Pontos finais

Ponto prévio: este será o meu último post sobre o assunto.

Ponto nº 1: Acabei de recusar a publicação de um comentário anónimo de um bufo.

Ponto nº 2: Não publico comentários, anónimos ou não, de bufos.

Ponto nº 3: Nas imagens que correm pela Net não se vê o meu camarada Délio a agredir Vital Moreira. Vê-se o Délio a vaiar o Vital Moreira.

Ponto nº 4: Quando, na manifestação do 1º de Maio, passei pela sede do PS na A. Reis, assobiei e vaiei. Não considero que tenha cometido algum crime ou algum acto anti-democrático. Manifestei a minha indignação pelas políticas deste Governo.

Ponto nº5: Se, levada porque sentimento fosse, tivesse agredido alguém, em nome do que quer que fosse, reconheceria ter cometido um erro. Passoal, ou no, caso, pessoal e político.

Ponto nº 6: Se tivesse visto algum camarada de Partido a fazê-lo, criticá-lo-ia por o ter feito.

Ponto nº 7: Não vi. Nem na manifestação nem nas imagens.

Ponto nº 8: A delação parece-me um crime hediondo. Falar sob tortura faz parte da condição humana. Dalatar, é nojento, obsceno, repugnante. Quando se teve camaradas de Partido e, talvez, familiares e amigos, que foram torturados para falar e resistiram, ainda deveria ser mais vergonhosa a delação.

Ponto nº 9: Conheço o Délio há muito tempo. É meu camarada de Partido, meu camarada de Moção, companheiro de muitas viagens.

Ponto nº 10: Se tivesse visto o Délio a cometer qualquer acto que considerasse errado, teria sido a primeira pessoa, a chamar-lhe a atenção. Porque somos companheiros de muitas e muitas viagens. E isso traz-me obrigações.

Ponto nº11 - Sinto um grande conforto em estar num Partido em que, apesar de ter a certeza que muitos de nós devermos ter reconhecido pessoas naquelas imagens, ninguém ter caído na tentação de as identificar.

Ponto nº12 - Sócrates está de parabéns.

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Ponto final com destinatário: para além de mantermos a pré-aprovação de comentários gostaria de aqui deixar claro o seguinte:

Há pessoas que não são bem-vindas a este Blog. Até podemos autorizar os seus comentários, mas isso não muda nada. Não são bem-vindas. Ponto.

Nunca aceitei viver a vida em compartimentos estanques. Política num lugar. Afectos no outro. Razão num compartimento. Emoção no outro. Talvez seja incapacidade mas não sou capaz.

Assim, faz-me imensa confusão abrir a minha casa a pessoas que conheço, que já olhei, possivelmente já falei, com quem já compartilhei espaços e momentos e a quem perdi todo o respeito.

Penso que não preciso de citar nomes. Incomoda-me ter que o fazer. Mas sei que me entenderás. Não és bem vindo ao Troll. Agradecia-te que tentasses esquecer onde moramos e que nos poupasses à tua presença. Obrigado.