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quinta-feira, outubro 18, 2007

A Nossa Escolha

A Nossa Escolha de hoje, é , apenas(?) uma escoha de música e palavras e poderia ser a escolha de um outro qualquer dia. Ou de todos os dias.
O pretexto é porque hoje falei do Zé Mário. E a conversa e a companhia me souberam muito bem.
Não tenho mais nada a acrescentar.

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4Comenta Este Post

At 10/19/2007 7:38 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Estimada Isabel: José Mário Branco é, junto de Zéca Afonso, o cantor intervencionista de maior peso cá no rectângulo.

Como sabe, não sei operar a música aqui no computador, mas o simples facto de se referir a ele, obriga-me a intervir para o elogiar e lhe prestar a minha homenagem.

JMB surgiu em disco em Portugal em 1972, julgo que com o álbum "Mudam-se os Tempos, Mudam-se as vontades" (ou então, o "Margem de certa Maneira", já mão me recordo bem, o segundo de 1974).

Era uma coisa...com muito boas letras e muito boa música. Ele vivia em Paris e no primeiro trabalho as letras eram de outro Grande: Sérgio Godinho.

Confesso-lhe que ainda hoje, passádos 40 anos, quando oiço "Vamos Indo por Terras de França", que considero um hino aos emigrantes pobres portugueses, sinto a pele dos braços a engelhar-se e as paredes a abanarem.

A canção "É companheiro!" representa o máximo da solidariedade entre os desprotegidos e de quem está só nas suas convicções.

E a canção da mãe sobre os dois filhos tão diferentes ("...não foi para isso que andei, a lutar para ter, a justiça como lei..."), apesar de ser uma poesia algo Brechtiana ("As Espingardas da Mãe Carrara"), tem um padrão de mágoa íntima inigualável.

As letras do segundo album, que já são todas de JMB, têm um carácter interventivo mais acentuado.

Penso que o país politico ainda não reconheceu plenamente o valor de JMB, quer como músico, quer como lutador pela democracia.

Digo eu...

Saloio

 
At 10/19/2007 8:37 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Saloio, mas conte-me lá essa de não saber operar música. Você não tem um PC normal (ai, que ainda me caem todos em cima e pensam que os estou a atacar...)? Não tem colunas?
Se tem colunas e é normal, você carrega na bolita e o quadradinho do cravo, neste caso, continua com o cravo mas dá musica...só precisa de verificar se tem o som do dito PC, no caso de ser normal e ter colunas, ligado e vai ouvir o Zé Mário!!!!

Concordo com a sua análise em relação ao JMB. E também gosto muito das suas músicas mais interventivas e mais recentes, do após 25 de Abril. Vá lá meta o som disso a funcionar e eu prometo descobrir o Eu vim de longe, o FMI...ou um dos tempos do GAC..sei lá " A cantiga é uma arma", por exemplo

 
At 10/20/2007 9:14 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Estimada Isabel: o meu computador não tem colunas...devia ter???? E olhe que não é muito antigo, tem uns 6 anos.

Quanto à canção, se é "Eu vim de longe...", vi-a em estreia no Coliseu há uns 20 anos. Foi a apoteose de um espectáculo emotivo, em que uns 5 mil assistentes cantou com o JMB, que explicou antes o refrão, e fomos acompanhados pela Banda Musical da Carris.

Apesar de eu o e meu grupo sermos simpatizantes de outras cores políticas mais soft, gritámos todos a plenos pulmões que nos fartámos.

Melhor que esse espectáculo, só o "1º Encontro da Canção Portuguesa", também no Coliseu mas em Março de 1974, antes de Abril...e com a PIDE a assistir - mas disso vou-lhe falar noutra altura.

Quanto às colunas ...vou saber se alguma das minhas galinhas sabe por som nisto.

Digo eu...

Saloio

 
At 10/22/2007 8:44 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Então Saloio, já tem colunas ou não tem colunas???
Estou à espera da ajuda das suas galinhas para colocar ali o Eu vim de longe. Pode-lhes pedir que se mexam, por avor??!!

 

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