Para além do Tibete...a China
A luta pela independência no Tibete até pode ter uma quantidade de leituras. Pode-se lembrar o regime feudal de antes da ocupação chinesa, pode-se falar nos interesses dos EUA (se bem que aqui, temos que fazer um certo esforço...a China não é, hoje conhecida como um dos inimigos de estimação dos EUA...), pode-se duvidar dos intuitos democráticos dos manifestantes. Podem-se colocar videos em que se vêem cenas de violência racista. Pode-se, na posse de todos estes dados contraditórios, ter dúvidas se a repressâo chinesa pode ser "justificável".
Mas depois conhecem-se estas notícias. E a não ser que o operário Yang Chunlin e mais as 10.000 pessoas que assinaram o protesto, façam todos parte da "camarilha" do Dalai Lama, e, portanto, esteja assim justificada a tortura, a intimidação e a condenação, fica-se com a certeza que até podem surgir dúvidas de quem e do que está por detrás dos tibetanos que lutam pela independência, não há nenhuma dúvida do que é a República Popular da China.
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Etiquetas: Isabel Faria
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A RPChina é uma feroz ditadura capitalista - "comunista". Os seus defensores são os suspeitos do costume. Se os EUA estivessem do lado da China e não dos Tibetanos. Eles eram pró-Tibete. O mundo não é a preto e branco.
José Manuel, não é mesmo a preto e branco. Fui lá juntar um parágrafo, porque me pareceu que ali faltava: afinal neste momento, para os EUA, a China até é uma ditadura das boas e amigas...
Yang Chunlin
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Yang Chunlin (Chinese: 杨春林; Pinyin: Yáng Chūnlín) is a human rights activist in China. Yang has published numerous articles on human rights and land rights. In 2007, he helped organise a petition entitled, "We want human rights, not the Olympics."[1] The petition reportedly collected over ten thousand signatures.[2] Yang was arrested in July 2007 and charged with "inciting subversion of state power".[3] His trial began in February 2008 in the city of Jiamusi.[4][5]
[edit] References
1. ^ Human Rights Watch 2008, 'HRW World Report 2008: Events in China in 2007', www.china.hrw.org, no date. Retrieved 3 March 2008.
2. ^ Associated Press 2007, 'China arrests anti-Olympics activist', ABC News (US), 3 September. Retrieved 3 March 2008.
3. ^ Beck, L. 2008, 'China foreign minister defends rights record', Reuters, 28 February. Retrieved 3 March 2008.
4. ^ Fang Yuan & Yan Xiu 2008, 'China tries land activist who opposed Olympics', Radio Free Asia, 19 February. Retrieved 3 March 2008.
5. ^ Dickie, M. 2008, 'Beijing dismisses rights fears', Financial Times, 28 February. Retrieved 3 March 2008.
Anónimo, Esse copy paste foi para dizer que um trabalhador não pode ser activista dos direitos huamnos e escrever artigos...ou o contrário?
Ou era só para dar uma informaão que, obviamente, agradeço?
Sempre me itrigou aúria geral quanto ao tibete. Nos tempos da guerra fria que talvez episodicamente permaneça era uma forma de desestabilizar a rpc, aspeto que talvez se mantenha, dada a forma como a rpc se apresenta.
Mas desde a colonização inglesa até agora,pretende-se separar a índia da china, evitar ali um bloco que, se calhar,acabará mesmo por se formar de maneira original.
Os interesses económicos evidentes é que não vêm a público, será que tudo se joga num aspecto geo- estratégico e/ou ideológico?
Ofensiva antiolímpica do separatismo no Tibete
Era de se esperar. Os inimigos da China e do socialismo chinês não iam mesmo assistir de braços cruzados ao sucesso das Olimpíadas de Pequim, no fantástico Estádio Ninho de Pássaro e dezenas de outras instalações especialmente construídas para a grande festa esportiva da amizade entre os povos. Alguma eles iam aprontar.
Em Taiwan seria difícil: seu homem na ilha, o separatista Chen Shui-bian, marchava para uma feia derrota na eleição presidencial, como de fato ocorreu neste sábado, com a vitória do Kuomintang e da proposta do diálogo. O separatismo no Xinjiang pegaria mal, por suas conexões com o terrorismo de Bin Laden & Cia. Acionaram então o separatismo tibetano e seu indefectível dalai lama, que alimentam e financiam há meio século.
Não conseguiram grande coisa: algumas jornadas de violência em Lhasa e outras cidades, promovidas por brigadas de arruaceiros que destruíram, queimaram e mataram gente inocente, até que a polícia os conteve, sem usar armas de fogo. Mas foi o que bastou para a bem oleada máquina propagandística dessa gente armar o circo da crise tibetana e iniciar sua ofensiva antiolímpica.
É mentira que não existam imagens dos distúrbios. O Vermelho apresentou neste sábado o vídeo de uma impressionante reportagem de 15 minutos, produzida pela rede estatal CCTV. As imagens e depoimentos falam por si: como a do pai da jovem Shen Xia, 18 anos, queimada viva junto com quatro colegas na loja onde trabalhava. É por opção editorial que a mídia dominante não mostra essas cenas: elas rebentariam sua campanha como uma bolha de sabão.
Tampouco é verdade que os eventos de março visem a autonomia do Tibete. Este já é uma das cinco Regiões Autônomas da China – estatuto que lhe permite cultivar livremente sua língua, cultura, costumes e crenças, inclusive o budismo tibetano. Foram os desordeiros de março que espezinharam um por um os quatro preceitos do budismo – não matar, não roubar, não trair e não mentir.
Apesar da cumplicidade midiática, a grife da causa do dalai lama sai arranhada dos episódios. A começar pela aura pacifista laboriosamente montada por ele – embora se trate de um estranho ''pacifista'' que apoiou a invasão e apóia a ocupação do Iraque pelos 160 mil soldados de seu amigo George W Bush. Ficou visível o embaraço de sua santidade o Buda vivo ao ver seus discípulos lhe rasgarem a fantasia.
O papel dos monges nos distúrbios merece um registro. Ele não se liga à sua condição de religiosos, mas ao status de classe dominante de que gozavam no sistema teocrático-feudal-escravista que veio ao chão depois da contra-revolução de 1959. É de estarrecer que um pedaço do planeta tenha chegado à segunda metade do século 20 sem uma única estrada, uma só escola laica ou lâmpada elétrica sequer, mas com uma classe dominante de aristocratas e monges da casta superior, que sujeitavam a maioria trabalhadora formada por servos e escravos.
Assim era o Tibete de que o dalai lama tem saudades. Uma de suas peculiaridades era o uso de seres humanos como montarias: como não havia estradas, os monges e aristocratas se locomoviam carregados nas costas de escravos ou servos.
Os 1,3 bilhão de chineses de todas as nacionalidades, a começar pela tibetana, com certeza não permitirão a volta desse passado. Continuarão a construir sua pátria que não se cansa de deslumbrar o mundo pela pujança do seu progresso, progresso que avança no Tibete em ritmos mais elevados que a média nacional. Perseverarão na busca da meta avançada de uma sociedade socialista harmoniosa. Capricharão ainda mais nos preparativos dos Jogos Olímpicos de Pequim, que encaram como uma oportunidade de ouro para exibir ao mundo a China de hoje, um país de carne e osso, com qualidades e defeitos, mas que com razão enche de orgulho os seus filhos. Ninguém há de estragar a sua festa, que é também a de toda a humanidade amante da paz e do progresso.
http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=34670
Adorei esta:
"Ofensiva antiolímpica do separatismo no Tibete
Era de se esperar. Os inimigos da China e do socialismo chinês não iam mesmo assistir de braços cruzados ao sucesso das Olimpíadas de Pequim, no fantástico Estádio Ninho de Pássaro e dezenas de outras instalações especialmente construídas para a grande festa esportiva da amizade entre os povos. Alguma eles iam aprontar."
Eu espero e anseio pelo boicote dos estados livres aos jogos de Pequim. Um país que pratica apena de morte como a china não merece o meu respeito. Um país onde a liberdade não exste não me merece respeito. Num país causador de tanta poluição a ponto de só na prova d etriatolo e maratona já ter havido mais de 35 atletas que disseram que não vão correr a pequim porque o ar representa um perigo de vida numa prova daquelas não me merece respeito. Um país que utiliza amão de obra infantil e a jornada de trabalho de 14 horas não merece o meu respeito Podiamos continuar aqui mas não quero. Prefiro ficar no ninho de pássaro, estádio magnifico erguido em tempo recorde porque os presos, exepto os políticos, foram obrigados a trabalho escravo.
Estes jogos Olímpicos são a vergonha dos tempos modernos.
Os próximos podem fazé-los para seguir a linha de coerencia no Zimbabue.
Quando o poeta aponta a lua, o tolo apenas vê o dedo.
CIA: "Fomos nós que preparámos a insurreição no Tibete"
por Infortibet [*]
Dois bons amigos. Em 1951 os comunistas tomaram o poder no Tibete. No decurso dos dois séculos anteriores nem um único país do mundo havia reconhecido o Tibete como país independente. Durante estes duzentos anos a comunidade internacional considerara o Tibete como parte integrante da China ou, pelo menos, como um estado vassalo. Já em 1950 a Índia dizia que o Tibete era um componente da China. A Inglaterra que, há quarenta anos, ocupava uma posição privilegiada no Tibete seguiu a posição indiana ao pé da letra.
Unicamente os Estados Unidos mostraram-se hesitantes. Até à Segunda Guerra os EUA consideravam o Tibete como pertencente à China e chegaram a travar os avanços da Inglaterra no Tibete. Mas, após a guerra, os EUA quiseram fazer do Tibete uma fortaleza religiosa contra o comunismo.
Ao contrário do que se passou com a questão coreana, ficaram completamente isolados. Não puderam por de pé a mínima coligação internacional. Em 1951, a maioria da elite tibetana, ela própria, inclusive a Assembleia geral ampliada, aceita o acordo negociado com a China quanto a uma "libertação pacífica".
Mas isso muda quando, em 1956, as autoridades decidiram aplicar uma reforma agrária nos territórios tibetanos da província de Sichuan. A elite local não aceita que se toque nas suas propriedades e nos seus direitos. Isto iria conduzir ao levantamento armado de 1959.
A preparação da revolta armada durara anos, sob a direcção dos serviços secretos americanos, a CIA. Esta escrito, preto no branco, em The Cia's Secret War in Tibet (A guerra secreta da CIA no Tibete), de Kenneth Conboy (University Press of Kansas, 2002, 300 páginas), uma obra a propósito da qual o especialista da CIA, William Leary, escreve: "Um estudo excelente e impressionante sobre uma importante operação secreta da CIA durante a guerra fria".
Outro livro, Buddha's Warriors: The Story of the CIA-Backed Tibetan Freedom Fighters, the Chinese Invasion, and the Ulitimate Fall of Tibet (Os guerreiros de Buda – A história dos combatentes tibetanos da liberdade sustentados pela CIA), de Mikel Dunham (Penguin, 2004, 434 páginas), explica como a CIA transferiu centenas de tibetanos para os Estados Unidos, treinou-os e armou-os, lançou armas por meio de para-quedas sobre o território, ensinou às pessoas como podiam utilizar armas de fogo estando a cavalo, etc.
O prefácio desta obra foi redigido por "Sua Santidade o dalai-lama". Sem dúvida este último considerou uma honra o facto de a rebelião separatista armada ter sido dirigida pela CIA. Neste prefácio, ele escreve: "Apesar de eu acreditar que a luta dos tibetanos não possa ser vencida senão através de uma abordagem a longo prazo e por meios pacíficos, sempre admirei estes combatentes da liberdade pela sua coragem e sua determinação inquebrantáveis" (página XI).
[*] http://infortibet.skynetblogs.be/ (em holandês)
Ver também
# Quanto o Dalai Lama estava no poder, 95% dos tibetanos podiam ser vendidos como mercadorias
# Violências no Tibete: uma opinião alternativa
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
Tolo, hipócrita (os USA têm pena de morte) e mais papista que o papa (o Dalai quer os Jogos em Pequim).
Declaração do Governo Revolucionário
• Cuba condena campanha para fazer fracassar os Jogos Olímpicos de Beijing
• Assim que o Comitê Olímpico Internacional concordou em 2001 outorgar a sede dos Jogos Olímpicos de 2008 a Beijing, o governo e o povo da República Popular da China assumiram com o maior espírito esportivo e grande responsabilidade a organização deles sem poupar recursos nem esforços, aceitaram inúmeras sugestões e adotaram decisões encaminhadas a garantir as condições ótimas para a estada dos participantes nos Jogos. A decisão de outorgar a sede à República Popular da China constituiu um reconhecimento a seu indiscutível prestígio, ao nível que atingiu no esporte e a seu trabalho a favor do movimento esportivo internacional.
O governo de Cuba condena energicamente as tentativas de organizar uma cruzada para fazer fracassar este nobre empenho, por trás do qual se escondem motivações políticas. Esta campanha constitui uma agressão ao movimento olímpico internacional. Ao mesmo tempo, Cuba expressa seu reconhecimento e apoio total aos esforços da República Popular da China para garantir o sucesso dos Jogos Olímpicos.
Lançaram uma avessa campanha midiática, secundada por ações destinadas a fazer perder a confiança internacional na capacidade do governo chinês para cumprir seus compromissos. A isso se somam agora os recentes acontecimentos no Tibet, que ocasionaram vítimas fatais e incalculáveis perdas materiais. É evidente que estes distúrbios foram planejados e promovidos do exterior. Para Cuba, é revelador o papel desempenhado pela denominada Rádio Ásia Livre, principal porta-voz da atual campanha da mídia contra a China, cujos patrocinadores são os mesmos que defendem aqueles que estimulam o separatismo no território chinês.
Os atos de agressão de que foram alvo 19 embaixadas e repartições consulares chinesas em 16 países constituem uma gravíssima violação ao espírito e à letra das Convenções de Viena sobre as relações diplomáticas e consulares.
O governo de Cuba expressa sua firme oposição a qualquer tentativa de intromissão nos assuntos internos da China e de atentado a sua soberania e integridade territorial. Da mesma maneira, exorta a opinião pública internacional e a comunidade esportiva a defenderem os nobres ideais que inspiraram o espírito olímpico.
Havana, 22 de março de 2008 •
http://www.granma.cu/portugues/2008/marzo/lun24/Declaracao.html
Caro Daniel Arruda,
O «modelo» de socialismo do PCP e meu não é o chinês. É português e é este, como já escrevi várias vezes no meu blog:
http://ocastendo.blogs.sapo.pt/39903.html
http://ocastendo.blogs.sapo.pt/39984.html
http://ocastendo.blogs.sapo.pt/40288.html
Quanto a algumas comparações talvez, quando se fazem, convenha recordar que 1 em cada 5 cidadãos deste planeta vive na RP da China. Fora as muitas dezenas de milhões que vivem no resto do Globo.
Por exemplo: a China tem 1/5 da população mundial e é responsável por 1/5 da poluição mundial. Percebido?
Em 10/03 quem quis manifestar-se no Tibete manifestou-se, nada aconteceu, nem houve proibições.
Grande desfeita esta que as autoridades fizeram aos separatista, pois até já tinham organizado marchas na Índia contra a repressão, que afinal não houve.
Quatro dias depois, numa lógica de perdido por cem perdido por mil, desencadeiam então a sangue frio actos de puro vandalismo: ataques (lojas, super-mercados, bancos, escolas), destruição de bens e propriedades, fogos postos, pilhagens. Com agressões a quem acudia (bombeiros, polícias, pessoal de ambulâncias).
Que fizeram as autoridades? Socorreram os agredidos, ordenaram o recolher, esperaram que os ânimos acalmassem e apenas no dia seguinte fizeram entrar mais forças de segurança e apelaram à entrega voluntária dos perpetradores da violência. Muitos já o fizeram e já foram presentes aos tribunais; os mortos – todos chineses! - foram enterrados, os feridos tratados, o lixo recolhido, e recomeçaram a reconstrução do que foi destruído: escolas, bancos, lojas, edifícios públicos.
Irreparáveis são apenas as vidas inocentes perdidas e mais que tudo o mito e o rótulo de “pacifismo” dos separatistas.
De resto, ao cães ladram e a caravana passa.
Cara Isabel Faria,
Depois pega-se no El País e descobre-se isto: «El País fabrica informação falsa, Carta do Secretário-geral da OEA» in http://odiario.info/articulo.php?p=672&more=1&c=1
Pega-se na BBC e descobre-se que um ano depois (1966) veio pedir desculpa publicamente e em grandes parangonas das falsas informações transmitidas que justificaram a repressão de Suharto na Indonésia. Só que entretanto tinham sido massacrados 3 milhões de indonésios (os números são dos carrascos) dos quais mais de meio milhão de comunistas.
Depois pega-se no canal 2 da televisão pública francesa de um governo socialista e de um presidente socialista (Miterrand) e descobre-se que fabricou o alegado massacre de Timisoara. De 4 mortos passaram a 4 mil. Foram buscar cadáveres às morgues para filmar. Foram demitidos por isso. Este caso é estudado em muitas escolas de comunicação social. Só que entretanto Ceaucescu e mulher e outros tinham sido fuzilados sem julgamento e o regime político tinha sido derrubado.
Para já não falar das armas de destruição no Iraque que até a mim enganaram...
Como diz o José Manuel Faria o mundo não é a preto e branco. Eu acrescentaria mais. É feito de todas as cores, tonalidades e tons do pantone. Pena é que tantos o esqueçam a cada momento.
Quanto ao seguidismo insinuado pelo mesmo autor recorda-se aqui que o PCP várias vezes discordou (e actuou no terreno em conformidade) de orientações de política externa da URSS: Palestina e Zimbawe são dois exemplos, mas podia dar mais.
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