quarta-feira, abril 30, 2008

May-Day

O desfile do 1º de Maio da CGTP vai ter pelo menos mais uma organização participante. É o May-day, uma organização transnacional para a defesa dos trabalhadores precários que funciona diferente dos sindicatos mas nem por isso tem menos interesse muito antes pelo contrário, pois opera num segmento dos trabalhadores que por acaso até são os maioritários em Portugal e onde os sindicatos tradicionais fazem muito pouco trabalho. Com muita carolice num meio onde não é fácil realizar trabalho dadas as naturais dificuldades que a situação de precário tem o may-day tem se aguentado e crescido e como é óbvio não poderia á semelhança de outras organizações em outras cidades europeias deixar de se associar aos festejos do dia do trabalhador. Paras quem quiser juntar-se a esta imensa maioria de trabalhadores precários poderá consultar ou o site (o link está lá em cima) ou então ver o programa das festas que vem a seguir.
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- Concentração no Largo Camões (metro Baixa / Chiado), 13h, para pic-nic e animação
- Partida às 15 horas em direcção ao Martim Moniz
- Desfile com a Manifestação do Dia d@ Trabalhador/a
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O Apelo é simples. Se és precário não fiques em casa pois é na rua que se faz a luta e depois das últimas ideias (leis) do governo não é solução assobiar para o lado e fingir que nada se passa.

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O sistema é como o algodão. Não engana.

Ainda há quem diga que os computadores e sistemas não são inteligentes a ponto de nos darem lições. Hoje ao tentar aceder à petição que visa recolher assinaturas para que AJJ se candidate á presidência do PPD-PSD o computador deu-me a mensagem que podem ver na imagem em baixo:
Your request was denied because of its content categorization: "Pornography".
Leram bem Pornografia. É isto que o sistema acha desta candidatura. A não ser que haja aqui uma maozinha do quase engenheiro que com medo desta candidatura já tena posto o SIS a boicotar todas as manobras.
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Se tiverem dificuldade em ver cliquem na foto para aumentar

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terça-feira, abril 29, 2008

Eu cá quero campanha para todos!!!!

O Daniel ali em baixo diz que vai fazer campanha pelo Jardim. Eu cá, proponho aqui, publicamente, que o Troll faça campanha por eles todos. Tipo um dia cada um, ou todos ao molhe e fé em Deus e assim...
Poder-se-ia, se se optasse por ter um dia certo para cada um, fazer pelo Santana, à Segunda, pelo Passos Coelho, à Terça, pelo Antão à Quarta, pela ex-ministra da educação e das finanças do Cavaco, à Quinta, pelo Jardim à Sexta...parece que há outro que não me lembro o nome e far-se-ia ao Sábado. O Domingo que é o dia de ir ao Circo, a gente não faria campanha, para impedir qualquer perigo de overdose.

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Os meus restaurantes II

Vou voltar aqui como prometido aos “meus” restaurantes. E o 2ª desta lista que prevejo vir a ser grande é um que curiosamente descobri este fim-de-semana porque a lista não se vai resumir apenas aos restaurantes dos quais sou cliente ou daqueles que já conheço há muito tempo. Vejam lá que a minha lista, sim que eu já tenho uma lista feita (que pode sofrer alterações) até contempla um fast food.
Vamos então falar do restaurante da semana. Fica em Vila de Frades, junto á Vidigueira e chama-se “le Poulet” derivado, pelo que me disseram, do facto do dono ter vivido em França durante algum tempo. No entanto deve ser mais fácil quando chegarem á terra perguntarem pelo restaurante do Nuno Cartó, pois o dono é mais conhecido que, e usando uma expressão popular, o “azeite e o vinagre”. O que não é de estranhar dada a simpatia que demonstra.
Estando no Alentejo não é no entanto um restaurante de comida tradicional, embora também a encontremos na ementa. É no que á ementa diz respeito um restaurante banal, mas a diferença está na qualidade. Os secretos de porco são mesmo secretos e não uma carne a imitar. As carnes bem temperadas e como o nome indica o frango que é uma especialidade da casa. Isto para não falar nos petiscos com as saladas de ovas e búzios á cabeça e os sempre presentes caracóis que medem valores com qualquer casa de caracóis do país. Até mesmo com o famoso “Júlio dos caracóis” (unanimemente o melhor caracol da zona de Lisboa) em Braço de Prata. Falta falar da estrela da companhia que não se comendo, bebe-se. A imperial. Viva do 1º ao último momento, gelada, em suma, como se quer uma imperial.
Falta falar dos preços. Se vos disser que 4 adultos e 3 crianças petiscámos (comemos e bebemos) por apenas 42 Euros, o que me dizem. Só podem dizer que é barato. Mas mesmo que se estiquem com as sobremesas e vinhos um almoço nunca ultrapassa os 12 Euros por pessoa.
Fica aqui a minha recomendação para quando forem ao Alentejo desde que não vão á 2ª Feira que é dia do merecido descanso. Fica na Rua de Lisboa nº 41 e se precisarem de telefonar podem usar o 284441068 porque não é difícil encontrarem o “le Poulet” completamente cheio.

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Socorro

Socooorrrrrooooooooo! A malta lá do Alberto João já estão a recolher assinaturas para o inanarrável se apresentar ás eleições para líder do PPD-PSD.
Fica aqui o compromisso do Troll Daniel que se AJJ avançar eu farei aqui campanha pela sua pessoa. É que enquanto blogger ter o AJJ como líder da oposição é um sonho tornado realidade. Muito melhor que Santana ou a Manuela.

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segunda-feira, abril 28, 2008

Fim de semana na Vidigueira

Caros amigos estou de volta do Alentejo profundo, mais propriamente dessa bela localidade chamada Vidigueira que como fizeram e bem questão de me explicar fica na fronteira entre a serra e a verdadeira planície alentejana. Aquela planície que da ermida de S.Teotónio se vê até perder de vista e que encanta qualquer um. De qualquer forma eu sou suspeito. Eu sou dos que não sendo alentejano adoro esta região, os seus costumes e as suas tradições. Especialmente a sua gastronomia e os seus cantares. Haverá alguma coisa mais bela que estar numa roda de amigos a petiscar uns bons enchidos e a ouvir, ou para quem sabe cantar, uma boa canção? Nããããã!!!!!
Mas voltando á Vidigueira, não posso deixar de agradecer a todos os que me receberam como se família se tratasse. É certo que fui com um filho da terra mas os seus amigos e familiares não tinham a obrigação de me receber assim e neste aspecto um beijinho especial para a D.Maria que para além de me dar um almoço que estava divinal (uma bela açorda de tomate com peixe, queijo e ovos) ainda me fez saír de sua casa com um saco de laranjas, outro de limões, duas couves coração e um pão daqueles que só o Alentejo nos sabe dar. Dizer "Obrigado" é pouco, mas que mais posso dizer.
Eu não conhecia a Vidigueira, nunca lá tinha ido e posso dizer que gostei. Um senão. A Camara Municipal tem de rapidamente arranjar solução para ter igrejas, ermidas e as ruinas romanas abertas. Isto para não falar na casa onde viveu e morreu Vasco da Gama estar encerrada com um valioso espólio longe do olhar de tantos que gostariam de o ver só porque agora aquilo é propriedade privada. O estado tem como obrigação investir na cultura. É um quase crime que não se possa visitar o interior dos espaços porque "não há funcionários". Muito positivo achei a oferta hoteleira no que a dormidas diz respeito. Há oferta e não é por isso que não se passa uns dias lá. E nem é assim tão caro.
Ainda tive tempo para um saltito á Ovibeja. Continua uma grande feira. Como diz a publicidade. "um encontro de todo o Alentejo". Mas aqui também um senão. Ainda me cruzei com o Sr. Silva, o que so não estraga o dia a qualquer um porque a feira é realmente muito boa.
Em suma, um grande fim de semana que até deu para comprar mais um CD de cantares alentejanos mais propriamente do Grupo Coral "Os vindimadores", mas como não encontrei no youtube este grupo deixo-vos com o grupo de Cabeça Gorda, que foi o mais perto que encontrei no site.
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domingo, abril 27, 2008

Aviso da ASAE


Não comam fiambre!!!

Se já repararam na embalagem está escrito:
"Fiambre da Perna Extra"
Então se o porco só tem 4 pernas
Qual será a extra????

Cinquenta anos

Deveria, talvez, dizer-lhes que sei que não foi exactamente comigo que sonharam...que sei que os fiz vítimas de opções que nunca entenderam...que quando saí de casa, não lhes dando sequer tempo de me verem crescer, os magoei duma forma de que, pelo menos a minha mãe, nunca recuperou.
Deveria,talvez, tentar explicar-lhes que as paixões assalapadas provocam sempre estilhaços e que eles acabaram por serem deles as principais vitimas.
Deveria, talvez, tentar explicar-lhes, ainda mais uma vez, que tinha uma revolução para salvar, um grande amor, que julgava eterno, para viver, e que isso se tornou, então, mais importante, mais decisivo, que as suas lágrimas e a dor que lhes provoquei.
Deveria tentar justificar o nunca me ter tornado "dótora", nem mãe de família, esposa e dona de casa exemplar, com o 25 de Abril, o facto de a Revolução não poder passar sem mim (esta eles não acreditam, mas como gostam muito de mim, pode ser que finjam acreditar...), a mania parva de que as paixões só fazem sentido se tirarem o ar e impedirem o discernimento.
Deveria, talvez, então, pedir-lhes desculpa por não lhes ter concretizado o sonho de faz hoje cinquenta anos, quando, a minha mãe, linda, de vestido branco e o meu pai, talqualzinho um galã de cinema dos anos cinquenta, tiraram aquela fotografia ao pé da oliveira que ainda continua no cantinho do quintal.
...
Mas talvez opte, apenas, por lhes dizer que gosto muito deles. E por lhes dizer, baixinho, para não o deixar encavacado, "é lindo, o nosso menino, não é??!!".

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sábado, abril 26, 2008

O Sr. Presidente descobriu a pólvora

Até podia fazer aqui um post sobre a descoberta que o Sr Presidente ontem anunciou ao País, na sessão solene da AR, comemorativa do 34º aniversário do 25 de Abril, alicerçada em sondagens e estudos e tudo...
Mas, sinceramente, vindo do ex-primeiro ministro Cavaco Silva que governou Portugal entre 1985 e 1995 e do actual presidente da República, Cavaco Silva, que durante a passada semana se ajoelhou perante a insanidade de Alberto João Jardim, só me surge a expressão: é preciso ter muita lata...e parece-me pouco para um post...
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Convido-vos, pois, em vez disso, a ver o video da intervenção do José Soeiro, na mesma sessão...acaba por focar o mesmo tema, com a diferença que o faz de uma forma séria.
E, pelos vistos, até porque foi feita antes da intervenção do Sr. Presidente, parece que, afinal, Cavaco não descobriu a dita. E nem devem ter sido necessários sondagens e estudos...deve ter bastado viver neste País, cuja educação é resultado de décadas de governos do PS e do PSD...entre os quais os de sua Exa., o ex Primeiro-ministro e actual Presidente da República, Anibal Cavaco Silva. Será que o Sr. Presidente se lembra do espaço que ao 25 de Abril começou a ser reservado nos manuais de história do Ensino Primário e Secundário? Melhor, será que o Sr. Presidente se lembra que em pouco mais de três décadas de Democracia, ele esteve à frente do Governo, uma década inteira?

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SOBRE A LIBERDADE - por Albert Einstein

Sei que é inútil tentar discutir os juízos de valores fundamentais. Se alguém aprova como meta, por exemplo, a eliminação da espécie humana da face da Terra, não se pode refutar esse ponto de vista em bases racionais. Se houver porém concordância quanto a certas metas e valores, é possível discutir racionalmente os meios pelos quais esses objetivos podem ser atingidos. Indiquemos, portanto, duas metas com que certamente estarão de acordo quase todos os que lêem estas linhas.

1. Os bens instrumentais que servem para preservar a vida e a saúde de todos os seres humanos devem ser produzidos mediante o menor esforço possível de todos.

2. A satisfação de necessidades físicas é por certo a precondição indispensável de uma existência satisfatória, mas em si mesma não é suficiente. Para se realizar, os homens precisam ter também a possibilidade de desenvolver suas capacidades intelectuais artísticas sem limites restritivos, segundo suas características e aptidões pessoais. A primeira dessas duas metas exige a promoção de todo conhecimento referente às leis da natureza e dos processos sociais, isto é, a promoção de todo esforço científico. Pois o empreendimento científico é um todo natural, cujas partes se sustentam mutuamente de uma maneira que certamente ninguém pode prever. Entretanto, o progresso da ciência pressupõe a possibilidade de comunicação irrestrita de rodos os resultados e julgamentos - liberdade de expressão e ensino em todos os campos do esforço intelectual. Por liberdade, entendo condições sociais, tais que, a expressão de opiniões e afirmações sobre questões gerais e particulares do conhecimento não envolvam perigos ou graves desvantagens para seu autor. Essa liberdade de comunicação é indispensável para o desenvolvimento e a ampliação do conhecimento científico, aspecto de grande importância prática. Em primeiro lugar, ela deve ser assegurada por lei. Mas as leis por si mesmas não podem assegurar a liberdade de expressão; para que todo homem possa expor suas idéias sem ser punido, deve haver um espírito de tolerância em toda a população. Tal ideal de liberdade externa jamais poderá ser plenamente atingido, mas deve ser incansavelmente perseguido para que o pensamento científico e o pensamento filosófico, e criativo em geral, possam avançar tanto quanto possível. Para que a segunda meta, isto é, a possibilidade de desenvolvimento espiritual de todos os indivíduos, possa ser assegurada, é necessário um segundo tipo de liberdade externa. O homem não deve ser obrigado a trabalhar para suprir as necessidades da vida numa intensidade tal que não lhe restem tempo nem forças para as atividades pessoais. Sem este segundo tipo de liberdade externa, a liberdade de expressão é inútil para ele. Avanços na tecnologia tornariam possível esse tipo de liberdade, se o problema de uma divisão justa do trabalho fosse resolvido. O desenvolvimento da ciência e das atividades criativas do espírito em geral exige ainda outro tipo de liberdade, que pode ser caracterizado como liberdade interna. Trata-se daquela liberdade de espírito que consiste na independência do pensamento em face das restrições de preconceitos autoritários e sociais, bem como, da "rotinização" e do hábito irrefletidos em geral. Essa liberdade interna é um raro dom da natureza e uma valiosa meta para o indivíduo. No entanto, a comunidade pode fazer muito para favorecer essa conquista, pelo menos, deixandode interferir no desenvolvimento. As escolas, por exemplo, podem interferir no desenvolvimento da liberdade interna mediante influências autoritárias e a imposição de cargas espirituais aosjovens excessivas; por outro lado, as escolas podem favorecer essa liberdade, incentivando o pensamento independente. Só quando a liberdade externa e interna são constantes e conscienciosamente perseguidas há possibilidade de desenvolvimento e aperfeiçoamento espiritual e, portanto, de aprimorar a vida externa e interna do homem.

sexta-feira, abril 25, 2008

Viemos de longe...para onde queremos ir???

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Uma posta 2 em 1



Eu ia fazer uma posta que estava em falta no Troll, pois comprometi-me a lançar aqui todas as semanas um dos meus restaurantes preferidos deste país, mas quando abri o Troll e li as postas que a Isabel aqui colocou não encontrei forma de ligar a boa gastronomia a esta festa que deve ser o 25 de Abril e muito menos falar de fartas refeições depois do estado caotico deste país tão bem descrita pela nossa Isabel. Porque seria de uma forma indelicada rejeitar o espírito de Abril que neste dia paira neste blog.
Mas mais aconteceu para eu não fazer a posta com que me tinha comprometido. É que hoje á saída da fábrica o cumprimento mais ouvido era o de "Feliz 25 de Abril" como se de uma saudaçao natalícia se tratasse. Pela 1ª vez senti que havia entre trabalhadores da empresa onde trabalho o espírito desta data e mais uma vez não quero estragar o espírito que paira neste blog.
Mas se olharem para a foto que está ao canto verão que nada tem a ver com o 25 de Abril. Pois não. Eu é que estou a direccionar esta posta para onde quero e ao mesmo tempo dizer que vou estar ausente este fim de semana pois vou estar na Ovibeja que para quem não sabe é o maior e melhor certame de todo o Alentejo e só vou voltar Domingo.
Fiquem bem até ao eu regresso e fiquem sabendo que vou deixar uma flor por todos vocês na campa de Catarina Eufémia pois já que não posso homenagear 25 de Abril naquilo que eu espero que seja uma grandiosa manifestação em Lisboa pelo menos que renda a minha ingela homenagem a alguém que também faz parte dessa história que infelizmente não teima em saír daquilo que se teima em chamar de imaginário.

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Porque hoje é Abril

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quinta-feira, abril 24, 2008

Talvez necessário

Não sei se falar em mais de um milhão de trabalhadores precários, será acertado em véspera do 25 de Abril.
Não sei se falar no aumento do desemprego, será acertado em véspera do 25 de Abril.
Não sei se falar das alterações ao Código de Trabalho que nos tornarão a todos, eternamente, precários, será acertado em véspera do 25 de Abril.
Não sei se falar nos lucros imorais dos Bancos, na promiscuidade de alguns dos nossos políticos, no show que quase seria obsceno, se não fosse ridículo, de outros tantos, será acertado em véspera do 25 de Abril.
Não sei se falar na corrupção, será acertado em véspera do 25 de Abril.
Não sei se falar no desmembramento do Serviço Nacional de Saúde, na cada vez maior injustiça no acesso aos serviço básicos de saúde, nos bebés que nascem em ambulâncias ou nos doentes que morrem à espera de ambulância, será acertado em véspera do 25 de Abril.
Não sei se falar nas nossa escolas, nos ataques aos professores, na repetição doentia e repelente de um vídeo, mostrado como para nos “culpar” a todos – pais, alunos, professores, povo, por a Escola que se quis para todos se ter transformado “nisto”, será acertado em véspera do 25 de Abril..
Não sei se falar dos sem abrigo de Lisboa ou dos escravos portugueses em Espanha, será acertado em véspera do 25 de Abril.
Não sei se falar no presente e no futuro eternamente a termo e perigosamente vazio dos nossos filhos, será acertado em véspera do 25 de Abril.
Não sei se falar que há dois dias morreu um militante anti-fascista corajoso e coerente, um daqueles a quem todos nós devemos uma parte da nossa liberdade, e a Televisão Pública não deu um minuto de notícia sobre o seu desaparecimento, tendo, em contrapartida, gasto tempos infinitos a fazer directos para a sede do PSD para nos dar conta da chegada de Jardim, de Santana Lopes ou de LFM a uma qualquer reunião partidária, será acertado em véspera do 25 de Abril.
Não sei se falar no desrespeito do Presidente da República pela Democracia, manifestado na sua recente viagem à Madeira, calando e ignorando os atentados aos orgãos democraticamente eleitos por um aprendiz de ditador / palhaço, será acertado em véspera do 25 de Abril.
Não sei se falar no nosso cruzar de ombros colectivo. Na nossa renúncia colectiva. No retomar do fado não como canção, mas como modo de vida, será acertado em véspera do 25 de Abril.
Não sei se falar no Portugal de 2008, em véspera do 34º aniversário do 25 de Abril de 1974, será acertado.
Não querendo estragar a nossa festa, pareceu-me necessário.

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A nossa Escolha

Sem palavras. Com a emoção e a força de sempre.

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A minha posta de 25 de Abril

O 25 de Abril aproxima-se e para quem tem, como nós, um blog com quase 4 anos já começam a faltar inovações sobre esta data. Muito foi já dito, embora muito se poderia sempre dizer, porque o espírito de Abril há-de (aproveitar para escrever o hifen enquanto se pode) continuar por muitos e bons anos. Pelo menos é isso que eu espero e o assunto que me leva a escrever estas linhas confirma essa minha tese.
O Centro de Documentação do 25 de Abril lançou no seu site uma página de 32 perguntas e respostas animadas especialmente destinados às crianças onde algumas das perguntas mais básicas sobre esta data são respondidas. Básicas para nós mas não para o público alvo desta consulta e que podem puxar pelas crianças para quererem saber mais. Felizmente o meu filho tem uma "professora a tempo inteiro" que mesmo em casa, no seu tempo de descanso, envia mails para os miúdos, fala com eles no messanger e até aí corrige o português deles, ultrapassando em muito o que eu, pai, espero de uma professora, mas o que é um facto é que ela é uma professora sempre presente, quase mais amiga que professora, não deixand,o no entanto, de ensinar e bem os seus meninos. Como pai só posso estar radiante pela sorte do meu filho e não podia deixar de deixar aqui o testemunho e o agradecimento público à professora Helena Rato da escola EB1 de Corroios, pelo grande trabalho que executa mas também deixar aqui a convicção que são estes os professores que temos e não os que Maria de Lourdes Rodrigues nos quer vender.
Mas voltando ao assunto. As perguntas são simples, as aminações simpáticas, as respostas claras e os miúdos gostam do que e da forma que ouvem as explicações. Vejam e se tiverem amigos com crianças divulguem.

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quarta-feira, abril 23, 2008

Uma feira de vaidades chamada PPD-PSD

Manuela Ferreira Leite já se candidatou. Santana conta espingardas. Menezes diz que não é não. Aguiar Branco rebenta a granada e sai de fininho. Pedro Passos Coelho quer passar de delfim a principe mas não sabe como. Falta ainda o Patinha Antão que ainda ninguém percebeu quando é que vai desistir nem porque é que se candidatou. Alberto João não vai a jogo porque lhe faltam tropas no continente o que demonstra o que há muito tempo se sabe. Jardim representa os Madeirensas e mal pois fora da ilha vale tanto como um zero à esquerda. Marcelo Rebelo de Sousa não vai porque o estatuto não permite. António Borges continua como sempre esteve. Eterno candidato. O D. Sebastião do PPD-PSD que nunca mais vota para ir a votos no partido. Rui Rio, não vai porque vai a Manuela e Marques Mendes porque quer retribuir a gentileza de Manuela nas últimas eleições.
Sobram ainda as opiniões de António Capucho, Morais Sarmento, Arnaut e Alexandre Relvas, Marco António Costa e Carlos Carreiras que apelam à serenidade, ao perfil, á escolha e ao Partido. Junta-se os que dizem que estão fora como Mira Amaral ou Miguel Cadilhe que opinam só para dizer que estão fora, ou seja, dizem que nada têm para dizer mas aparecem.
Só pode ser piada pois até agora a única coisa que temos visto é os barões e as baronesas a pavonearem-se mais aos seus apoios e apoiados. "Ideias??? Adondi?????"

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Uma segunda abordagem ao novo acordo ortográfico

Afinal ficou explicado ontem, ainda que de uma forma velada, que o novo acordo vai ser bom para alguém. Para a industria livreira que para além de ter de fazer novas edições de livros obrigatórios vai assistir a um aumento de vendas dos livros em "portugues antigo ou arcaico" pois com a entrada em vigor do acordo estes livros passam a quase obsoletos.
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Tenho a confessar que estou mais aliviado. Pelo menos o acordo serve a alguém pois até hoje não tinha encontrado ninguém que me tivesse conseguido explicar a quem é que isto interessava, a quem servia e a quem beneficiava. Só o inverso. Pais, Professores e Alunos preocupados sobre o como aprender e ensinar este novo português. Intlectuais preocupados com o seu umbigo, e o resto da população a divertir-se á grande com toda esta trapalhada.

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terça-feira, abril 22, 2008

O até sempre ao Chico Martins

(imagem Público on line)

Raramente nos encontrámos. Mas sempre conheci o Chico Martins.

Uma vez o meu pai disse-me, tempos antes do 25 de Abril, que tinha tido as primeiras dúvidas quando um dia alguém lhe falou da notícia do Avante que impediu o regresso de Chico Martins (ler esta entrevista em catalão em que Francisco Martins Rodrigues conta os pormenores da sua vida na clandestinidade). Lembro-me que sempre lhe custou a acreditar...aliás, penso mesmo que só acreditou muitos anos depois, quando ouviu Chico Martins de viva voz falar da traição.
A realidade ultrapassava as convicções. Traía as convicções. ...
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Depois, fui conhecendo o Chico Martins por lutas onde eu estava...nunca devo ter subscrito muitas das suas convicções. Mas sempre aprendi que a Esquerda à Esquerda do PCP, alternativa ao PCP, se fez com ele. E nessa, desde muito cedo, eu me revi....

Nestas alturas a melhor homenagem é a promessa que não se abdica da(s) luta(s).
Não é necessário ter passado pelo PCP, ter acreditado na China de Mao, ter passado pela UDP para nos termos cruzado com o Chico Martins. Basta ter um dia aprendido a acreditar que era possível mudar o Mundo.
Ao reler hoje algumas das suas entrevistas, vejo como em questões decisivas estivemos longe ao longo dos anos. Mas a história não falará da distância entre o Chico Martins e algumas pessoas de Esquerda. Ou parte da Esquerda. A História falará de um homem de coragem. Lutador. Coerente. Que nunca abdicou daquilo em que acreditava e cujo percurso acaba por ser, em muitos momentos, paradigma das certezas, das traições, dos dogmas, dos recuos, da entrega, da abnegação, das lutas e das dúvidas da Esquerda na luta pela emancipação dos trabalhadores e pela construção do Socialismo.
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O funeral realiza-se amanhã às 13.30 no cemitério do Alto de S.João.

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Uma primeira abordagem ao novo acordo ortográfico

Ainda aqui não tinha falado do acordo ortográfico, em grande medida porque não sei por onde hei-de começar. Para mim, que não quero ser velho do Restelo, gostaria de acreditar que este acordo vai ser algo de bom para lingua. Mas a razão diz-me que não há utilidade nenhuma nisto.
Por isso vou continuar a pensar sobre o assunto e talvez volte a ele mais tarde mas nos "entretantos" deixo-vos com uma versão revista e melhorada do acordo num texto saído directamente de uma qualquer escola secundária deste país.
Boa Sorte na leitura e não desesperem se não o conseguirem ler à primeira tentativa. Eu também não consegui.
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Eu axo q os alunos n devem d xumbar qd n vam á escola. Pq o aluno tb tem direitos e se n vai á escola latrá os seus motivos pq isto tb é perciso ver q á razões qd um aluno não vai á escola. primeiros a peçoa n se sente motivada pq axa q a escola e a iducação estam uma beca sobre alurizadas.Valáver, o q é q intereça a um bacano se o quelima de trásosmontes é munto montanhoso? ou se a ecuação é exdruxula ou alcalina? ou cuantas estrofes tem um cuadrado? ou se um angulo é paleolitico ou espongiforme? Hã?E ópois os setores ainda xutam preguntas parvas tipo cuantos cantos tem 'os lesiades', q é um livro xato pra caralho e q n foi escrevido c/ palavras normais mas q no aspequeto é como outro qq e só pode ter 4 cantos comós outros, daaaah.Ás veses o pipol ainda tenta tar cos abanos em on, mas os bitaites dos profes até dam gomitos e a malta re-sentesse, outro dia um arrotou q os jovens n tem abitos de leitura e q a malta n sabemos ler nem escrever e a sorte do gimbras foi q ele h-xoce bué da rapido e só o 'garra de lin-chao' é q conceguiu assertar lhe com um sapato. Atão agora aviamos de ler tudo qt é livro desde o Camóes até á idade média e por aí fora, qués ver???O pipol tem é q aprender cenas q intressam como na minha escola q á um curço de otelaria e a malta aprendemos a faser lã pereias e ovos mois e piças de xicolate q são assim tipo as pecialidades da rejião e ópois pudemos ganhar um gravetame do camandro. Ah poizé. tarei a inzajerar?
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Gostaram???? Ainda bem!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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Usemos as palavras certas. Corrupção

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Má Fé é para mim desculpabilizar o acto. Para mim isto é um acto claro de corrupção do sistema e deveria, se o Vitalino Canas não se demitir, ser julgado em instância própria pois o que se passa aqui é uma clara violação de direitos nomeadamente o direito ao tratamento igual. Não me parece que um representante dos patrões possa ser carrasco e legislador ao mesmo tempo mas em Portugal já nos vamos habituando que a classe política faz o que quer, como quer, e que vive numa impunidade que se torna penosa e atroz para o comum cidadão que tem de viver sob alçada desta gente sem escrúpulos. Infelizmente este tipo de situações também vive do compadrio da Comunicaçao Social cujos editores não veem neste tipo de notícia nenhum interesse relevante talvez porque eles próprios vivem deste tipo de situações e porque infelizmente os concelhos de Administração são políticamente coniventes com esta situação.
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Em suma é mais uma vergonha bem própria dos países de democracias frágeis e facilmente corrompíveis

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Greve na PSP

É ainda um facto que estes dois partidos acham que os trabalhadores devem ser PTO (Pau para Toda a Obra) e terem o mínimo de direitos, pelo que o dieito à Greve seria fácilmente descartável na óptica destes senhores.
Concordo que a greve na PSP vai ter de ser bem discutida o que eu não posso aceitar é a negação deste direito com uso a prepotência de quem manda.

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segunda-feira, abril 21, 2008

Sons de Abril com gente dentro

Como diz o repórter ainda era demasiado cedo para se escrever a história.
No Largo do Carmo, o regime caía. Há um misto de alegria (ainda) contida e de medo que me recordo de ter partilhado quando me cruzei com os blindados da Escola Prática de Cavalaria, que regressavam de Lisboa, quando, já no autocarro, regressava a casa, num dia em que as aulas pararam para começar o futuro.
À noite possivelemente vi estas imagens...não sei. Havia tanta coisa a fazer que a televisão não deveria ser prioridade.
Depois, nos dias a seguir, estes rostos, estas vozes, fizeram os nossos dias. Às vezes, quando páro o olhar no olhar daqueles homens, sinto que ficará para sempre uma dívida por pagar. Não a de terem feito o 25 de Abril. A de o termos deixado ir morrendo.


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domingo, abril 20, 2008

Acordo entre a CML e o STML

Apesar das dúvidas legítimas de muitos camaradas de Partido e de muitos trabalhadores, sempre achei que esta podia não ser A solução, mas que era uma solução que os trabalhadores e os seus representantes não podiam desperdiçar e ignorar. Até porque a considerava (e considero) preferível à abertura de concursos públicos que nada garantiam.
Em 2 de Março, deixei este artigo no Luta Socialista.
Mantenho o que escrevi. Pelo que sei esta opção vai agora ter que ser ratificada pela CML. Deverá ter os votos contrários da Direita...e não quero ter dúvidas que a CDU saberá honrar os seus princípios e votá-la favoravelemente...
Para já, a CML não tem desculpas para não resolver o problema dos avençados. Os trabalhadores recuperam a esperança de ver o seu trabalho garantido. A solução encontrada poderá e deverá servir de catalizador às lutas de outros falsos recibos verdes por essas Câmaras fora, câmaras de todas as cores. O BE e Sá Fernandes cumprem um dos seus compromissos eleitorais e eu, como militante de Esquerda, eleitora e militante do Bloco, trabalhadora, só posso aqui deixar expresso o meu contentamento.

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sábado, abril 19, 2008

(Talvez) sons de Abril

Devo confessar que muito rapidamente surgiram as dúvidas. As dúvidas sobre o que em seu nome se fazia. As dúvidas sobre o que em seu nome se poderia fazer. Mas confesso também que, ainda hoje, me emociono quando a ouço. E a sinto como minha. E não me venham falar em crimes, em traições, em erros ou em desencantos. As canções não são responsáveis por nada disso. Responsáveis serão quem as canta, traindo-as.
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Sei que a seguir a Abril a cantei muitas vezes. Sei que ainda hoje a canto. Há menos de um ano, no final da Convenção do BE, cantámo-la. E ninguém se sentiu, tenho a certeza, contrangido, pelos erros ou os crimes de outros, a não o fazer.
A seguir ao 25 de Abril, quando a cantava, tenho a certeza que achava que só fazia sentido cantá-la assim. A todas as vozes e em todas as linguas.
...
Porque é fim-de-semana, porque estamos em Abril, porque o video tem piada, porque acreditar num mundo melhor não é crime, crime é desistir de lutar por ele ou trair princípios em nome da sua construção, porque continuo a acreditar numa terra sem amos, aqui fica.
A Internacional cantada em 47 línguas. Com a convicção que nenhuma certeza ainda chegou para abalar a emoção de a ouvir e de a cantar. Nem a certeza de que é possivel.

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sexta-feira, abril 18, 2008

Há alguém que passe pelo Troll que saiba rezar, faxavor!!??


Aos 56789 milhões de vistantes do Troll, as minhas desculpas. Ao Daniel e ao Leal Franco, os meus agredecimentos.

Uma semana de loucos (ok, deixem-me meter isto no masculino plural, não vá passar por aqui alguém e sentir-se retratado), na empresa; a porra da chuva que se lembra de cair quando eu venho no meio da rua cheia de sacos na mão; a preparação das eleições para a Concelhia de Lisboa do BE que se realizam amanhã; uma irritante infecção urinária que me pôs de mau humor e que me lembrou que devia beber não sei quantos litros de água por dia...e bebo três copitos (ah, e que tratei daquela forma que todo o ser vivo normal e civilizado deveria tratar as suas mazelas: auto-medicando-se), têm-me mantido afastada, durante estes últimos dias, da vossa companhia. Compreendo que se sintam terrivelmente tristes e abandonados, mas também é favor não exagerar. Podem sempre divertir-se com o PSD...
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Eu cá, mesmo a sério, prometo voltar com genica amanhã à noite...ou Domingo. Mas se houver alguém que saiba rezar que passe por aqui, faxavor de falar com quem de direito e dizer que estou farta da chuva. Agradecida.

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Já não bastava o Presidente agora é também a 1ª dama

Ponto prévio: 1ª dama não é cargo político mas obriga a alguma "contenção" nas palavras e a estupidez deve ficar de fora da porta. Posto isto podemos passar ao assunto do dia.
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Parece que a 1ª dama tem uma agenda pessoal nesta deslocação ao estrangeiro o Sr. Silva. É normal que assim seja. Uma boa jarra deve ser sempre colocada onde mais enfeita mas como qualquer bom adereço este deve primar pela beleza e pela discrição sob pena de termos uma Hilary II. Até hoje Maria Cavaco conseguia dar conta do recado na 2ª questão pois a 1ª não estando nas mãos dela e como a justiça divina não a dotou de dotes físicos invejáveis, nem lá perto, muito antes pelo contrário, pouco ou nada poderia fazer. Só que desta vez quebrou a 2ª regra do adereço. Resolveu opinar, o que seria bom se ela soubesse o que estava a dizer e se dissesse algo acertado. O que disse então a 1ª dama:
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Ou seja, ela não conhece, não pretende conhecer, não vai ler sobre o que fala, mas acredita-se nas palavras de alguém que é pago pelo Governo Regional que por sinal é o principal visado no relatório que a Maria Cavaco não quer ler. E assim se faz uma opinião. Como devem calcular não vou fazer mais comentários sobre esta notícia. Ela fala por si, mas não posso deixar de anotar mais uma trapalhada numa visita que nasceu tota e ao contrário do que é normal para além de não se endireitar parece que se afunda a cada instante.

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quinta-feira, abril 17, 2008

O que o Menezes quer é acabar com o trabalho dos bloggers.

Quando toda a gente fala nas questões que tornam a política em Itália incompreenssível e sui geniris eis que o nosso pequeno e modesto Portugal resolve mostrar que no plano das trapalhadas conseguimos equiparar-nos aos que de melhor se faz por essa Europa fora. Hoje e só hoje, abro a Visão e vejo a entrevista de Aguiar Branco e quando entro no carro oiço os comentários de Pacheco Pereira e de Passos Coelho a louvarem a entrevista. No mesmo notíciário oiço ainda Rui Rio a bater forte e feio na bancada Parlamentar do PSD e especialmente no seu líder, Santana Lopes e o mesmo Santana a defender e a defender-se como podia.
Neste momento pensei que o PPD-PSD tinha batido no fundo pelo menos por hoje mas agora mesmo quando abro o computador e vou ver as notícias deparo-me com um "Para mim, chega" de Luís Felipe Menezes e o anuncio de novas eleições no PPD-PSD para dia 24 de Maio, ás quais ele não será candidato.
Por este andar o PPD-PSD ainda vai ter mais líderes até á eleições de 2009 do que o meu Benfica treinadores. Quem será o próximo? Aguiar Branco? António Borges? Santana Lopes? Talvez Menezes depois de muitas pressões de militantes de também de José Sócrates e de todo o PS reconsidere? Pacheco Pereira? Rui Rio? Valentim Loureiro? Que comecem as apostas que eu vou ficar no cadeirão a rir-me que nem um perdido em mais esta trágica novela pseudo dramática. (gostaram do nome?)
Ainda a gente fala que em Portugal não somos capazes de inovar. O tanas é que não somos?

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A rifa do burro - fábula portuguesa


Certa vez, quatro meninos foram ao campo e, por 100€, compraram o burro de um velho camponês.

O homem combinou entregar-lhes o animal no dia seguinte. Mas, quando eles voltaram para levar o burro, o camponês disse-lhes:
- Sinto muito, amigos, mas tenho uma má notícia. O burro morreu.
- Então devolva-nos o dinheiro! - Não posso, já o gastei todo.
- Então, de qualquer forma, queremos o burro.
- E para que o querem? O que vão fazer com ele?
- Nós vamos rifá-lo.
- Estão loucos? Como vão rifar um burro morto?
- Obviamente, não vamos dizer a ninguém que ele está morto.

Um mês depois, o camponês encontrou-se novamente com os quatro garotos e perguntou-lhes:
- E então, o que aconteceu com o burro?
- Como lhe dissemos, nós rifamo-lo. Vendemos 500 rifas a 2 € cada uma e arrecadamos 1.000 €. - E ninguém se queixou?
- Só o ganhador, porém devolvemos-lhe os 2 €, e pronto!


O IMORAL DA HISTÓRIA:
Os quatro meninos cresceram. Um fundou um banco chamado BXP, outro uma empresa chamada XONAE ; outro uma igreja chamada Univerxal E o último entrou num partido político chamado PEX.

E agora estão a governar Portugal!!!!

quarta-feira, abril 16, 2008

Justiça à portuguesa



Via "Arrastão"

Sempre presente

Amanhã (hoje) é de novo dia de derby. Mais um jogo especial, independentemente do estado em que cada equipa está e a minha não está, de facto, no seu melhor momento como não tem estado ao longo de toda a época. Mas é amanhã que eu fiz questão de estar em Alvalade, porque sempre medi as coisas não por aquilo que o clube me pode dar mas sim no que eu posso servir o clube. Se o meu modesto contributo de estar 90 minutos a ajudar a que a equipa se sinta a jogar com aquele, por vezes importante 12º jogador que é o público, então que seja. Porque não é quando somos campeões que o clube precisa do nosso apoio. É agora. É nos momentos difíceis.

Mas amanhã vai ser um dia especial. Porque vou voltar a fazer algo que eu pensava nunca mais fazer, por motivos variados mas, especialmente, porque foi uma decisão tomada depois do triste incidente do Jamor que vitimou uma pessoa. Vou voltar a uma concentração das claques no Estádio da Luz para ir depois em cortejo para o WC do Lumiar. Mas, pior que isso, é que estou satisfeito por ter voltado atrás com a decisão. Pelos vistos, e pelo menos em conversa com vários outros "ex-ultras" (para quem não sabe "ultra = nome dado a membros das claques"), a Velha Guarda pensa ainda da mesma forma e muitos vão amanhã voltar a fazer o que melhor sabem. Apoiar o seu clube. Sinto-me bem por saber que, pelo menos no meu clube, na sua massa adepta o sentido e a mística ainda não se perderam e que sabemos sempre quando dizer presente e esta é de facto, pelos maus resultados, altura de dizer presente. Mas mais do que isso, e sei que tal acontecerá, os jogadores vão saber o que se passa e é esse o principal suplemento que lhes podemos dar. Deixo-vos com as palavras de Fialho Gouveia aquando da inauguração da Catedral. Elas falam de um novo estádio mas falam sobretudo de um orgulho que é ser lampião. Nos bons e maus momentos. Eu sou um lampião, como os que me conhecem sabem bem, e muitas vezes sentiram-no quando aturam o meu mau humor depois de um resultado menos conseguido, o que esta época tem sido demasiado habitual, mas só porque (e dispenso lições de moral sobre a justeza desta afirmação) amo demasiado o meu clube.

Por isso a carta de um adepto que vos deixo pois diz tudo aquilo que pode, tem e deve ser dito. Eu com os meus parcos recursos literários seria incapaz de descrever melhor o que é ser adepto deste grande clube.

Por isso acredito, como acredito sempre em mais uma gloriosa noite amanhã.

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Uma posta incorrecta

Já vai para muito tempo que eu não posto uma coisa politicamente incorrecta. Por isso vou fazê-lo hoje.
Como já quase toda a gente sabe tenho 34 anos o que me torna portanto um membro de pleno direito da geração rasca. E essa geração teve como todas as gerações tiveram os seus ídolos. Uma das grandes "guerras" musicais dos anos 80 foi a luta entre Prince e Michael Jackson para saber quem era o maior ídolo pop e até a mim que não era tal como agora não sou um enorme fã do pop (sou mais um fã da qualidade, esse conceito subjectivo, e essa não escolhe géneros) essa "guerra" "obrigou-me" a escolher um dos lados. Talvez por já ser do contra a minha preferência sempre foi para Michael Jackson a ponto de não ir ver Prince no seu concerto em Lisboa mas não falhando esse memorável concerto em Alvalade daquele que para mim foi o ícone maior do pop em masculino, sim que no feminino a Diva é, foi e será a Madonna (não viram mas acabei de fazer uma vénia).
Estão agora a perguntar onde está o politicamente incorrecto desta posta? Pois. O que acabei de escrever foi apenas a introdução para explicar o que vem a seguir. É que anda hoje sou um fã de Jackson e ainda o defendo. Bem, fã é difícil pois a carreira deste magistral artista já acabou muito por culpa do demónio que dele fizeram e já agora do que ele próprio se fez. (como nota de rodapé diz-se que em 2008 vai sair novo álbum mas como já disseram o mesmo em 2006 e 2007 ...)
Se calhar por isso foi com alguma angústia que assisti ao processo que os pais da criança, contra vontade desta, puseram em tribunal ao artista. E o "vontade deste" tem toda a importância para mim pois sou dos que acredito piamente na inocência de Micheal Jackson e que este nada de sexual teve com aquela criança como não teve com mais nenhuma criança. Duvido até que com adultos tivesse tido apesar do seu casamento com Priscilla Presley. Para mim o problema de Michael Jackson é outro. É de foro psicológico pois ele próprio não deixou de ser uma criança. Não sou médico mas toda a sua vida ele demonstrou que estava a procura de algo que o levasse a um estádio onde nunca esteve. A infância. A criação do Neverland (só o nome) na sua propriedade. O convidar milhares de crianças para lá. As suas birrinhas vistas como extravagancias mas que não passam de birras de quem tem dinheiro. Porque será que o seu melhor amigo e padrinho de seu filho é Macaulay Culkin outro menino rico cuja infância foi perdida. Tudo isto são sinais de que algo não vai bem naquela cabeça mas o facto de gostar de companhia de outras crianças neste contexto nada tem de criminoso.
Felizmente o tribunal absolveu-o de todos os crimes mas infelizmente que a opinião pública não. Essa já tinha o julgamento feito e a sentença lida antes de ele começar mas como a memória não apaga a herança que ficou antes do declínio fica aqui uma música que me marcou. O Earth Song.
Podia ter escolhido outas. O clássico
"Thriller", o duro "They don't care about us", o "Black and White", o "Smooth Criminal" do filme Moonwalker", o Billy Jean", o "Bad", o Beat it", o "Remember the Time", o "Jam", o "You are not alone" ou o "The way you make me feel" só para dizer algumas das grandes canções daquele que quer se goste ou não, dos juízos de valor que se façam é a maior referência da cultura pop e o maior e mais inovador artista de que há memória a ponto de ainda hoje muitos telediscos e canções serem cópias decalcadas daquilo que Jackson fez nos anos 80 e 90.
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Ao escrever esta posta estava-me a lembrar das tardes em que dancei estas músicas, das tentativas de "engate" fiz, dos bons momentos que passei com alguém especial com esta música por companhia, da frustração de não conseguir dançar assim, da felicidade que tive ao ver O Artista a subir ao palco em Alvalade e o que eu vivi naquele concerto, do alarido que havia no Martim Moniz junto ao Hotel que ele tinha alugado só para ele, da felicidade que eu vivi a cada nova canção, da ansiedade para levar a namorada a ver o filme Moonwalker em dia de estreia. Foram mesmo muitas as lembranças que tive ao escrever esta posta o que me criou uma inquetação. Será que sou eu que acredito nele ou será que as minhas memórias me impedem de pensar o contrário. Estou convicto que é a 1ª. A sério.

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terça-feira, abril 15, 2008

A derrota da Esquerda

Fausto Bertinotti ao demitir-se da direcção da Refundação Comunista, considerou que a derrota da Esquerda em Itália é uma derrota de "proporções imprevistas". Pela primeira vez, em décadas, os Partidos à Esquerda do PS (e das suas várias "variantes", nestas eleições o PD de Vettroni) não elegeram representantes tanto na Câmara como no Senado. A direita obteve uma vitória, também ela histórica, tendo Berlusconi conseguido a maioria absoluta para os dois orgãos.
A vitória de Berlusconi pode ser surpreendente. A derrota da Esquerda pode ser "imprevista". Mas não é inexplicável. Nem, sequer, surpreendente.
A derrota daqueles que dizendo-se de Esquerda, aquando no Governo, têm a mesma política económica e social que a Direita, não é surpreendente. E por isso o PD perdeu.
A derrota, ainda maior, daqueles que aparecendo como alternativa de Esquerda, acabam por participar em Governos em que não têm força política para impôr politicas, acabando por ser coniventes com o neo-liberalismo e com as agressões imperialistas, (ainda por cima mantendo intactos todos os tiques estalinistas) acaba por ser imprevista, apenas, para quem se esquece que os erros, em política, se podem pagar muito caro.
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Como disse o Daniel ali em baixo, ainda sem estar na posse de todos os dados que acabaram por tornar muito mais dramáticos os resultados que as primeiras indicações faziam prever, a RC passou de actor a espectador. E com ela Bertinotti.
Oxalá a Esquerda alternativa ao neo-liberalismo e ao estalinismo saiba, na Europa, tirar desta derrota as devidas ilações. E aprender com ela.
Nota: Entretanto fica aqui um link para um artigo do João Delgado no Luta Socialista, que subscrevo na totalidade..

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Uma 1ª nota sobre as eleições italianas

Nota Prévia: Sem prejuízo para futuras postas, esta é uma leitura apressada das sondagens nas eleições italianas.
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As más alianças da esquerda dão neste resultado. De crescimento passa-se a declínio. De alternativa passa-se a mais do mesmo e de coerente se passa a "político".
As eleições italianas devem ser um ponto de reflexão para todos os que não querem ver a esquerda em más companhias. Prodi perdeu porque tinha de perder. Porque continuou a política neo liberal de Berlusconi apesar de mais soft. Porque não lutou pelo fim da guerra e ainda a apoiou. Porque aceita a Europa neo liberal e anti-democrática tal como ela não deve ser aceite. Mas nada disto me incomoda porque não tinha nenhuma esperança em Prodi. O que me incomoda é que por causa de más alianças e de uma sede de poder que não consigo compreender um movimento pujante de alter globalização fica reduzido a um mero espectador da cena política italiana e, consequentemente, europeia.

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Ainda e sempre "independência para a Madeira JÀ!!!!"

Alberto João Jardim acha "bem não haver uma sessão solene, acho que era dar uma péssima imagem da Madeira mostrar o bando de loucos que está dentro da Assembleia Legislativa" e o nosso Presidente ao fazer-lhe a vontade está a dar razão ao Rei Alberto.
Quando se junta a fome e a vontade de comer dá nisto. Um sempre desprezou o Parlamento da República e o outro sempre desprezou o Parlamento Regional. O que eu não percebo é que se a Madeira na visão do Rei Alberto não deve fazer parte do rectangulo imperialista e colonial porque é que ele continua a receber aquele que ele um dia chamou de Sr. Silva para ir pedir batatinhas e mostrar obra feita com o dinheiro do continente.
Vamos todos contribuir para a felicidade dos Madeirenses que acto eleitoral após acto eleitoral votam no Rei Alberto e propor de uma vez por todas que se referende, não se a Madeira quer ser independente mas se o rectangulo imperialista e colonial quer continuar a compartilhar o seu espaço físico dom o Jardim do Atlantico.

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Discurso directo - Ser Digno

Perdoem-me a extensão desta mensagem que um amigo me enviou. Senti-me obrigado a publicá-la na íntegra. Verão que vale a pena. Trata-se do surpreendente discurso do embaixador Guaicaípuro Cuatemoc, de descendência indígena que, advogando o pagamento da dívida externa do seu país, o México, deixou embasbacados os principais chefes de Estado da Comunidade Européia. A conferência dos chefes de Estado da União Européia, Mercosul e Caribe, teve lugar em Maio de 2002 em Madrid.

Aqui estou eu, descendente dos que povoaram a América há 40 mil anos, para encontrar os que a "descobriram" só há 500 anos. O irmão europeu da aduana me pediu um papel escrito, um visto, para poder descobrir os que me descobriram. O irmão financista europeu me pede o pagamento - ao meu país -, com juros, de uma dívida contraída por Judas, a quem nunca autorizei que me vendesse. Outro irmão europeu me explica que toda dívida se paga com juros, mesmo que para isso sejam vendidos seres humanos e países inteiros sem pedir-lhes consentimento. Eu também posso reclamar pagamento e juros.
Consta no "Arquivo da Cia. das Índias Ocidentais" que, somente entre os anos 1503 e 1660, chegaram a São Lucas de Barrameda 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata provenientes da América.
Teria sido isso um saque? Não acredito, porque seria pensar que os irmãos cristãos faltaramao sétimo mandamento!
Teria sido espoliação? Guarda-me Tanatzin de me convencer que os eropeus, como Caim, matam e negam o sangue do irmão.
Teria sido genocídio? Isso seria dar crédito aos caluniadores, como Bartolomeu de Las Casas ou Arturo Uslar Pietri, que afirmam que a arrancada do capitalismo e a atual civilização européia se devem à inundação de metais preciosos tirados das Américas.

Não, esses 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata foram o primeiro de tantos empréstimos amigáveis da América destinados ao desenvolvimento da Europa. O contrário disso seria presumir a existência de crimes de guerra, o que daria direito a exigir não apenas a devolução, mas indenização por perdas e danos.

Prefiro pensar na hipótese menos ofensiva. Tão fabulosa exportação de capitais não foi mais do que o início de um plano "MARSHALL MONTEZUMA", para garantir a reconstrução da Europa arruinada por suas deploráveis guerras contra os muçulmanos, criadores da álgebra, da poligamia, e de outras conquistas da civilização.

Para celebrar o quinto centenário desse empréstimo, podemos perguntar: Os irmãos europeus fizeram uso racional responsável ou pelo menos produtivo desses fundos?
Não. No aspecto estratégico, delapidaram nas batalhas de Lepanto, em navios invencíveis, em terceiros reichs e várias formas de extermínio mútuo. No aspecto financeiro, foram incapazes, depois de uma moratória de 500 anos, tanto de amortizar o capital e seus juros quanto independerem das rendas líquidas, das matérias-primas e da energia barata que lhes exporta e provê todo o Terceiro Mundo.

Este quadro corrobora a afirmação de Milton Friedman, segundo a qual uma economia subsidiada jamais pode funcionar e nos obriga a reclamar-lhes, para seu próprio bem, o pagamento do capital e dos juros que, tão generosamente, temos demorado todos estes séculos em cobrar. Ao dizer isto, esclarecemos que não nos rebaixaremos a cobrar de nossos irmãos europeus, as mesmas vis e sanguinárias taxas de 20% e até 30% de juros ao ano que os irmãos europeus cobram dos povos do Terceiro Mundo.

Nos limitaremos a exigir a devolução dos metais preciosos, acrescida de um módico juro de 10%, acumulado apenas durante os últimos 300 anos, com 200 anos de graça. Sobre esta base e aplicando a fórmula européia de juros compostos, informamos aos descobridores que eles nos devem 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata, ambas as cifras elevadas à potência de 300, isso quer dizer um número para cuja expressão total será necessário expandir o planeta Terra.

Muito peso em ouro e prata... quanto pesariam se calculados em sangue? Admitir que a Europa, em meio milênio, não conseguiu gerar riquezas suficientes para esses módicos juros, seria como admitir seu absoluto fracasso financeiro e a demência e irracionalidade dos conceitos capitalistas.

Tais questões metafísicas, desde já, não inquietam a nós, índios da América. Porém, exigimos assinatura de uma carta de intenções que enquadre os povos devedores do Velho Continente e que os obriguem a cumpri-la, sob pena de uma privatização ou conversão da Europa, de forma que lhes permitam entregar suas terras, como primeira prestação de dívida histórica..."

Quando terminou seu discurso diante dos chefes de Estado da Comunidade Européia, o Cacique Guaicaípuro Guatemoc não sabia que estava expondo uma tese de Direito Internacional para determinar a verdadeira dívida externa.

Os prazeres da Mesa na "Antiga Casa Marítima" na Trafaria

A partir desta semana vou tentar manter aqui uma rúbrica semanal sobre restaurantes. Porque cheguei á conclusão que se alguns restaurantes já fizeram tanto por mim, ao confortarem o meu estomago e a darem-me sensações de felicidade e bem servir o mínimo que eu posso fazer para retribuir é o de publicitá-los. Por isso aqui vai.
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A minha 1ª escolha foi difícil. Queria por aqui o mais dos mais mas foi difícil, pelo que não se pode considerar este o meu melhor restaurante. Está em pé de igualdade com outros que virão a seguir. Chama-se a "Antiga Casa Marítima" e fica na Trafaria na margem sul do tejo a 10 minutos de Barco de Lisboa vindo de Belém. Uma casa aberta desde 1972 já lá vão mais de 35 anos (é mais velho que eu) e onde o lema sempre foi desde que eu me lembro o de servir bem. Peixe sempre fresco e um atendimento ultra simpático. Isto para não falar que se trata de um pequeno museu, cheio de peças antigas penduradas e expostas das mais variadas formas que dá um ar muito pitoresco á coisa.
É uma casa pequena onde não caberão mais que 55 pessoas sentadas, mas que devido a isso permite uma cozinha muito longe do industrial e muito mais próxima da comidinha da mamã que de um restaurante. Um senão. É um restaurante mais dado aos pratos que aos petiscos ou as ditas entradas, mas mesmo assim o que encontramos podemos ter a certeza que é de qualidade.
Os peixes fritos passando pelos filetes de Linguado, de Sável ou o Polvo acompanhados de açorda ou um belíssimo arroz de feijão são aquilo que se chama de estalo mas podemos ainda deliciar-mo-nos com uma belissima cataplana de Garoupa ou um arroz de peixe. Isto para não falarna inevitável Caldeirada de peixe. No entanto, e para mim, a joia da coroa, porque se trata de um peixe que não é normal encontrarmos aí nas ementas, é o Peixe Galo, cozido ou frito tanto faz. É sempre um manjar dos deuses.
A lista de vinhos não é má. De uma variedade apreciável, tanto em qualidade como em preços e por falar em preços neste restaurante podemos comer sem problemas por 25 Euros por pessoa mesmo cometendo a estravagância de comer ameijoas ou outro marisco qualquer como entrada mas se não o fizermos o preço baixa um pouco e acredido que almoçamos com cerca de 20 Euros o que não é caro nem pelos tempos que correm e muito menos pela qualidade que nos é posta na mesa. A ementa também tem carnes mas sinceramente nunca experimentei. Mas dada a qualidade da cozinha não podem ser más mas não gosto de louvar o que ainda não experimentei.
Para quem lá quiser ir o restaurante fica mesmo junto aos barcos (á direita de quem sai do cacilheiro) na Rua Cândido dos Reis nº1 mas aconselho sempre, até porque como já disse a casa é pequena, que telefonem antes para marcar a mesa para o nº 21 295 08 89.
Deem lá uma saltada, mas não á 2ª feira que é o dia de descanso e deliciem-se com os bons prazeres que o peixe nos pode dar á mesa.

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"De novo o medo superou a ousadia"

Um artigo de João Teixeira Lopes no Esquerda.Net, ou a confirmação que o Movimento Sindical continua a desperdiçar olimpicamente as oprtunidades.
De recuo em recuo até à derrota final, parece continuar a ser o lema. A mobilização dos professores merecia muito mais. O Governo e a sua Ministra também.

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domingo, abril 13, 2008

Viagens - II

Desculpem lá, mas anda-me a dar uma de revivalismo.
Depois do Velvet Underground, os Credence...eu sei, eu sei...não tem nada a ver. U tanas é que não....isso era dantes. Na hora. Agora tem tudo a ver. E se não tiver...digamos que me estou nas tintas. Ainda hoje eu escrevia aí num comentário num Blog que isto de ter um Blog é como convidar para o chá em nossa casa. Quem escolhe o chá somos nós. Ponto.

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A minha mãe combinou com o MST e estragou-me o Expresso...

Quando estou em casa dos meus pais, vou, normalmente, para a cama cedo. Não há TV Cabo nem há NET e o sofá não tem um buraco qualquer que este aqui em casa, já "fabricou".
Fui, pois, cedinho ler o Expresso.
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Estive, entusiasmada e orgulhosa, a ler que Lisboa é a zona na UE com mais autoestradas. Vi aqueles gráficos que nos mostram no 1º lugar, destacadíssimos, à frente de países atrasados como a Alemanha, a Holanda, o Reino Unido e a Áustria (os países escandinavos nem sequer se vislumbram nestes gráficos só para não terem a mania de se virem armar em parvos, com políticas sociais e tretas dessas) e li, com ainda maior entusiasmo, as novas obras que os nossos queridos e amados governantes têm aí na manga. Desde o aeroporto, ao novinho em folha TGV, passando pela ponte nova e mais não sei quantos kms de novas autoestradas. De norte a sul do País.
...
Já estava quase ao rubro de contentamento, quando a minha mãe me entrou no quarto e se sentou na cama. Vinham as novidades.
O F ficou desempregado "agora com a mulher também desempregada e os dois meninos, já viste, filha??""
O marido da MC teve que vir para casa e ela não tem força para tratar dele, porque no hospital dizem que não têm cama...não há vaga no "asilo...""Tu vê lá...como é que ela tão pequenina consegue levantar um homenzarrão daqueles??"...
...
"Olha lá, tu não tens sono???", "Nunca queres falar comigo..." ,"Oh, mãe não é nada disso...só que estava a ler o jornal..." ,"Ah e gostas mais do jornal que de mim???...", "Sabes que Lisboa é a zona da Europa com mais autoestradas??'" , "Olha. por causa de Lisboa, sabes que o L ia este ano para Lisboa estudar, mas como a mãe está com aquele problema, já não podem pagar? coitadinho do miúdo...tão bom aluno...agora anda com o pai no campo...ia para médico. O que lhes vale é a T, que acabou o curso e é caixa no supermercado...acho que ganha bem...pr'aí uns 400 euros, acho eu...".
...
Gosto muito da minha mãe. Ontem fiquei muito feliz por ela se sentar na cama para me contar as novidades, porque é sinal que está melhor...
...mas cum raio, ela não me podia ter deixado ler o Expresso e mais a nossa brilhante classificação autoestradina???
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Quando se foi embora ainda li o Miguel Sousa Tavares sobre a ponte e o TGV. A minha mãe diz que só o conhece da Televisão. Mas cá para mim, ontem estavam combinados...juntaram-se para me falar no L e dizer que a porra da ponte não serve para nada e que o TGV vai andar às moscas...
...
Há anos que não fazia uma coisa destas...duas e meia da manhã "mãe, desculpa lá acordar-te, dás-me um Xanax dos teus, faxavor??".

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sábado, abril 12, 2008

Até amanhã

Até amanhã ao fim da tarde, vou andar por aqui...bom fim-de-semana. Portem-se mal.


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sexta-feira, abril 11, 2008

Sons de Abril em mim.

A Maria João Pires começou hoje uma série no Cinco Dias. Murais e músicas de Abril, "porque é Abril".
E começou com El pueblo unido jamás sera vencido. E eu não resisti...
...
Não sei se se passa o mesmo com todos os que viveram aqueles dias. Nem sei se se passa sempre o mesmo comigo. Há momentos em que já não consigo recordar-me nas imagens e em que apenas me guardo nos sons. Há momentos em que me recordo neles, nos que, teimosamente, perduram, mas já não estou segura que ainda me consiga sentir neles. Em que parece que já só me consigo olhar neles. Como se de fora. Os desencantos. A vida. Os caminhos que, entretanto, fizemos dos nossos sonhos, a Revolução que não fizemos e aquilo a que outros chamaram Revoluções e o que delas fizeram, talvez a idade, ou, talvez apenas o tempo, fazem com que hoje já só haja alguns sons que me voltam a colocar quase lá.
Este, que a Maria João hoje escolhe no
Cinco Dias, é um desses sons.
...
As palavras já não fazem o mesmo sentido? Possivelmente não. Mas isso interessa?
..
No dia em que o cantei, talvez pela primeira vez após Abril, nas ruas de Santarém, ali, mesmo juntinho à Escola Prática de Cavalaria, não sei em que dia, já pouco sei de com quem, penso que ainda em Abril, fugida das aulas do Sta. Margarida, a mentir aos meus avós, arranjando desculpas para chegar a casa tarde, e tarde era, então, o fim da tarde, que nem mesmo Abril, ainda bébé, evitava que os catorze anos ainda contassem para as horas de chegar a casa, as palavras que eu cantava diziam que queria fazer um País livre. E um Mundo melhor.
...
O que fizeram, o que eu própria com elas ou delas fiz, não me interessa nada. Sem elas não seria o que sou hoje. Nem o Mundo seria o que é hoje. Para o bem e para o mal.
Por isso, não sei se se passa o mesmo com todos os que viveram aqueles dias. Ou se se passa o mesmo comigo todos os dias. Mas apesar dos erros, das dúvidas, das traições e dos desencantos, El Pueblo Unido volta a colocar-me em mim quando em mim tudo era possível. Até mudar o Mundo.
..
E sinto orgulho nisso. E uma imensa alegria.



Durante Abril e apesar deste ano, e porque já se passarm alguns, desde o meu primeiro Abril na Blogosfera, e já foi quase tudo dito, encontrarei, certamente, outros sons que me deixem voltar àquelas dias. Ficar-lhes-ei eternamente grata, se teimarem em não se desvanecer.
A razão porque escolhi este video, com imagens do Chile de Allende, e não, apenas, com a canção, é, apenas, porque no meu som, há sempre vozes de gente. Como esta.

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Vieira da Silva, o ministro

Vieria da Silva, o ministro não a pintora, é uma figura que não existe. Um ministro ausente que se refugia em lugares comuns para negar as evidências. Um ministro que não sabe ou não quer resolver o problema de 117 mil funcionários públicos a recibo verde. Um ministro que quer manter o Código de Trabalho na sua essência. Um ministro que não passa de um representante dos patrões sendo ele, pela tutela, também patrão de milhares de precários.
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Mas não se pense que Vieira da Silva é maluco. Não!!!! Mas mesmo que o fosse podia ir de baixa, recebendo subsídio de doença ao contrário de quase 1 000 000 de portugueses que trabalham a recibos verdes. O lugar de Vieira da Silva não deveria ser como ministro nem como precário, era no desemprego, infelizmente com direito a uma coisa que ele nega a quase 1 ooo ooo de portugueses. Subsídio de desemprego. Mas já que o seu patrão, o "quase eng" não o despede aproveite e tire umas férias e aproveite aquilo que ele nega aos trabalhadores a recibos verdes, a quase 1 000 000 de portugueses O súbsídio de Férias. Ou fique em casa a descansar, coisa que os trabalhadores a recibo verde não podem comprar pois não há empréstimo que seja atribuido a estes trabalhadores.

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