Também vai um bocadinho de mim para o meio das túlipas
Passaram-se bem mais de três décadas. Muitas das certezas de então se tornaram dúvidas. Outras, ainda, a vida e a história negaram. Era ainda muito novinha.
Estava apaixonada, tinha a Revolução, primeiro, para fazer, depois, mais ao fim, para "salvar", acreditava que estavamos a fazer um Mundo Novo. E não tinha nenhuma dúvida que fariamos um Mundo Novo. Como diz a Isabel a dada altura do artigo, só a morte deixa as coisas irreversíveis. Sempre que ouvia falar das acções de antes, ouvia falar do cuidado que se tinha tido, ao longo de anos em que ainda nem sequer sonhava que nos haveriamos de cruzar, com essa irreversibilidade.
... Ao longo do tempo fui, de quando em quando, revendo os meus camaradas de então. A muitos, o tempo e a vida acabariam por tirar muito do respeito, muita da admiração que então, jovemzita de 14 e 15 anos lhes tinha. Mas nem isso muda nada dos dias de então. Apenas explica muitas das coisas dos dias de depois.
No espólio que agora vai para a Holanda, não entra seguramente nehuma contribuição duma menina que, à força de querer mudar o Mundo, teimava em tornar-se mulher. Mas vão muitos sonhos. Na maioria daqueles documentos vai, seguramente, um bocadinho de mim. De todos eles, me fiz um bocadinho.Também não me arrependo de nada. Nem sequer de ter tentado fazer-me mulher, talvez antes de tempo. Nem sequer de não me ter permitido ser menina. no tempo. Os sonhos são sempre bem maiores que as datas dos calendários. Aos 14, 15, 16 anos, com muito daquilo que agora vai para a Holanda, eu, apenas, queria criar um Mundo mais justo. Melhor. Em que todos pudessem ser Meninos e ser Homens. Não consegui então. Ainda não consegui hoje. Mas talvez se não tivessem sido aqueles dias, hoje já tivesse desistido...e não, ainda não desisti.
Até era bem capaz de apostar que nalgum daqueles documentos ou daquelas fotos vai um bocadinho do meu primeiro amor. E acho um lugar lindo para guardar um bocadinho do meu primeiro amor. Um qualquer lugar rodeado de túlipas.
...
Etiquetas: Isabel Faria
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Isabel Faria,
Os documentos de que fala, importantes para a compreensão de parte da nossa história, ainda bastante recente, não estariam melhor em Portugal?
Porquê a Holanda?
Há tantas instituições neste país que lhe dariam um tratamento adequado.
Porquê a Holanda?
Ribeiro, eu não sei porquê a Holanda. Concordo consigo que o lugar da nossa história deveria ser aqui. Mas para isso é preciso vontade política. Coragem política. Sensibilidade e cultura.
Quando vejo as notícias desta semana do que os patos bravos fizeram aos painéis de Maria Keil, no Metro de Lisboa...prefiro-os saber longe, mas seguros. Do que perto e à mercê de um primo qualquer da Administração do Metro de Lisboa.
E o Ribeiro diz que há muitas instituições adequadas em Portugal. Haverá? Então, em mais de 30 anos, porque não apereceu nenhuma?
Não sei a história. Com o tempo fui, efectivamente, perdendo contacto com quem terá o expólio desses dias...mas será que se tivesse havio vontade cá, eles teriam optado por o deixar partir?
Não acredito.
Por isso, olhe de mal a menos. Como escrevi, a Holanda até tem túlipas...
Isabel Faria,
Locais que têm tradição no tratamento e catalogação desse tipo de material:
1 - Torre do Tombo.
2 - Fundação Mário Soares.
3 - Biblioteca Museu República e Resistência Câmara M. Lisboa
4 - Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra.
5 - Fundação Martins Sarmento em Guimarães.
Todas estas instituições possuem acervos relativos à resistência e período revolucionário.
Felizmente neste país ainda há quem se preocupe com estas questões.
Infelizmente não se consegue adivinhar quem são os particulares que possuem estes espólios. Na maioria das vezes toma-se conhecimento da sua existência por meras conversas informais ou por algum calculismo, tendo em conta anteriores militâncias, mas pelos vistos a percentagem de eficácia é pequena.
A questão dos azulejos é vergonhosa, mas pelo conhecimento que tenho nesta área da documentação as coisas piam muito mais fino.
Ribeiro, como escrevi, não faço ideia do porquê de se ter optado pela Holanda. Do assunto sei o que li nos otgãos de comunicação social. E o meu post foi mais de nostalgia por um tempo em que ainda julgava que tudo era possível...em ralação a um em que ainda quero acreditar que tudo é possível...mas, às vezes, já me faltam as forças.
Acredite que tentarei saber, pelos contactos que ainda guardo, da razão por se ter optado por levar o espólio das BRs e do PRP para fora do País.
Percebi que se vão digitalizar e que todos poderemos a ele ter acesso, o que me parece uma medida a louvar. E entendi que ficará em boa companhia...
Agora reconheço que tanto o post como esta posição tem muito mais de emotivo do que de racional.
Será que o facto de se tratar de documentação que alguns ligam, em grande parte,por ignorância e preconceito, a episódios ainda não sarados da nossa história recente, como as acções das FPs, terá contribuído para o desinteresse de algumas instituições?
Sinramente não lhe sei responder. Mas vou tentar, lá isso vou.
Isabel Faria,
Peço desculpa porque percebi que o espólio tinha também o seu contributo, e como tal tinha participado da decisão de o enviar para a Holanda.
As tulipas desorientaram-me...
Nesta altura havia um Jornal de extrema-esquerda o "Página UM" estava ligado a que partido?
SEmpre pensei que era ao PRP!
Ribeiro, não. Eu era apenas uma criança na altura das BRs. Só me encontrei com o PRP já em 74, mas aí, ao longe. Vinha a Lisboa quando conseguia convencer o meu pai (a minha mãe nuca convenci) que a Revolução sem mim...estava condenada LOL. E ia estando conta a corrente no Liceu de Santarém...a corrente na altura era o PCP e o MRPP...e depois havia a tal paixão.Que fazia a ponte.
Depois em 76, já depois da campanha do Otelo, vim para Lisboa e aí sim...estive muito perto. Ok, dentro do Partido.
Espólio meu, tenho uma foto, tirada com um autocolante, de camisa aos quadrados e botas horríveis, como não podia deixar de ser...uma foto minha tirada na sede de campanha do Otelo na minha terra...alguns Revoluções...outros tantos comunicados. E a memória. Os jornais e os autocolantes, muitos mais os devem ter...a memória, essa não a dou a ninguém.
Não se desculpe. eu mantenho a promessa de ir tentar saber porquê...e lamento que as minhas túlipas o tenham desorientado...
José Manuel, sim, estava. Cheguei a trabalhar no Página Um. Em "part time". Era semi-funcionária, porque não havia dinheiro para mais. Colaborava na paginação e na revisão tipográfica (não havia corectores ortográficos, na altura...).
Encontrei lá pessoas que me marcaram para sempre...e outras que nem digo o nome, para tu não ficares a pensar como foi possível...mas foram muitas mais as que me ensinaram muito do que sou hoje. E como escrevi, não me arrependo.
Tenho alguns no Página Um. Penso que há muitos. doados pelo Otelo, no Centro de Documentação 25 de Abril, da Universiade de Lisboa, por exemplo. Nalguns deles, eu devo ter evitado uns erritos ortográficos.
Ah. mas eu creio que grande parte do espólio de que fala a notícia é muito anterior ao Página Um. Será das acções armadas das BR de antes do 25 de Abril, por exemplo.
Da Universidade de Coimbra, obviamente.
Lembro-me desse comício Isabel ao qual não cheguei a ir pois estive a fazer "segurança" na "Rádio Renascença".
Por mim ainda bem que o espólio vai para a Holanda. Assim poderá certamente ser consultado por quem o queira fazer. Se ficasse em Portugal o mais certo era apodrecer ou desaparecer misteriosamente.
Já agora, Isabel, a foto não foi tirada na Ericeira?
Era muito novo ( 13/14) quando li talvez 2 ou 3 vezes o " Página UM", não desgostei e achava curioso as notícias sobre as Brigadas Vermelhas e a fracção do exécito vermelho ( alemães), pois eram grupos terroristas. Andava na altura à procura de um rumo ideológico o que era muito complicado.
Aquelas RGA às quais os putos fugiam pelas janelas.
Voltando ao assunto: Lembro-me de um vizinho politicamente "avançado", teria 20/25 anos, dizer-me em pleno Toural, centro de guimarães " cuidado com esse jornal", é claro que me interessou ainda mais. O vizinho era do MES, aliás o único, só havia 2 votos no MES o dele e da mulher na minha aldeia ( 10 Km de guimaráes).
Lembro-me de estar num comício com centenas de revolicionários na Escola Indústrial de Guimarães da UDP, e só ouvia " contra o imperialismo americano e soviético, só se falava em imperialismo". Impressionante a moldura humana. Então quando chegou o lider, a casa veio abaixo, o saudoso Acácio Barreiros. O amor à UDP durou muito pouco.
Nunca gostei de maoismos.
Com 17 anos na faculdade enveredei por uma corrente trotskista, mas facilmente se passava para outra. Era uma "coisa" que me baralhava muito. Os tipos eram poucos e fixes, tudo bem. Aliás os chefes estavam ali ao lado.
Que tempos.
Isabel Faria,
Estava convencido que o jornal "Página Um" estava ligado á UDP.
O orgão oficial de comunicação do PRP chamava-se "Revolução", era semanal, sendo o seu primeiro número editado em 1 de Junho de 1974, tendo como directora e proprietária Isabel do Carmo.
Jose Manuel Faria, maoismo foi em Portugal uma coisa muito difusa.
Aliás as diferenças politicas na esquerda , por falta de debate serio , nunca foram uma coisa muito aprofundada.
O Chico Martins que há pouco nos deixou, ainda tentou escrever textos que contestassem a visão revisionistas ( ou reformista) do Cunhal, mas foi quase o único.
Trotsquismo, anarquismo,maoismo, revisionismo , tudo foi lido e assimilado em pequenos textos de divulgação, e que na maioria mais não eram que frases soltas, que se diziam ,sem muitas vezes se perceber o seu real conteúdo.
Os muitos partidos existiam , muitas vezes, mais por divergências entre pessoas, do que por reais divergências politicas.
E como essas divergências não tinham verdadeiro um conteudo ideologico , era o sectarismo que acabava quase sempre por triunfar, mal de que ainda hoje a esquerda padece.
Isto para dizer que se a casa veio a baixo com o Saudoso Acacio, não foi certamente pelas posições maoistas que ele defenderia à época.
Duvido mesmo que o Acacio alguma vez tenha tido grandes simpatias pelo maoismo, pelos Albaneses é possivel, influência do Diogenes Arruda , do PCdo B que por essa época estava em Portugal, e tinha influência na linha politica da UDP e do PCP( R ) , mas a UDP era uma especie de sopa de pedra, Padres, movimentos católicos progressistas ligados aos bairros da lata de Lisboa e Porto, , militares de Abril, ex PCP da cisão da FAP, refugiados politicos de varios matizes, militantes operários, sobretudo ligados ás greves de 72 73, a par de alguns sindicalistas, e estudantes das Faculdades de Ciencias e do Tecnico, em Lisboa.
Tudo isto não tinha um grande conteudo ideologico, queriam mudar o país, mudar as mentalidades, sobretudo viver a liberdade, maoismo, trotsquismo, comunismo, socialismo, marxismo, eram muitas das vezes, mais palavras, do que ideais ideologicamente consistentes.
Se calhar hoje não estaremos tão longe disso, falta é o entusiasmo, e o empenhamento militante que havia na época.
Maoismo puro e duro era o feudo do MRPP,
Discordo que tenham enviado parte da historia do PRP para a Holanda, EU SEI QUE POR CÁ muita coisa se tem destruido, mas existe um departamento da Universidade de Coimbra que é exemplar e merece todo o apoio, e que é um garante, que essa parte da nossa historia recente ,não será destruida.
Mas como desconheço as razões da decisão.....
Augusto Pacheco
Os jornais da UDP foram A Voz do POvo, e depois o 25 de Abril do Povo, o Pagina Um era um jornal fundamentalmente do PRP apoiante de Otelo.
Enquanto direcção e linha editorial nunca teve nada a ver com a UDP, a não ser no aspecto que a UDP apoiou as duas campanhas presidenciais do Otelo.
Augusto Pacheco
Franco, a minha mãe disse que se divorciava...se o meu pai me deixasse vir!!!! LOL
A sério. E eu não vim...depois um dia, inventei que ia andar de bicicleta para o quintal de uma colega de Santarém (que vivia num andar, mas isso não tinha nenhuma importância e vim a alguns outros...acho que só décadas mais tarde, eu que sou uma nódoa a mentir, ao passar pela casa da minha colega com os meus pais, disse. "Olha a D.morava ali, no 2º andar!!!!!"
"Enão e o quintal????".
Pois.
Sim é na Ericeira. Na rua da casa. Tá gira, não tá??? Gosto de me ver de costas..a caminhar para o infinito...seja lá onde isso fique..
José Manuel, às vezes penso que o PRP, tinha algo de muito avançado para a época, em termos de "pais e mentores"...por exemplo, nas sedes só me lembro de ver cartazes do Marx e do Engels. Nunca nos assumiamos como qualquer outro dos outros ismos, tão em voga na época. Não havia daqueles cartazes com os cinco...não eramos leninistas. Denunciavamos o stalinismo. Nunca nos assumimos trotskistas...muito menos maoistas.
Ah, havia também cartazes do Che...e claro dos movimentos guerrilheiros da América Latina. Mas, na altura, havia uma ENORME diferença entre aquilo que era o "terrorismo" e o que é hoje. Mesmo com alguns erros, havia a ENORNE diferença que se lutava por causas e se tinha um enorme respeito (salvo muito poucas excepções, não tenho receio de me enganar) pela vida humana. Nòs, como lembra a Isabel, sempre tivemos. As únicas vítimas das acções das BR foram dois militantes que sofreram um acidente ao despoletar uma bomba (antes do 25 de Abril), que não provocou outras vitimas. Caamavam-se Ernesto e Luís e anos mais tarde eu vivi na UPEL . UNiversidade Proletária Ernesto e Luís. (nome giro, à luz de hoje, não é? Universidade Proletária...).Hoje é um banco...
Quanto às divisões..olha, um camarada trotskista (duma das centenas de divisões de ontem que ainda hoje se mantêm), contava-me há tempos uma anedota sobre isso:
"Onde há dois trotskistas, há um Partido...onde há três,uma Internacional..onde há quatro...uma cisão!!".
Pelo que me lembro poder-se-ia aplicar também aos movimentos MLs de então.
Ribeiro, efectivamente não estava.
O orgão oficial era mesmo o Revolução, como você diz. O Página Um, também era semanal (creio que saía à Sexta Feira), apareceu mais tarde e pretendia ser menos "partidário" que um orgão oficial. Depois fez campanha pelo Otelo em 76 e acabou, se não me engano em 1977. (Vou ter que rever datas, que gaita!!!).
Na altura havia também o Gazeta da Semana de boa memória...se a memória também não me atraiçoa, mais ligado ao MES (seria? quem se lembrar desses tempos, help me!!!).
Augusto, sabes que ainda hoje acho que muitas das divergências, a nivel de grupos de origem ou de ideologia (não sei se devo usar o "ou" ou o "e") trostquista têm bem mais de pessoal do que de ideológico (tenho assistido a isso no BE, como deves deduzir...).E são muito mais traumas do passado...que formas diferentes de ver o presente.
Mas acaba por ter alguma piada :))
Pois também não sei as razões, como disse ao Ribeiro. Um dia que encontre a Isabel do carmo (encontrei-a ao fim de anos, mas depois disso já nos cruzámos algumas vezes, hei-de tentar averiguar...).
Ah e concordo contigo, quanto ao maoísmo da UDP...mas não te esqueças que vocês tinham seis e não cinco senhores nos cartazes...acho que a dada altura, para além do Grupo dos Cinco...meteram lá o Enver Hoxha, passando assim de quinteto a sexteto!!
(Queres ouvir um desabafo: não consigo ver nada disto com um minimo de "ai kredo, onde eu andei metida!!??"...ainda hoje, sei que os meus erros, os meus defeitos, mas também a minha persistência e alguma qualidade que possa eventualmente, ter, foram feitos nesses dias. E a evolução, as mudanças, acabam por me aperecer como naturais...inevitáveis, mas naturais).
Queres uma informação, quando a UDP fez o primeiro Comicio no Pavilhão dos Desportos, discutiu-se o que se deveria pôr, pois cá este teu a Augusto, que tinha chegado de França com muito material dos Chineses,tinha uns retratos enormes em pano do Marx , do Engels, do Lenine , do Estaline e do Mao, e como era o que havia, bumba fez-se uma cortina e puseram-se os retratos em pano dos 5.
Se calhar se eu não tivesse trazido aqueles 5 enormes retratos, a cortina teriasó uma frase , tipo Avante com a revolução popular, ou outra do mesmo tipo.
Assim tiveram direito aos 5 santinhos.....
O Enver entrou no presepio mais tarde, mas aí não tenho nenhuma responsabilidade.
Augusto Pacheco
Eu bem me parecia que tu tinhas tido culpa de o quinteto andar por esse País fora, nos comícios da UDP??!!
E pensa lá bem, se não tiveste mesmo nenhuma culpa no outro santinho, hein??? Vá, confessa!!!
"acções armadas das BR de antes do 25 de Abril, por exemplo" sim, sim, dêem lá os tais exemplos.
Como não pretenci ás BR , não vou falar de acções armadas, deixo isso a quem militou, e deu o corpo ao manifesto nessas acções.
Lembro contudo uma acção que teve impacto até no estranjeiro, 2 PORCOS VESTIDOS DE ALMIRANTE a passearem na Praça do Comercio.
O Humor bem utilizado é uma arma terrivel....
Augusto Pacheco
Anónimo das 7:45,
A resposta á sua pergunta está no jornal "Revolução" Ano 1 nº1 de 1 de Junho de 1974 na página 3.
Curioso, faz capicua...
Anónimo das 19,45.já nem o mando ler o Revolução como faz o Ribeiro...olhe procure no Google...nem é dificil. Coloca assim "BR acções armadas antes do 25 de Abril", por exemplo e vai ver que chega lá.
Atão o Sócrates anda a oferecer computadorzinhos aos meninos e a gente não aproveita?
Como escrevi também não estive lá (não fui assim tão precoce...) mas se ficar com alguma dúvida, pode ser que o possa ajudar. È só pedir.
Augusto, essa dos porcos Américos Tomazes lembro-me bem de ouvir falar, mesmo na altura. A medo, mesmo lá na terra se falava nisso...e sim o humor quando usado com inteligência pode ser uma arma.
Ribeiro, não tenho o 1º Revolução, pelo que vejo você tem e...se eu fosse assim um cadito desavergonhada e lhe pedise, sei lá, que mo digitalizasse e...sei lá...me enviasse...e sei lá...ficaria para sempre agradecida!!!!
Quando pudesse. se pudesse...
è muito abuso?
Olhe eu retribuia com uma tulipa...para além de um Obrigado enorme, claro.
Isabel Faria,
Fica prometido.
Levará algum tempo porque não depende de mim. O formato do jornal é A3 e como o meu scaner é A4, terei de recorrer aos amigos.
Em breve darei notícias.
Isabel
Se bem me lembro o Página UM foi, primeiro, m diário.
E só apareceu depois do fim da Gazeta da Semana.
Ribeiro, obrigado. Fico a aguardar.
Com a túlipa!!!
Hieros, és capaz de ter razão quanto a ter sido diário. Mas não me parece que tenha aparecido só depois da Gazeta da Semana. Mas, sinceramente, não aposto.
Um destes dias vou tentar avivar a memória...é uma gaita, mas a idade guarda pedacinhos tão claros como se fosse hoje, mas é uma chata para cronologias...
Zabelinha, por motivos do "associativismo", porque será que ainda mantemos essas utopias, aos sessenta e dois? Dizia eu que, por vias disso, só esta manhã, tive conhecimento, do que nos contas.
à memória, vieram-me imediatamente. imensas recordações, mas só vou fa,lar do "Página Um", que ambos sabemos como era feito, qual a corrente que o suportava e por aí fora. Conto um episódio, revelador, da época. Era eu, correspondente e vendedor do "Página Um", na minha terra, em pleno Alentejo. Consegui que muita gente do PCP, aderisse à ninha/nossa causa, comprando o jornal. Dentre esses, familiares meus, muito chegados, como o meu pai e alguns tios. Foram comprando, até um dia, em que, sabe-se lá porquê, o deixaram de fazer. Eu, sei a razão. Descubram voçês, porquê.
Um beijo grande e um, enorme obrigado, por me manteres informado.
José, não é complicado de descobrir...sobretudo se nos lembrarmos que vivias no Alentejo...eu vivi o mesmo um bocadinho mais a norte.
"acções armadas das BR de antes do 25 de Abril, por exemplo" sim, sim, dêem lá os tais exemplos.
8/17/2008 7:45 PM
Anónimo Anónimo disse...
Como não pretenci ás BR , não vou falar de acções armadas, deixo isso a quem militou, e deu o corpo ao manifesto nessas acções.
Lembro contudo uma acção que teve impacto até no estranjeiro, 2 PORCOS VESTIDOS DE ALMIRANTE a passearem na Praça do Comercio.
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