Notas sobre o Congresso da CGTP - II
1 - A CGTP decidiu mais uma vez pela não integração na CSI e mantém-se, assim, orgulhosa e teimosamente, só. Presumo que os dirigentes da CGTP falarão em coerência.
2 - O Conselho Nacional da CGTP foi eleito com mais de 95% dos votos. Presumo que os dirigentes da CGTP falarão em vitória da unidade.
Etiquetas: Isabel Faria
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A Maria Aiveca não pode intervir, porque havia muitas inscrições.
Pareciam titeres, comandados por controleiros, e foram muito poucos , os que se atreveram a discordar , do discurso oficial.
Foi penoso ver os bonzos do sindicalismo do PCP, com tacho garantido,a falarem sobre as dificuldades da vida, coisa que nenhum deles sente, pois têm ordenado garantido no final do mês, ou como diz o povo, falam dos pobres com a barriga cheia.
Em suma mais uma encenação do PCP, com uma distribuição de migalhas ás correntes ditas minoritárias, com uma limpeza de algumas vozes incómodas ( Florival Lança por exemplo),dentro do próprio partido.
Até quando a esquerda vai continuar a alinhar nestas missas...
Anónimo, há um ano apresentei dentro do Bloco, um documento, assinado por mim e pelos dois amigos e camaradas que comigo fazem o Troll, num Encontro do Trabalho do BE, em que a dada altura escreviamos, referindo-nos as calendário da CGTP: CGTP/PCP.
Alguém chamou "vergonhosa" à afirmação.
Menos de um ano depois, o Congresso mostrou que tinhamos razão na análise, mas também nas propostas...não fico nada feliz por ter razão. Apenas acho que reconhecer os erros e as acusações injustas é uma atitude digna e...revolucionária. E gostava de os ver reconhecidos.
Fizemos, nós os três, há um ano, a tua pergunta, no texto e nas intevenções: Até quando a Esquerda vai continuar a alinhar nestas missas?
Aguardamos resposta das únicas pessoas com quem estamos, verdadeiramente, interessados em trilhar caminhos: os nossos camaradas de Partido e os trabalhadores.
Pela mimha parte, espero, sinceramente, que este Congresso, a forma como decorreu e tudo o que antecedeu, nos sirva de lição.
A ver vamos...
Anónimo, faltou clarificar uma coisa, e para isso refaço uma frase do meu comentário:
"Alguém, com grandes responsabilidades dentro do Bloco, chamou "vergonhosa" à afirmação."
Não me referia especificamente ao BE, as correntes ditas minoritárias , representam varios segmentos do sindicalismo, nalguns casos sem qualquer filiação partidaria.
E o sindicalismo, não pode ser uma mera correia de transmissão do PCP, ou de qualquer outra força politica.
Os sindicalistas , podem e devem ter se assim o entenderem, filiação partidaria, mas enquanto dirigentes sindicais, devem primeiro que tudo defender os trabalhadores seus sindicalizados, e não serem meras correias de transmissão, das orientações dos seus respectivos partidos.
È por isso que duvido, da eficacia de uma nova central sindical, construida de cima, e por mera tactica partidaria.
Se vier a haver rotura, ela tem de partir do desejo dos sindicatos, e dos trabalhadores neles sindicalizados, e não de outra forma.
Ou então seria fazer o mesmo que o PCP.
Anónimo, mas eu também não me referia ao BE...a não ser na análise errada que creio que se fez, em muitos sectores dentro do BE, de que Carvalho da Silva era a garantia de que falar em CGTP/PCP não fazia sentido...
O Congresso veio mostrar que, apesar de Carvalho da Silva (ou com a preciosa ajuda de Carvalho da Silva??), faz todo o sentido falar em calendário CGTP/PCP...
Agora é assim: claaro que a democratização da CGTP não passa por subsituir o PC por outra força partidária qualquer...mas também penso que o Bloco, da mesma forma, que tem respostas alternativas para a Saúde ou para a Educação, não tem que ter medo de apresentar propostas alternativas para este Sindicalismo.
Nunca tive que esconder que sou do BE para fazer trabalho unitário dentro da minha empresa...e também não me parece que nela tenha que esconder, não só que, como Isabel Faria, acho que este Congresso não serviu para fortalecer as lutas nem para dignificar os trabalhadores...como que este não é o Sindicalismo que o meu Partido defende.
Os sindicalistas devem antes de tudo defender os trabalhadores...retiraria o neles sindicalizados, porque se não soubermos dar esse salto...as derrotas não vão rarear.
E esse alguém chamou bem. A CGTP é a maior central sindical dos trabalhadores portugueses e o domínio dos afectos ao PCP não é a mesma coisa que a sua amplitude política. Aqueles que se opõem a esse domínio devem precisamente afirmar essa diferença. Outra coisa é rendição política. Outra coisa é disputar a influência dos trabalhadores e isso há muitas maneiras de o fazer - até sem ser precisos os sindicatos. Haja ideias para isso.
Ideal Comunista, não entendi.
Não faz, portanto, sentido, alíás é "vergonhoso" afirmar que o calendário da CGTP é o calendário que o PCP (lhe) impõe?
É, prtanto, errado afirmar que a última Greve Geral deveria ter sido feita meses antes, quando se discutia a Segurança Social e havia um objectivo mobilizador e quando saíram à rua milhares de trabalhadores e a maior manifestação de sempre de professores,e havia um crescendo de mobilização? É vergonhosos dizer que o calendário da CGTP é o mesmo do PCP, quando Carvalho da Silva vem, no discurso de encerramento, que citas no teu Blog, pedir a revogação das
"normas gravosas do Código do Trabalho".Quando se fez uma Greve Geral...contra o Código de Trabalho com as gravosas e as outras...(aliás, gostaria de saber quias são as mais gravosas, eu que diarimente sou obrigada a lidar com TODAS).
E não entendo a tua afirmação:
"... e o domínio dos afectos ao PCP não é a mesma coisa que a sua amplitude política". Porque a mim não me preocupa nada que haja mais trabalhadores do PCP na CGTP do que de outros Partidos. Isto pode ser, apenas, sintomático de falta de empenho de outros trabalhadores de outras proveniências políticas...o que me preocupa é, exactamente, a amplitude política do domínio do PCP na CGTP. E essa tem a ver com o tipo de sindicalismo que se faz, com os Estatutos que se teimam blindados, com as alterações eleitorais que não se fazem, com as dificuldades em se voltar às empresas depois de anos afastados delas.
Depois, acho interessante que uses o "termo" disputar a influência dos trabalhadores. Eu prefiro trocar o termo por representar, ser escolhido por, ser mandatado para falar em nome de...explicas-me, então, sem ser à luz dessa "vergonha" , onde é que entra, por exemplo,o Manuel Bravo do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul?
Quanto à última frase. concordo Haja ideias para criar uma alternativa a este Sindicalismo. Ou podem haver todos os anos Congressos da CGTP, mas amanhã quando eu chegar à empresa, em que, apesar da razia dos últimos anos, dos 300 trabalhadores, mais de 1/3 ainda são sindicalizados...ninguém pensará, sentirá ou falará no que os Congressos e as suas Resoluções influenciarão o seu presente o para o seu futuro.
Ok, para ser mais dura: toda a gente achará ( e sei do que estou a falar, garanto) que o que se passou no Fim de Semana, nada , mas mesmo nada, tem a ver consigo.
Supostamente, já que se trata da maior central dos trabalhadores portugueses, não deveria ser assim, ou deveria?
A ultima mini greve geral foi só do sector publico.
Nas empresas privadas cada vez há menos sindicalizados, e cada vez menos trabalhadores participam na vida sindical.
Os precarios e os desempregados, não interessam á CGTP.
Tanto trabalho para fazer, tanta gente para mobilizar, e tanta falta de alternativas.
e tanta dor de cotovelo...
anónimo das 7,23PM...ora aqui está um comentário inteligente!!! bem haja!!
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