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sexta-feira, junho 06, 2008

A Praça das Flores

Este é o caminho errado. Os fins não justificam os meios nem podem adulterar princípios.
Sucessivas vereações, impotentes e desleixadas, deixaram ao abandono os espaços verdes de Lisboa. A Câmara não tem dinheiro e os lisboetas têm o direito de ver os seus jardins e as suas praças recuperadas e arranjadas. O executivo e, neste caso, Sá Fernandes tem o dever de o tentar fazer. Mas não assim. A contrapartida de arranjar a Praça das Flores não pode servir de pretexto para que durante quinze dias, se privatize um espaço público. Passar para privados a responsabilidade de resolver problemas da inteira responsabilidade da autarquia, é discutível mas pode ser explicado à luz das circunstâncias. Fazê-lo da forma como está a ser feito, alterando a vida dos moradores, com barulho constante, impedindo, com recurso a seguranças privados, que quem quer que seja, a não ser que seja convidado e potencial cliente, de entrar num espaço público é um erro político e uma afronta aos moradores e a todos nós.
...
Infelizmente a Praça das Flores não é caso único. O "mecenato" para recuperar espaços verdes parece ter entrado nas opções de Sá Fernandes. Só que para além da necessidade de o discutir como princípio, há ainda a necessidade de fazer o deve e o haver. E esse tem que ser feito antes.
...
Entretanto claro que Marcos Perestrelo e o resto do executivo deixam Sá Fernandes sozinho nos "cornos do boi". Este PS é igual ao outro.
...
Eu, como militante do Bloco, não aceito ver Belmiro de Azevedo a "patrocinar" o Jardim da Eetrela. Ou um automóvel qualquer a patrocinar a Praça das Flores...com a concordância ou a responsabilidade do meu vereador.
E nem sequer é apenas uma questão de principio, se bem que também o seja. É uma questão de cumprimento de programa eleitoral e de deveres para com quem em nós votou.

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33Comenta Este Post

At 6/06/2008 10:09 da manhã, Anonymous Anónimo escreveu...

Isabel, na questão de principios podes ter razão, deves ter.Mas temos de saber se em gestão havia alternativa,nos infelizes quadros vigentes.
Agora obras sem pó e barulho sejam dificeis.
Já preveni que QUERO a minha comissão das armas que forneço e tu vendes ( vendes mesmo?).Jogo arriscado...

 
At 6/06/2008 1:12 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Não sei se se deve ser assim tão radical.

O Relogio do Arco da Rua Augusta, que por acaso está outra vez avaridado, só foi recuperado por uma empresa de relogios, que aproveitou para colocar enormes
cartazes de propaganda no dito Arco.

Outro dia no Palacio da Ajuda parecia, uma sessão de publicidade, era a sala Fini Banco, a Sala Nestle, a sala Millenium, e poderia falar de festas, museus, até castelos, que só o mecenato tem conseguido recuperar, tendo em troca a respectiva publicidade no local.

A Praça das Flores, que já agora é uma pequena pracinha, entre S. Bento e o Principe Real, que tem há sua volta não mais de duas dezenas de edificios, que de lojas pouco mais tem ,a não ser uma conhecida pastelaria, meia duzia de restaurantes, é realmente um local idilico de Lisboa, mas estava muito degradada, têm vindo a ser feitas obras, e com este patrocinio e depois destes 21 dias, a Praça será totalmente devolvida aos seus habitantes, ainda em melhores condições.

Tenho lido muito sobre a polemica, mas pelo que vi no local, o sitio não está totalmente vedado, e vi velhotes sentados em bancos....

Há realmente uns palcos, onde haverá musica, e uma exposição da tal dita marca de carros.

Há o problema do estacionamento, mas , quem conhece bem a zona, sabe que isso é um cancro, os transportes publicos, têm enorme dificuldade em circular na zona, por causa do estacionamento anarquco de moradores, e outros cidadãos pouco responsaveis, varias vezes tive de ir a pé dali, até ao Principe Real, pois o autocarro ficava bloqueado na zona, ou um pouco mais acima, aliás reboques são chamados com frequência á zona.

Percebo que seja dificill aceitar, que para recuperar os espaços verdes, tenha de se recorrer ao mecenato privado, mas apesar de tudo se não há dinheiro, e no final os cidadãos ficaram com espços verdes bem arranjados, penso que isso tem de ser tido em conta .

Lembro que até a Torre de Belem já chegou a estar coberta de panos com publicidade, numa altura em que uma empresa privada pagava a sua recuperação.

E as festas da cidade de Lisboa, são normalmente patrocinadas por umas marca de cerveja.

Quanto ao que tem vindo a ser publicado, sobre a revolta de comerciants e moradores, cuidado.... com certo tipo de jornalismo.... ainda não há muito ouvi no Mini Preço da zona, duas velhotas dizerem que depois das seis horas não punham os pés no Jardim da Praça das Flores, pois aquilo eram só drogados....

E Isto foi há menos de 3 meses....

Tal como há menos de um ano , o Jardim um pouco mais acima o do Principe Real (a precisar tambem de obras)era tido como um local pouco recomendavel, a partir do fim da tarde, por causa diziam, da prostituição masculina e dos roubos constantes, que lá se davam.

Por vezes, seria bom conhecer a posição por exemplo da Junta de Freguesia das Mercês, e ouvir os moradores no local, os tais velhotes que são na realidade os utilizadores desse pequeno espaço, e aí as opiniões nem são assim tão desfavoraveis.

Muitos dizem , são só alguns dias, e se depois tudo ficar mais bonito, até valeu a pena....

Não ignorar tambem que nestas movimentações há motivos politicos de partidos que tudo fazem para denegrir o Sá Fernandes, e naquela zona dois em especial, o PSD e o PCP.

 
At 6/06/2008 2:17 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Isabel quando tiver tempo, uma destas tardes ou noites, nestes 15 dias passe pela Praça Das Flores, o autocarro que passa lá é o 773 que vai do Rato a Alcantara, mas o 790 que vem lá das suas bandas acaba no Jardim do Principe Real, que fica a menos de 1O minutos e é sempre a descer para a da Praça das Flores, e veja com os seus olhos, e tire as suas conclusões ,e não por aquilo que lê escrito....

Seria bem que o Sá Fernandes não tivesse que recorrer as estes expedientes, mas sem dinheiro, e querendo fazer algo por Lisboa, para mim do mal o menos.

Mas depois de passar agora, dentro de umm més ou mês e meio passe por lá de novo, e depois diga-me se por vezes os fins não justificam os meios.

Nem sempre, é verdade, nem em todas as situações, mas neste caso, não vejo motivo,para tanta celeuma.

 
At 6/06/2008 2:20 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

q vergonha. metem-se com os socialistas e dá nisso. vou deixar de votar no be.

 
At 6/06/2008 2:58 da tarde, Blogger José Gil escreveu...

Caros Trolls.

Qual é problema? O que preferem os jardins arranjados e recuperados com vida própria patrocinados ou o que se verificou até ai o abandono total dos espaços verdes?

O patrocínio é uma das formas de se fazer as coisas. Obviamente que os "mecenas" querem ver a sua marca escarrapachada no jardim...

Mas o jardim foi mesmo beneficiado e os Lisboetas também. Será isso errado?

 
At 6/06/2008 4:11 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

PELA BOCA MORRE O PEIXE...

Noticiava já a revista Visão (que dedicou 4 páginas à operação "Alegre lava mais branco") o seguinte trecho na sua edição de 29 de Maio de 2008:

"Louçã [nota do tradutor: Anacleto]
garante que «todas as pessoas contactadas assinaram o apelo» (...)"

Logo, se o Jerónimo de Sousa ou todos os demais membros do C.C. não assinaram o manifesto do comício do "aqui e agora" foi pela evidente (e confidenciada) razão de que nem sequer foram abordados para tal!!!

Moral da história: as acusações "trollianas " sobre o alegado sectarismo do PCP por não ter estado presente no "aqui e agora" não são mais do que mentiras conscientes ou ingénua ignorância.

Se todos os "abordados" assinaram, logo, só assinou que não foi contactado para isso... Logo, desde o início o duo maravilha alegre/Anacleto não quis contar com a presença dos "sanguinários estalinistas" do PCP...

Atenção! os A.A. (não confudir com Alcoólicos Anónimos) tê todo o direito de convidar quem muito bem entendem para os seus comícios.

Mas só têm mais é que assumir que não querem ter ao seu lado o PCP. É uma decisão legítima, mas obviamente sectária...

Sobre o Zé... Bem, Isabel, agora já ficámos a saber que o Zé também faz falta à Skoda...

Para a próxima vote Ruben de Carvalho

 
At 6/06/2008 5:09 da tarde, Blogger Fernando escreveu...

Não percebo esta tua objecção, Isabel. Por mim que sejam os Belmiros, os Joes Berards, qualquer outro homem da massa a patrocinar estes arranjos. É bem melhor que sair dos cofres públicos desde que tudo seja muito claro. A responsabilidade da Câmara não foi alienada nem o espaço público foi privatizado. A questão é simples: a)há interesse em resolver um problema (no caso o jardim e espaços envolventes. b)a Câmara procura fazer uma boa gestão dos dinheiros públicos ou seja gastar o menos possível com a melhor obra e melhor qualidade possível. c)é encontrado um patrocinador que garante um bom negócio nas condições exigidas d)Qualquer trabalho de melhoramentos trás incómodos, chatices e alguns prejuízos imediatos, veja-se o caso de melhoramento de infraestruturas básicas (a até para os executivos em primeira mão) mas depois, em regra, acabam por ficar todos stisfeitos, especialmente os moradores e os comerciantes.

As tuas últimas afirmações são para mim desconcertantes e revelam preconceitos ideológicos, para mim incompreensíveis: as de tu não aceitares, COMO MILITANTE DO BLOCO, ver Belmiros a patrocinar, no âmbito do mecenato, obras ou eventos (presumo que de qualquer coisa)baseados nas TUAS opiniões, - algumas que nem tens a certeza se são ou não correctas (a que tu chamas de princípios) e que não são posições do Bloco (até acharia ridícula esta discussão num movimento com as características do Bloco - como a de e esta não percebo mesmo - "é uma questão de cumprimento do programa eleitoral...

Nestes dois aspectos estamos claramente em campos opostos.

 
At 6/06/2008 8:59 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

FJ, não estou a falar de obras. As obras segundo parece ainda não começaram. Estou a falar no barulho que parece que vai de manhã à noite, para o tal patrocínio do tal carro.
Não disse que os principios são inquestionáveis. Nuncxa o são...mas neste caso e noutros que por aí vêm as contrapartidas são demasido poucas para todo o transtorno causado. E depois eu sou dos que acham que numa negociação tem que haver condições...e que as condições acordadas são demasiado poucas para compensar os prejuízos.

(tou a passar os cheques. Podias ter um bocado de paciência faxavor??!!)

 
At 6/06/2008 9:10 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Anónimo, não creio que tenha sido radical.
EScrevi que apesar de achar que os melhoramentos do espaço público pertencerem ao poder público, poderia entender que, devidas as circunstências, se estudassem outras formas de finaciamento por exemplo estas.
A minha única "radicalidade" é que de que um espaço público não pode deixar de ser público, por quinze dias...
Quanto ao resto apenas acho que não se acuatelaram devidamente incómodos e contrapatidas.
Mesmo quando usei termos radicais, por exemplo "+privatizar um espaço público" sempre lhe juntei um indicativo temporal.
E considero que não se terem ouvido os moradores é adulterar princípios...os nossso, os do BE não passam por aí.

 
At 6/06/2008 9:29 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Fernando, os moradores da Praça das Flores não foram ouvidos para algo que durante quinze dias vai transformar as suas vidas (não estou e tu sabes bem a falar das obras de melhoramento como tu queres fazer crer...essas só virão depois). Isto é claramente contra o programa do Bloco.

A Praça das Flores está rodeada de seguranças privados que impeedem moradores e municipes de nela entrar. Isto é, durante algumas horas de alguns dias, há cidadãos de 1ª - os clientes que dão dinheiro à Skoda e cidadãos de 2ª, os outros que não podem entrar num espaço público.
Diz-me que isto faz parte do programa eleitoral ou dos pricípios políticos do BE e eu dir-te-ei que algum de nós está no Partido errado.

E não não aceito ver Belmiros de Azevedo a patrocinar espaços verdes...se, pelo menos não se tiver capacidade negocial ou força política para lhes impôr contrapartidas minimamente compatíveis com os lucros que lhe dão a publicidade grátis e lugares chaves da cidade.
Considero que neste caso não se teve. Assim como penso que não se teve em relação a outros eventos que aí vêm. Como duvido que se tenha tido em relação ao Rock in Rio e à isenção de taxas dos seus organizadores.

Mas deixa-me só juntar que era o que mais me faltava era não poder ter opinião sobre determinadas coisas...porque os principios são sempre subjectivos.

Desculpa o desabafo. Mas eu acho sempre algo triste e só o grande respeito que tenho por ti me permite dizê-lo que tu consideres rídiculas todas as discussõe sem que se discorde de uma atitude do Sá Fernandes...neste caso uma atitude que nem é da sua inteira ou majoritária responsabilidade...

Mas olha, sem falar em principios e até legitimamente discordando de quem os evoca, convido-te a ler o post do Daniel Oliveira sobre o assunto, que acabei de descobrir agora.
Aé porque o DO está muito mais dentro do assunto que eu ( mora lá) pode ser que te ajude a entender que nem tudo tem que ser sempre (tão) cor de rosa

 
At 6/06/2008 10:16 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Isabel como pode ter tanta certeza que os moradores não foram ouvidos....

Volto a fazer-lhe o desafio passe por lá e veja com os seus olhos.

A praça propriamente dita tem uma diminuta população...

Há alguns anos, abriu um pouco mais acima, um restaurante com danças Sevilhanas, hoje já mais ou menos aceite por todos, mas no principio sempre que havia sapateado lá havia moradores a queixarem-se e a chamarem a policia, e isto sem falar de alguns PUBS gays da zona, a começar pelo Finalmente, onde houve autênticas cenas de faca e alguidar.

A zona como lhe disse é idilica, mas esconde realidades que têm muito pouco de idilicas, o PCP e o PSD, é que estão a orquestrar contestação, que não é contra a festa, e sim contra o Sá Fernandes.

Peça aos camaradas do BE da zona das Mercês que lhe contem .....

 
At 6/06/2008 10:55 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Anónimo das 22.16, os moradores não foram consultados antes da CML ter feito o contrato com a Skoda.
Essa é a informação que tinha quando fiz o post esta manhã.
Mas se achas que possas estar enganada, convido-te a passar pelo Arrastão. Apesar de significativas diferenças na abordagem do assunto, o DO até porque lá vive confirma isso, algumas horas mais tarde.

A parte do PC e do PSD não é novidade para nenhum de nós. Tanto que o responsável do contrto parece que é o Prestrelo...e tu só os ouves falar no Sá Fernandes...
.

 
At 6/06/2008 11:29 da tarde, Blogger Fernando escreveu...

Vamos lá ver, Isabel.
Tudo o que conheço é o que tu dizes e o que li na notícia.
Questão de princípio – Não tenho nenhum preconceito que uma Câmara negoceie, seja com quem for, quando não tem recursos financeiros, humanos ou outros, para fazer o que é necessário fazer, desde que de forma transparente e séria e desse acordo resultem benefícios para a comunidade. Mas negociar, significa fazer algumas concessões, para se chegar a um acordo.
Aqui reside a primeira e insanável grande diferença entre nós: tu não aceites um negócio, um patrocino, e posso depreender nem o mecenato, por vir dos Belmiros e Cªs. Eu não vejo porquê. A não ser à luz de um preconceito ideológico. O que me interessa analisar é as bases do acordo e se é aceitável, pesar os benefícios e os prejuízos, sabendo-se que num bom negócio, o mesmo deve satisfazer as duas partes.
Poderá ou estará a trazer transtornos e prejuízos aos moradores e comerciantes enquanto durar o evento ou mesmo depois, tu saberás melhor que eu, mas a experiência diz-me que normalmente acabam por ficar a ganhar os moradores e a cidade e também já conheço este choradinho dos comerciantes dos prejuízos. O que não vais ouvi-los falar é de mais lucros, com certeza, é quando os negócios melhorarem, devido ao benefício da requalificação da zona. Veremos.
Mas a minha questão é outra e que parece que te ofendeu: é a de que tu disseste que “como militante do Bloco, (sublinhado meu) não aceito ver Belmiro de Azevedo a "patrocinar" o Jardim da Estrela. Ou um automóvel qualquer a patrocinar a Praça das Flores...com a concordância ou a responsabilidade do meu vereador” e eu chamei a isso preconceito ideológico. Mesmo tendo agora num comentário acrescentado “...se, pelo menos não se tiver capacidade negocial ou força política para lhes impôr contrapartidas minimamente compatíveis com os lucros que lhe dão a publicidade grátis e lugares chaves da cidade” o que já é um bocado diferente. Apesar disso penso que a emenda é pior que o soneto ao associares um preço maior da contrapartida, aos maiores lucros. Um acordo faz-se com benefícios mútuos. De resto não é possível face á lei fazer esse tipo de discriminações.
E quando sublinhei MILITANTE DO BLOCO é exactamente porque sendo essa uma opinião pessoal como tu dizes, não tem por isso cabimento invocar a qualidade de militante, não apenas porque o Bloco não tem posição expressa, e reafirmo acharia ridículo que o Bloco tivesse sobre estas questões como acharia um total disparate porque se prendem com princípios constitucionais de não discriminação baseada na condição social (neste caso da melhor condição social).
Só por estares cansada posso entender essa tua referência de que “era o que mais faltava não poder ter opinião sobre determinadas coisas …”. Não sei o que do meu comentário te leva a concluir isso. De igual modo só uma leitura menos atenta justifica que digas que considero como “ ridículas” todas as vezes em que criticas Sá Fernandes. Eu nem sequer estou à vontade porque não conheço os pormenores para dizer se o negócio foi bom, menos bom, ou mal. Limitei-me a contraditar alguns dos teus, como direi? …“princípios”.

 
At 6/07/2008 12:08 da manhã, Blogger Fernando escreveu...

Isabel esqueci-me de uma coisa agora ao reler tudo. É sobre a tua pergunta: se está no programa
ou nos principios políticos do Bloco a defesa da existência de cidadãos de 1ª e de 2ª. Não, não está. Podes ficar no partido. Mas se estivesse não era um de nós que estava no partido errado, éramos os dois, tenho a certeza.

Mas eu não sou um homem de partidos definitivamente. Apesar disso continuo a apoiar o Bloco,agora pontualmente, mas sem militância partidária activa.

 
At 6/07/2008 12:38 da manhã, Blogger Isabel Faria escreveu...

Fernando, quando esta manhã escrevi o post fi-lo algo apressadamente. O que não costuma ser hábito quando escrevo qualquer coisa sobre a CML por motivos que penso que conheces.
Reconheço que deveria ter tido mais cuidado nas palavras.

Ok, devereia ter acrescentado um custa-me e ficaria "eu, como militante do Bloco, custa-me a aceitar ver Belmiro..."

Agora o que não entendo é essa de afirmares que as contrapartidas de um contrato de publicidade baseadas naquilo que se ganha com ele. Isto é, se a CML concedesse à Skoda um banco da Praça das Flores para colocar um cartaz de publicidade o que iria pedir em contrapartida à Skoda não seria menos do que se lhe emprestar um Praça por quinze (parece que são 17...) dias

A publicidade não é paga ao tempo? Cinco segundos de publicidade na TV não custam menos do que 5 minutos? E pelo início da minha dedução que tu consideras pior que a primeira: quando a Skoda está a ocupar a Praça toda e não apenas um Banco não é para daí retirar mais proveito em termos de impacto e consequente aumento de vendas e consequente lucro?
Eu estou cansada (estou em Aveiro, imagina...)mas o que é que me está a falhar no raciocínio?

Quanto ao teu último comentário.
Ter uma Praça pública cercada por polícias e por seguranças privados, onde´a determinadas horas só podem entrar determinados cidadãos, parece-me separar os cidadãos em de 1ª e de 2ª...achas mesmo que estou enganada?

 
At 6/07/2008 1:10 da manhã, Anonymous Anónimo escreveu...

Isabel sabe que os moradores da Praça das Flores e zonas limitrofes não saem da casa depois de certas horas, porque dizem que não existe segurança na zona ?

Sabe que aquela zona é frequentada por prostitutos, e drogados?

Sabe que certos bares gays daquela zona, são conhecidos pelas zaragatas, e arruaças de bebados a altas horas da noite, que não dão descanso aos moradores?

De repente parece que tudo foi esquecido, e que não existiam problemas naquela zona e é este evento que os trouxe.

O que vale é que com o Euro, este assunto rapidamente vai passar á historia , e o que vai ficar é uma Praça das Flores recuperada, e apetecivel de visitar, pelo menos durante o dia, porque a partir de certas horas, já o problema é outro.....

 
At 6/07/2008 1:45 da manhã, Anonymous Anónimo escreveu...

Isabel, passa pelo meu cantinho e lê o meu texto (que não usando os mesmos argumentos que tu, é crítico). É a opinião de um morador. No caso, eu.

 
At 6/07/2008 3:46 da manhã, Anonymous Anónimo escreveu...

Leiam amanhã o Dn de sabado e vejam o titulo

Praça das Flores divorcia Sá Fernandes do Bloco....

E assim se vai fazendo politiquisse

 
At 6/07/2008 10:23 da manhã, Anonymous Anónimo escreveu...

Isabel, referia-me a obras. O que é isso de acesso restrito?!Explica lá.
PSD: o problema nem sou eu,são os italianos, aind não percebeste?

 
At 6/07/2008 11:46 da manhã, Anonymous Anónimo escreveu...

Mas um partido não deve ter preconceitos ideológicos?
Então como é possível que os seus autarcas em Lisboa, Setúbal, Porto ou Braga façam as mesmas abordagens às questões que são colocadas?
Ou queremos ver no Bloco, como acontece nos outros partidos, a defesa de determinados princípios quando na oposição e a prática do seu contrário quando no poder?
Não tenho a mais pequena duvida de que todos os eleitos do Bloco por esse país fora criticariam a sua câmara se procedesse desta forma, então por que raio devemos calar-nos porque implica um vereador eleito pelo Bloco?

 
At 6/07/2008 12:32 da tarde, Blogger Fernando escreveu...

Isabel interpretei mal o que queria dizer com isto " impôr contrapartidas minimamente compatíveis com os lucros que lhe dão a publicidade grátis e lugares chaves da cidade." por ter feito uma leitura apressada. Pensei que estavas a referir-te aos lucros dos "Belmiros" não quanto a este aspecto em particular mas aos seus lucros em geral. Daí dizer que isso era uma forma de discriminação com outros concorrentes. De resto, como parece ter ficado claro, não me pronuncio sobre a substância do negócio, não conheço os contornos suficientemente. O que não tenho nada contra é com este tipo de negócios, quando são ponderados, claros e defendam o interesse dos municípios e munícipes.

E já agora para o anónimo que parece-me estar a responder-me sobre os preconceitos ideológicos: os preconceitos são sempre maus.

 
At 6/07/2008 2:58 da tarde, Blogger tms escreveu...

Escrevi sobre o assunto:
http://rb02.blogspot.com/2008/06/praa-das-flores-smbolo-de-resistncia.html

Contudo, não posso deixar de comentar este comentários.
É claro que a decisão de Perestrello/Sá Fernandes é uma decisão que qualquer político de direita subscreve e nenhum político de esquerda deveria subscrever.
Os "arranjos" numa praça não devem justificar o coarctar do direito ao descanso ou o direito de utilização do espaço público.
O argumento, também muito invocado nos comentários, que seria o PCP que estaria a alimentar a contestação enche-me de orgulho.

 
At 6/07/2008 3:38 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Comunicado dos vereadores do PCP
A gestão do Espaço Público municipal e a cedência da Praça das Flores pelo Vereador Sá Fernandes

Os jornais têm noticiado duas novidades na gestão de Espaços Verdes da responsabilidade do vereador José Sá Fernandes: a primeira, é a cedência pela CML da Praça das Flores para uma realização privada publicitário-comercial de grande aparato e duas semanas de duração (lançamento de um novo modelo de automóvel) a que ridícula e inadequadamente o Vereador chama «parceria público-privada» e a segunda é a perspectiva destas operações se virem a repetir noutros jardins de Lisboa.

Ausência de informação à Câmara

Uma primeira nota negativa deste caso da Praça das Flores é, desde logo, o facto de nem sequer na sessão de quarta-feira passada o mesmo vereador ter informado a CML do que se estava a preparar, sendo evidente que nessa altura todo o negócio estaria ajustado. O carácter discutível da operação, os montantes financeiros envolvidos (150 000 euros), os prejuízos e incómodos causados à população seriam outros tantos motivos que exigiriam a consulta da Vereação, acrescendo ainda que é referida a «recuperação» do jardim pelo concessionário automobilístico, que evidentemente se imporia pelos danos que serão provocados no local.

Uma zona sitiada

Interessa sublinhar que os prejuízos para os munícipes residentes na área são reais: uma praça de grande equilíbrio urbanístico, mas de dimensões relativamente reduzidas, será objecto de enorme espalhafato de movimentações e equipamentos, proibições de acessos, alterações de circulação de pessoas e viaturas (incluindo transportes públicos), instalação de aparelhagens sonoras, até mesmo dificuldades no acesso ao comércio local, nomeadamente a farmácia ali existente.Acrescente-se que não foi dada qualquer informação aos habitantes e comerciantes da área, muito menos a questão foi com eles discutida, nem pela Câmara Municipal, nem sequer pela Junta de Freguesia das Mercês, de resto, discutível participante no negócio. Tudo isto se passa exactamente quando a CML mantém sobre taxas de ruído e de ocupação de espaço público um absurda conflito com as colectividades populares organizadoras dos arraiais populares tradicionais de Junho, pondo em muitos casos em causa a sua realização.

Posição dos Vereadores do PCP

Os Vereadores do PCP questionam este modelo de gestão e levantarão esta questão na próxima sessão de Câmara, embora em tal momento a operação publicitária esteja concluída (o que, relacionando com o silêncio do Vereador Sá Fernandes na última reunião, não deixa de ser significativo). Das conclusões a que se chegar e das decisões que a realidade venha a aconselhar, os Vereadores do PCP darão público conhecimento – e em especial aos moradores afectados – tendo em vista que, abusos de poder deste tipo e a utilização dos espaços verdes da Cidade em operações de carácter privado e de mais que duvidosa legitimidade e relevância para o interesse público, se venham a repetir.»

 
At 6/07/2008 4:56 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

A máscara está a cair!

José Sá Fernandes já vai à reuniões do PS na sede do Rato! Pedro Soares abandona o barco...

O Anacleto com aquele sentido oportuno (oportuno de oportunista...) que lhe é tão característico já afirmou hoje que a Helena Roseta dava uma boa candidata do Bloco nas próximas eleições de Lisboa (a mesma com quem não se quis entender no ano passado)...

A promiscuidade entre os órfãos esquerdistas do Maio de 68 com a social democracia de "esquerda" vai de vento em popa.

não haja dúvidas que a unidade da "esquerda" veio para ficar...

 
At 6/07/2008 5:25 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

"Estou com quem quero, como quero e onde quero"

Não foi o que disse o Alegre? é o que diz agora o Sá Fernandes!!!!

Ao primeiro os trolls bateram muitas palminhas, mas com o segundo já metemm a viola no saco.

 
At 6/07/2008 8:14 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Daniel Oliveira, já tinha visto o teu post. Aliás, já o tinha "recomendado" aos comentadores do Troll.

 
At 6/07/2008 8:17 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Renas 1917, não sei do que estás a falar. A minha critica a Sá Fernandes no caso da Praça das Flores tem a ver com um opção política: a de permitir que a Praças das Flores fosse usada durante quize dias da forma que está a ser usada, impedindo o acesso dos municipes a uma praça pública, por uma empresa privada. Juntando a essa critica o achar que as contrapartidas são demasiado ridiculas para compensarem os transtornos. O post não falava em mais nada.
Se te referes à notícia da reunião com a Concelhia do PS...há mais de quinze dias que tinha conhecimento dela. Já a tinha discutido internamente, nunca a tornei (nem eu nem nenhumdos meus camaradas que comigo estiveram na critica ao Acordo de Lisboa) pública.
Tenho a minha opinião sobre o assunto. Mas como não a conheces, se é a isso que referes, não sei o que é a viloa e o que é o saco...

 
At 6/07/2008 10:17 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

FJ, a partir das 17.oo horas só podem passar pela Praça convidados da Skoda e moradores para se deslocarem para as suas casas, não para se dirigirem ao jardim.
Espalhado pela Praça há seguranças privados e polícias que pedem a identificação e te impedem a ti ou a mim, que não és nem convidado nem morador de entrares na Praça. E imedem um morador de usar o jardim.
Aé posso discutir os outros princípios todos e razões e justificações todas, nesta sou inflexivel. Nâo aceito. Não pactuo e gostaria de não voltar a ver o meu vereador a defender outras Praça das Flores.

 
At 6/07/2008 10:23 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

José Gil, o jardim não foi mesmo arranjadao. Irá ser recuperado com a contrapartida financeira miserável que a Skoda pagará por ocupar durante mais de meio mês uma Praça no Centro de Lisboa.
Para já, portanto, os moradores não têm jardim arranjado ou por arranjar: das 17.oo à 1 da madrugada não têm jardim, tout court.
Para além de discutir o princípio reitero que há que discutir o negócio em si. E este foi mal conduzido. Não ouviu os moradores (isso pode não ser uma imperativo do PS mas é-o do Bloco), não teve força política para impôr contrapartidas mais justas para os incómodos causados e de facto retirou aos municipes de Lisboa aceeso a uma parte da sua cidade. E sim, parece-me que tem mal.

 
At 6/07/2008 11:47 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Exmo. Vereador José Sá Fernandes,

CC: Exmo. Presidente António Costa; Exmo. Vereador Manuel Salgado; Exma. Senhora Vereadora Helena Roseta

É do e no espaço público que nascem as ideias e é por isso que o desejo de controlo político do mesmo é uma constante em todas as épocas e regimes. É o espaço público o lugar privilegiado da democracia. E da liberdade. E a liberdade só o é exercendo-se. É uma prática que necessita de repetição. Sob pena de se consumir no esquecimento. E recordamos a história do nosso país e sabemos o que ela custou a conquistar.
A praça é o lugar simbólico da democracia. É o lugar – físico - da discussão, do consenso e do contraditório. Se a praça é o lugar da prática da liberdade, em arquitectura, em cidade, os seus limites serão os da casa e das escolhas individuais. É nesses limites, ainda que difusos e muitas vezes conflituais, que fazemos o caminho das nossas escolhas individuais. Numa cidade vive-se entre o espaço público e o espaço privado e doméstico. Não se diz que a nossa liberdade termina onde começa a dos outros?
A política autárquica, numa democracia liberal, não será mero balancete ou deve e haver. Será antes um percurso de escolhas que articulem os interesses privados com o interesse público, tendo como fim último o fortalecimento da liberdade. À gestão – palavra equívoca – de uma cidade deverá presidir, antes de mais, uma ideia de liberdade, de convívio das diferenças, de incremento da diversidade. É esta a riqueza das cidades e que a nenhuma excepção se deverão sujeitar e subjugar.

Recordo a campanha de V. Excia. à Presidência da Câmara Municipal de Lisboa, onde apelava a novas formas de cidadania. De participação na construção de uma cidade mais justa, mais democrática. Mais livre. E se recordo a sua campanha faço-o em confronto com decisões políticas de V. Excia, contraditórias com o seu discurso. São decisões lesivas dessa cidade livre que ambicionamos em Lisboa.
O encerramento, ainda que temporário, da Praça das Flores, alugada, mercantilizada, a uma marca de fabricante de automóveis, é simbólica do desprezo que é concedido ao espaço público. E da sujeição da política – polis – aos interesses privados, ainda que legítimos. O desdém institucional pelos cidadãos não é, também, de menor gravidade. Se a ideia de V. Excia. de “democracia participativa” passa pela exclusão dos cidadãos das decisões, creio que labora num erro que fere a cidade e a política. Se o conceito de V. Excia de cidade e cidadania passam pela segregação e pelo ressentimento – que na prática é o resultado imediato desta decisão de vender por trinta dinheiros a Praça das Flores – é lamentável. E politicamente hipócrita.

Há bens e valores que se devem manter acima de qualquer tráfico. A liberdade e a cidade não são mercantilizáveis. A justificação de contrapartidas pelo arranjo da Praça das Flores é intolerável, se o resultado é a exclusão, ainda que temporária, dos cidadãos daquela parcela de espaço público.
Endosso a V. Excia. responsabilidades políticas e materiais que resultam desta decisão desastrosa, lesiva da cidade de Lisboa, e do exercício da cidadania.
O espaço público não é mero palco para a encenação de um mundo de mortos que resulta destes pequenos estados policiais que nos vão surgindo pelas ruas de Lisboa.



Subscrevo-me atenciosamente,
João Miguel Amaro Correia

B.I. nº 10321780
Membro inscrito na Ordem dos Arquitectos nº8763

p.s. Em anexo, junto documentos fotográficos que certamente cobrirão V. Excia. de arrependimento.

 
At 6/08/2008 10:44 da manhã, Anonymous Anónimo escreveu...

Os cornos são sempre os últimos a saber.

 
At 6/08/2008 2:57 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

"Até quinta-feita não sei se vou conseguir escrever. A caminho do Guggenheim, passando por Salamanca, tentarei, se for possível, dizer qualquer coisa. Entretanto, escapo do circo da Praça das Flores e fico a conhecer uma praça maior." (Daniel Oliveira)

Os ratos começam a abandonar o barco...

 
At 6/08/2008 5:31 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

João Miguel Amaro Correia, vi as fotos de que fala no seu Blog. E confirmo que a mim me entristecem muito.

 

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