3ª Promessa eleitoral
Tenho um problema: adoro a minha casa. Adoro o meu bairro. Não creio que soubesse viver noutro lugar.
Mas queria ter uma casa enorme...cheia de paredes brancas como a minha, mas enorme. Com uma sala grande, com janelas sobre o Mar ou sobre a serra, onde colocasse uma cadeira de balouço, uma estante com alguns livros, não livros novos, para descobrir, não, os meus livros, aqueles onde volto sempre, que já reli dezenas de vezes, o Hiroshima meu Amor, o Sidarta, o Até ao Fim, os Eugénios de Andrade, alguns Vargas Llosa e outros tantos Nerudas, mais Duras, o Amante, para as noites frias, O Velho e o Mar, Bernardo Soares, e onde pudesse encher as paredes de quadros. Escolheria para as paredes brancas da sala da cadeira de baloiço, quadros assim. Sou uma amante da pintura naif. Abro bem os olhos e a alma, e entro por eles adentro.
Mas queria ter uma casa enorme...cheia de paredes brancas como a minha, mas enorme. Com uma sala grande, com janelas sobre o Mar ou sobre a serra, onde colocasse uma cadeira de balouço, uma estante com alguns livros, não livros novos, para descobrir, não, os meus livros, aqueles onde volto sempre, que já reli dezenas de vezes, o Hiroshima meu Amor, o Sidarta, o Até ao Fim, os Eugénios de Andrade, alguns Vargas Llosa e outros tantos Nerudas, mais Duras, o Amante, para as noites frias, O Velho e o Mar, Bernardo Soares, e onde pudesse encher as paredes de quadros. Escolheria para as paredes brancas da sala da cadeira de baloiço, quadros assim. Sou uma amante da pintura naif. Abro bem os olhos e a alma, e entro por eles adentro.
A cadeira de baloiço seria, apenas, para me embalar na viagem...Os livros de sempre para ousar dela voltar.
Etiquetas: Isabel Faria
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Há Dias
Há dias em que julgamos
que todo o lixo do mundo
nos cai em cima
depois ao chegarmos à varanda avistamos
as crianças correndo no molhe
enquanto cantam
não lhes sei o nome
uma ou outra parece-me comigo
quero eu dizer :
com o que fui
quando cheguei a ser luminosa
presença da graça
ou da alegria
um sorriso abre-se então
num verão antigo
e dura
dura ainda.
Eugénio de Andrade
Nota: Penso que este poema de Eugénio de Andrade foi escrito a pensar em ti.
Camarada, muita gentileza tua, pores o Eugénio a escrever poemas para mim...mas tens alguma razão: ainda vou sempre recupeando o sorriso (ou a capacidade de sorrir? não é bem a mesma coisa ou nem sempre é simultâneo, creio...), depois de dias assim. E sim, para isso muitas vezes tenho que voltar a um qualquer Verão antigo, cheio de crianças a correr a molhe. E eu nelas.
Obrigado pelo poema.
Está prometido que quando for o salão da pintura naif no Estoril te aviso.
Nando, costumo estar atenta...mas é sempre bom ter a certeza que estarei atenta!!
Obrigado.
Em tua homenagem, pelo gosto que tens pela pintura naif, vai amanhã sair na "sesta", um video sobre ela e a ti dedicado.
Obrigada, Zé.
Vocês estragam-me com mimos!! :))
Amahã lá estarei de de saqueta a tiracolo á espara da minha prenda.
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