturar um animal?

http://www.youtube.com/watch?v=t7xA5N4IHzQ&feature=related ~

Ou então neste vídeo de um grupo de forcados (se não quiseres ver tudo peço-te apenas que vejas os 15 segundos seguintes ao minuto e 27 e diz-me se não há ali uma luta leal.

http://www.youtube.com/watch?v=8I4-iW8wmBM&feature=fvsr

Por fim, não se trata de uma qustão ética. A realidade é que nunca se discutiu a qustão dos Toiros que vai muito para além da visibilidade das touradas. Há argumentos nos que não a defendem que eu respeito e aceito, mas a realidade é que uns e outros não querem ouvir os argumentos da outra parte.
Eu respeito o animal, disso podes ter a certeza.

 
At 5/12/2009 6:22 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Leal, temos uma opinião demasiado diferente neste tema.
Já agora pensaste que podes ser tu a ter um problema? Ou será que a verdade de uns é superior á verdade dos outros.

 
At 5/12/2009 6:24 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Isabel, levantas aí outras questões que como dizes já discutimos.
Temos aí uma diferença de opinião que acho até saudável pois acho que entendemos o que cada um pensa.
Quanto ao Marialvismo acho que faz falta. Se lhe retirares toda a carga e já agora as atitudes negativas.

 
At 5/12/2009 6:24 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Pedro tarquínio, é a tua opinião. Repseito-a mesmo não concordando.

 
At 5/12/2009 10:29 da tarde, Blogger cicuta escreveu...

Parem lá com isto deixem passar o tempo, que o progresso civilizacional resolverá o assunto.

Vamos lá desancar no sr. pinto de sousa, olhem lá, por exemplo, alguém pressionou para proteger o sr. e ele não tem nada a ver com isso...

 
At 5/12/2009 11:38 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Estou a guardar esse para amanhã pois ainda não li o que os relatórios ou as conclusões dizem.
Mas descansa que esse não passa se ser falado.

 
At 5/14/2009 6:57 da tarde, Blogger Leal Franco escreveu...

Daniel
Eu tenho muitos problemas. Mas não tenho esse. Quando à questão da verdade de uns ser superior à verdade de outros é bem óbvia! Caso contrário ninguém poderia ter razão. Ninguém poderia ser verdadeiro! Repara bem nos teus argumentos: então, por exemplo, ser de esquerda é o mesmo que ser de direita?

 
At 5/14/2009 8:53 da tarde, Blogger Vera Luísa escreveu...

Daniel, eu ouço desde que sou pequena argumentos vários para se gostar de touradas. Por exemplo, quando entrei há uns anos no Instituto Superior de Agronomia, fartava-me de ouvir argumentos dos aficionados. Exactamente como disse, a verdade pode ser defendida, tal como a mentira. Eu vou um pouco mais além: um acto qualquer pode ser defendido, ou "atacado".

O que eu "ataco" aqui é a opção deliberada de apanhar "shots" de adrenalina colocando um animal numa arena contra a sua escolha, para fazer uma série de coisas que (independentemente da razão mais romântica e mais cultural que leva qualquer pessoa a tourear, ou a gostar de participar de algum modo em touradas), em última análise fazem sofrer um touro!

É sim, uma questão ética de tratar um ser com respeito e dignidade, deixando ter direito a viver em paz e com bem-estar não só uma boa parte da vida, como em TODA a sua extensão de vida.

A realidade que eu conheço, é que existem muitas razões para as pessoas fazerem o que fazem, em qualquer aspecto da sua vida. Acho que razões há muitas, umas mais válidas que outras, está claro, mas fundamentalmente é necessário que essas razões tenham uma base ética. é o que faz algumas pessoas não boicotarem marcas de produtos, é o que faz algumas pessoas alterarem os seus estilos de vida, é o que faz milhões de pessoas marcharem por direitos sociais.

É fundamentalmente uma escolha ética de tratamento em relação à tourada. É uma escolha que o Daniel não faz, com as razões todas que apresentou. Eu comento no seu blogue apenas para lhe dizer que pode estender o seu conceito de respeito e sensibilidade para com um animal, que até gosta muito, e pensar em não participar de uma coisa que o prejudica (ao animal). :]

 
At 5/15/2009 11:48 da manhã, Anonymous Tárique escreveu...

Parece que na Moita, lugar de uma rica e bela cultura tauromáquica, é comum enfiarem um barrote no cú do toiro nas largadas.

E o "bravo, leal e digno animal" lá anda pelo meio dos bêbedos, todo torto e em agonia, com um barrote pendurado do cú.

 
At 5/15/2009 11:49 da manhã, Anonymous Tárique escreveu...

Desconfio sempre dos princípios éticos e formação psicológica de quem se dispõe a maltratar um animal por puro entretenimento.

De quem se diverte a causar sofrimento e dor a um ser vivo.

 

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