Quarentena no Parlamento
Por outro lado não se pode esperar que a mesma colecção de colestrol elevado, que dá pelo nome de deputados, e que se dão ao luxo de legislar sobre o teor de sal no pão, possa agora preocupar-se com imagens que porventura poderiam mostrar miséria, fome e exclusão social.
Já imaginaram o que seria um deputado chegar depois do seu belo almoço, regado com um Alvarinho seguido de um bom digestivo e ser confrontado com imagens de desempregados e reformados que mendigam para comer. Poderia até dar uma congestão nos excelentissimos senhores. Ou pior ainda poderiam sentir algum tipo de remorço o que poderia levar a situações tão extremas como por exemplo quererem legislar sobre coisas tão desinteressantes como o ordenado mínimo, as pensões ou a revogação do código de trabalho.
Ainda bem por isso que no novo sistema vídeo da sala das sessões do parlamento só vai poder passar fotocópias de jornais, gráfios e estatísticas. Nada de som e imagem. Até porque veja-se bem. Já viram a confusão que seria se um sistema na AR fosse aproveitado a 100%? Que implicações teria sobre os outros sistemas tão bem sub-aproveitados? Que efeitos teria isso na saúde dos nossos governantes?
É bom saber que quem nos rege é tão sensato e tem uma visão tão futurista.
Viva o plano tecnológico nacional.
Etiquetas: Daniel Arruda
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