Com destino
Se não tiver medo de me picar no tojo. Nem de ter que experimentar caminhos. Nem de encher os pés de areia. Ou eles nela ficarem enterrados. Ou presos. Se não me assustarem as alturas. Nem os bicharocos que o calor costuma trazer. Insectos e lagartixas. Nem tiver medo de me enganar nos caminhos e ter que começar tudo de novo. Com tojo e sardaniscas. Se souber saltar as pedras. Ou desviar-me delas, quando a força faltar. Se souber esperar pelas folhas novas das árvores ainda despidas. Ou aceitar que as folhas não voltam e que as árvores, mesmo despidas, continuam de pé. Se souber ser paciente e esperar que a maré vaze. Ou encha. Ao fundo estás tu.
Etiquetas: Isabel Faria
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Lindo escrito e lindíssima fotografia, gostei!
Ainda bem, José. Às vezes sinto tanta falta do Mar que não resisto a escrever-lhe!!
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